IBGE: PIB cresce 0,1% no terceiro trimestre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (01/12) os resultados do PIB brasileiro referentes ao terceiro trimestre de 2017. Na comparação com o segundo trimestre do ano, na série livre de influências sazonais, o produto brasileiro cresceu 0,1%, após ter avançado 0,7% no período anterior. O resultado veio sutilmente abaixo das projeções do Depecon/Fiesp e da mediana dos mercados (0,2% e 0,3%, respectivamente). Na comparação contra o terceiro trimestre de 2016, houve crescimento de 1,4%. Já no acumulado do ano até setembro, o PIB cresceu 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.



Na abertura pela ótica da oferta, o setor industrial voltou a crescer após resultado negativo no trimestre anterior, passando de uma taxa de -0,4% para 0,8%. Dentre seus quatro componentes, apresentaram resultado positivo a Indústria de transformação (1,4% ante 0,2%), a Indústria extrativa (0,2% ante -0,2%) e os Serviços industriais de utilidade pública (SIUP, com 0,1% ante -2,0%). A Indústria de construção civil mostrou estabilidade em relação ao trimestre anterior (0,0% ante queda de 1,9%).



Ainda pela ótica da oferta, o setor agropecuário - que havia registrado queda de 2,3% no trimestre anterior -, registrou retração de 3,0% entre os meses de julho e setembro. No setor de serviços, houve alta de 0,6% nesta leitura, ante avanço de 0,8% no trimestre anterior. Na abertura do setor, 5 de seus 7 componentes tiveram alta, a saber: Comércio, grande destaque desta leitura, que registrou avanço de 1,6% (ante 2,2%); Serviços imobiliários (0,9% ante 1,3%); Outros serviços (0,2% ante 0,9%); Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2% ante -0,2%) e, finalmente, Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,1% ante 0,3%). O componente Transporte, armazenagem e correios permaneceu estável em relação ao segundo trimestre (0,0% ante 0,9%), enquanto o componente Serviços de informação teve queda de 0,1% (ante -2,2%).



Pela ótica de demanda, grande destaque para o setor externo, com Importações e Exportações tendo avançado 6,6% e 4,1%, respectivamente. A Formação bruta de capital fixo e o Consumo das famílias também tiveram contribuição importante para o resultado geral do PIB. O primeiro cresceu 1,6% entre o segundo e o terceiro trimestre do ano, ante resultado de 0,0% da leitura anterior, enquanto o consumo das famílias avançou 1,2% (mesmo resultado da última leitura) na passagem trimestral e chegou a terceira leitura positiva de crescimento. O único componente a apresentar variação negativa no período foi o Consumo do Governo, que teve queda de 0,2% e chegou a sua quinta queda seguida.


Assim, o PIB veio em linha com o esperado, com forte destaque para o positivo desempenho da indústria de transformação e dos serviços, no lado da oferta. Pelo lado da demanda, devemos destacar mais um resultado positivo do consumo das famílias, que reflete uma recomposição das condicionantes de consumo.

Fiesp/Ciesp: Atividade industrial paulista cresce em outubro

Pela tarde de ontem (30/11), a Fiesp/Ciesp divulgou os resultados do seu Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista referente ao mês de outubro. Foi apontado crescimento de 0,3% em relação ao mês anterior, já livre dos efeitos sazonais, consolidando o sétimo aumento mensal seguido. Assim, o ganho acumulado neste período ficou em 5,4%. Frente a outubro de 2016, houve avanço de 9,5%, maior taxa sob esta métrica desde abril de 2013 (11,7%).



No que tange a taxa acumulada do ano, o indicador segue em trajetória ascendente, com crescimento para 3,0%. Já pela taxa acumulada em doze meses, o INA voltou a apresentar aumento depois de 45 meses de contração nesta base de comparação, ao passar de -0,1% de setembro para 1,8% neste período referente.



O crescimento de 0,3% em outubro não foi difundido entre os três componentes do indicador. O resultado foi puxado pela forte expansão de 3,2% da variável Total de Vendas Reais. Com isso, Horas Trabalhadas na Produção e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentaram queda de 0,7% e 0,2p.p., respectivamente.