Informativo eletrônico - Edição 2290Quarta-Feira, 29 de novembro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: IGP-M acelera em novembro
  • FGV: Após meses de queda, incerteza avança em novembro
  • FGV: Confiança no setor de serviços apresenta estabilidade

Economia Internacional

  • Zona do Euro: Sentimento econômico avança novamente em novembro

Dados da Economia Brasileira




 
FGV: IGP-M acelera em novembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (29/11) o Índice Geral de Preços (IGP-M) referente ao mês de novembro. A inflação mensal acelerou para 0,52% ante 0,20% de outubro. Em novembro de 2016, foi registrado deflação de 0,03%. Mesmo assim, a taxa acumulada no ano bem como a taxa acumulada nos últimos doze meses continua negativas em -1,40% e -0,86%, respectivamente.



No mesmo sentido do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou na passagem mensal, passou de 0,16% em outubro para 0,66% neste mês referente. O grupo de Bens Intermediários teve forte contribuição com variação de 1,93% ante 0,95% no mês passado. Da mesma forma, Bens Finais passou de 0,50% para 0,66%. Enquanto a variação do nível de preços de Matérias-Primas Brutas foi distinta das demais, com -0,68% ante -1,05% em outubro.

Pela abertura da origem de processamento, a inflação de Produtos Agrícolas desacelerou em relação ao mês passado, ao passar de 0,76% para 0,61%. Vale lembrar que o resultado de outubro interrompeu uma sequência de 15 meses com variação negativa do índice. Por sua vez, produtos Industriais apresentou inflação de 0,68% ante -0,03% na última leitura. A taxa acumulada em doze meses para ambos ficou em -14,90% e 1,62%, respectivamente.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou a mesma taxa de variação verificada no mês passado, ao manter a inflação mensal em 0,28%. As maiores contribuições positivas são atribuídas ao grupo de Habitação (de 0,31% para 0,77%) e de Transportes (0,15% para 0,62%). Destacaram-se negativamente os grupos de Alimentação (0,18% para -0,19%) e de Vestuário (0,50% para -0,32%). Abaixo, a dinâmica do acumulado em doze meses para cada classe de despesa.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou em novembro, para 0,28% ante 0,19% de outubro. Com o custo de Mão-de-Obra apresentando estabilidade no período (0,00% ante -0,01%); apenas Materiais, Equipamentos e Serviços influenciou no índice de preços, com aceleração de 0,44% para 0,61%.

FGV: Após meses de queda, incerteza avança em novembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) divulgou na manhã de hoje (29/11) o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) referente ao mês de novembro. Segundo a publicação, o indicador avançou 1,8 ponto entre esta e a última leitura, atingindo 112,8 pontos. Em novembro de 2016, o indicador registrava 120,8 pontos. Esta é a primeira alta do indicador após quatro recuos consecutivos, que juntos lhe renderam queda acumulada de 31,5 pontos no período. De acordo com o FGV/Ibre, o resultado de novembro pode sinalizar um movimento de acomodação após os recuos. Vale lembrar que, em outubro, o IIE-Br havia atingido seu menor patamar desde fevereiro de 2015.



Na métrica de média móvel semestral, o IIE-Br continua a apresentar queda. O indicador passou de 127,8 pontos registrados em outubro para 125,3 pontos na presente leitura. Embora venha apresentando quedas constantes, a incerteza da economia brasileira ainda está acima de sua média histórica sob esta métrica, de 102,8 pontos.

A explicação para o resultado do indicador em novembro está na elevação dos componentes Mídia e Mercado. Enquanto o primeiro teve alta de 1,8 ponto no mês contribuição de 1,5 ponto para o crescimento do IIE-Br, o segundo teve alta de 3,1 pontos e contribuição de 0,4 ponto para o indicador geral. O componente Expectativa, por sua vez, recuou 0,4 ponto entre outubro e novembro e impactou negativamente o índice geral em 0,1 ponto.

FGV: Confiança no setor de serviços apresenta estabilidade

Divulgado hoje (29/11) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou um ligeiro recuo de 0,1% em relação ao mês passado, livre de influências sazonais, atingindo 87,7 pontos. Este resultado ocorre após quatro meses seguidos de melhora no índice, o ICS havia alcançado em outubro o maior patamar desde outubro de 2014 (88,5 pontos). A permanência do indicador abaixo da linha dos 100,0 pontos ainda sinaliza pessimismo no setor.



Na abertura entre seus componentes, o Índice da Situação Atual (ISA) voltou a recuar em relação ao mês anterior. Depois de crescer 4,1% em setembro e de 2,8% em outubro, neste mês o indicador teve queda 1,0%. A principal contribuição para a queda do componente veio da avaliação da situação atual dos negócios, ao cair em 1,2 ponto.

Por outro lado, o Índice das Expectativas (IE) cresceu novamente em relação ao mês passado, em 0,8% ante 2,3% de outubro, resultando no quinto mês seguido de avanço. A principal contribuição veio do indicador de demanda prevista, com aumento de 2,5 pontos na passagem mensal.

Por fim, no que tange ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) com ajuste sazonal, o indicador recuou 0,6 p.p., atingindo 82,4% de utilização. Em outubro, O NUCI havia alcançado 83,0%, maior porcentagem desde dezembro de 2015 (83,4%).



 
Zona do Euro: Sentimento econômico avança novamente em novembro

A Comissão Europeia (EU) divulgou hoje (29/11) o Índice de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator - ESI) para a Zona do Euro e União Europeia referente ao mês de novembro. Ambas as regiões apresentaram aumento na passagem mensal e atingiram 114,6 e 114,3 pontos, respectivamente. Para a Zona do Euro, o resultado representa o maior patamar desde outubro de 2000; já para a União Europeia o resultado é o melhor desde junho de 2007.


Entre os componentes do ESI da Zona do Euro, apenas um teve resultado negativo este mês. A confiança da indústria segue crescendo (+0,2 ponto) graças à satisfação dos empresários com o atual nível de encomendas e estoques. O aumento da confiança no setor de serviços (+0,1), por sua vez, resulta da melhora das expectativas de demanda do setor, enquanto a alta da confiança do consumidor (+1,2) reflete a avaliação mais otimista das famílias sobre o nível de emprego futuro e suas expectativas de poupança. Já o aumento da confiança na construção (+1,2) foi impulsionado pela avaliação dos gerentes sobre o nível de encomendas, enquanto o aumento na confiança dos serviços financeiros (+1,3) resultou de melhores avaliações sobre a demanda e a situação comercial passadas. Finalmente, a diminuição da confiança do comércio varejista (-1,3) resultou da deterioração da visão sobre a situação atual dos negócios.

Na abertura entre os quatro principais países da região, destaque para o bom desempenho do indicador na França (+1,9 ponto), Espanha (+0,6) e Itália (+0,2). A Alemanha, que vinha apresentado altas consecutivas desde agosto, teve ligeira queda no período (-0,1 ponto).

Também divulgado hoje pela Comissão Europeia, o Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator - BCI) passou de +1,44 ponto em outubro para +1,49 em novembro. De acordo com a publicação, este movimento pode ser atribuído especialmente à melhora no nível de encomendas de exportação na região. As avaliações da produção passada e futura também exerceram contribuição positiva para esta leitura. 




 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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