IBGE: Produção industrial avança novamente em outubro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (05/12) a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao mês de outubro. Na série livre de sazonalidades, a produção industrial nacional avançou 0,2% em relação ao mês de setembro. É a segunda alta consecutiva na passagem mensal do indicador, cujo resultado mensal efetivo veio abaixo das projeções do Depecon/Fiesp (0,7%), mas alinhada com a média do mercado (0,3%). Em 2017, a produção do setor acumula crescimento de 1,9%, ao passo que para o acumulado nos últimos 12 meses, o crescimento é de 1,5%.



Na abertura entre os dois grandes setores industriais, a Indústria de Transformação avançou 0,5% em relação ao mês anterior, após ter crescido 0,2% na última leitura. A Indústria Extrativa também avançou pelo segundo mês consecutivo, apresentando alta de 0,3% na passagem mensal (ante 1,1% em setembro). Com os resultados de outubro, as duas indústrias acumulam, em 12 meses, variação de 0,91% e 5,77%, respectivamente.



Na abertura entre as atividades industriais, 15 das 24 atividades levantadas avançaram na passagem mensal. Os destaques positivos ficam com Farmoquímicos e farmacêuticos (20,3%) e Bebidas (4,8%), com ambas as atividades revertendo as quedas registradas na última leitura (-19,7% e -0,7%, respectivamente). Confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,3%), Metalurgia (1,6%), Máquinas e equipamentos (1,3%) e Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,8%) também exerceram influência positiva no resultado geral. As principais influências negativas, por sua vez, se deram em Alimentos (-5,7%), Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) e Perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,2%). Abaixo, a variação acumulada no ano para cada atividade.



Por fim, na abertura entre as quatro categorias de uso, a produção de bens de consumo não duráveis e bens de capital exibiu desempenho positivo (2,0% e 1,1%, respectivamente). O primeiro interrompe, assim, dois meses consecutivos de queda em sua produção - período em que acumulou redução de 2,8% -, enquanto o segundo mantém a trajetória de ascensão iniciada em abril - período em que acumulou alta de 11,6%. As produções de bens duráveis e de bens intermediários, por sua vez, registraram quedas de 2,0% e 0,8%, respectivamente

Zona do Euro: PMI Composto volta a crescer expressivamente

Hoje (05/12), o Instituto Markit divulgou seu Índice Gerente de Compras Composto (PMI Composite) referente ao mês de novembro. O resultado final confirmou a prévia divulgada em novembro e, sendo assim, chegou ao maior nível de pontuação desde abril de 2011, com 57,5 pontos ante 56,0 de outubro. É o 53º mês seguido de permanência acima de 50,0 pontos e indicando forte expansão da atividade.



Na abertura entre os dois indicadores componentes do PMI composto, ambos cresceram fortemente na passagem mensal. Destaque principal vai para o PMI Industrial, ao atingir a melhor marca da série histórica iniciada em 2000, com 60,1 pontos ante 58,5 de outubro. De forma menos intensa, serviços cresceu para 56,2 pontos ante 56,0.



Devido à forte aceleração da atividade econômica neste mês (o ritmo da produção manufatureira e da atividade comercial foram o maior em quase 7 anos), levaram a um grande influxo de novos negócios nos setores e resultou no maior nível de geração de em 17 anos. Por outro lado, a pressão inflacionária acelerou no período, tanto a de custos quanto a dos produtos finais.

Na abertura entre países, a França voltou a crescer e atingiu maior patamar em 78 meses. Alemanha voltou a crescer após recuar no mês anterior, de 56,6 para 57,3 pontos. Em setembro, o país registrou a maior pontuação desde abril de 2011. Itália, com 56,0 pontos, e Espanha, com 55,5 pontos, também cresceram na passagem mensal.

China: PMI composto cresce em novembro

Divulgado na noite de ontem (05/12) pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Composto (PMI Composite) referente ao mês de novembro apresentou crescimento de 51,0 para 51,6 pontos, quando se registrou a menor pontuação em 16 meses para o indicador. Sendo assim, a média móvel trimestral caiu pelo segundo mês seguido, de 51,6 para 51,3 pontos.

Este pequeno aumento do indicador composto é totalmente atribuído ao PMI de Serviços. Ao crescer para 51,9 pontos ante 51,2, o setor de serviços refletiu o crescimento na variável de novos trabalhos, que contribuiu para um incremento no número de trabalhadores do setor. Por outro lado, o PMI Industrial caiu ligeiramente para 50,8 pontos ante 51,0, com desaceleração da produção final e do influxo de novas encomendas, o que guiou para uma forte redução da força de trabalho em novembro.

Por fim, o índice de preços, tanto para os insumos quanto para os produtos finais de ambos setores, acelerou na passagem mensal. No que tange a variável de expectativa, o pequeno crescimento da confiança dos empresários de serviços não compensou a forte queda da confiança no setor manufatureiro (na maior taxa desde abril de 2012), levando o otimismo total da economia ao mais fraco patamar desde dezembro de 2015.