Informativo eletrônico - Edição 2311Segunda-Feira, 15 de janeiro de 2018

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Expectativas para o PIB e produção industrial crescem novamente
  • Banco Central: Índice de Atividade cresce novamente em novembro

Economia Internacional

  • EUA: Inflação de 2017 fica em 2,1%, ligeiramente acima da meta

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira




Focus: Expectativas para o PIB e produção industrial crescem novamente

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda-feira (15/01) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta leitura, a mediana das projeções da taxa de crescimento do PIB de 2018 se elevou de 2,69% para 2,70%. Para 2019, o crescimento esperado manteve-se inalterado desde a última semana (2,80%).



As expectativas para o IPCA de 2018 também se mantiveram inalteradas, ficando em 3,95%. Para 2019, a mediana das projeções para a taxa de inflação se mantém, pela quadragésima semana consecutiva, em 4,25%.



No que diz respeito à Selic, não houve revisão para a taxa do fim de 2018, que pela terceira semana consecutiva se manteve em 6,75%. Para 2019, a expectativa teve sua segunda queda consecutiva, atingindo 8,00%. Em relação ao câmbio, as projeções para a taxa ficaram em R$/US$ 3,35 para 2018 e R$/US$ 3,40 para 2019.



No setor externo, o saldo esperado para a Balança Comercial de 2018 foi revisado para cima, passando de US$ 52,00 bilhões para US$ 53,00 bilhões. Para 2019, não houve revisão (US$ 45,00 bilhões). A mediana das projeções do déficit em Conta Corrente para este ano, por sua vez, foi revisada para cima tanto para este ano (US$ 28,35 bilhões) quanto para o próximo (US$ 40,00 bilhões).

Por fim, a taxa de crescimento esperada para a produção industrial em 2018 cresceu pela terceira semana consecutiva, de 3,14% para 3,20%. Para 2019, a taxa se mantém a mesma (3,00%).



Banco Central: Índice de Atividade cresce novamente em novembro

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na manhã de hoje (15/01) o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB, referente ao mês de novembro. O indicador acelerou e apresentou crescimento pelo terceiro mês seguido, fato que não ocorria desde setembro de 2014, ao passar de uma taxa de 0,37% para 0,49%, na série livre de influências sazonais. Pela comparação interanual, o índice cresceu em 2,82%, sendo a maior taxa para o mês de novembro nesta base de comparação desde 2010 (7,76%).



O resultado mensal do indicador teve reflexo nos três setores mensurados pelo IBGE. Enquanto que a produção industrial cresceu pelo terceiro mês seguido, embora que ligeiramente em 0,2%, as vendas no varejo em seu conceito ampliado tiveram forte expansão de 2,5%, bem como o volume de prestação de serviços, que reverteu quatro quedas consecutivas e voltou a subir em 1,0% na margem.

Por fim, este positivo resultado de novembro se reflete na leitura acumulada nos últimos doze meses. A taxa de crescimento subiu para 0,68% após no mês anterior ter registrado taxa de 0,24%, sendo esta primeira variação positiva desde novembro de 2014. Já a taxa acumulada em 2017 atingiu 0,97% ante 0,78%.




EUA: Inflação de 2017 fica em 2,1%, ligeiramente acima da meta

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês), divulgado na última sexta-feira (12/01) pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) americano, desacelerou na passagem de novembro para dezembro, ao atingir uma variação de 0,1% ante 0,4% do mês anterior. Em dezembro de 2016, o resultado havia sido de 0,3%. No que tange ao núcleo da inflação (medida que exclui preços voláteis de alimentos e energia), o movimento foi inverso e o índice apresentou aceleração de 0,3% ante 0,1% na passagem mensal.

Assim, o CPI fechou o ano de 2017 com 2,1% de inflação, mesmo resultado verificado em 2016 e ligeiramente acima da meta (de 2,0%). Já o núcleo do índice fechou o ano em 1,8%, abaixo do resultado do ano anterior, de 2,2%.



Na leitura mensal, a principal contribuição para a variação do índice é atribuída à classe de despesa de Habitação. Com a aceleração para 0,4% ante 0,2% do mês anterior, o índice teve contribuição de quase 80% do CPI de dezembro. Forte influência teve também o índice relativo à Alimentação, ao passar de 0,0% em novembro para 0,2% neste mês. Por sua vez, Energia apresentou deflação de 1,2% ante alta de 3,9% em novembro.

Por fim, a abertura por classe de despesas no acumulado em 2017 coloca o grupo de Alimentação como principal contribuição para o resultado de 2,2% do ano, ao acelerar de 0,2% em 2016 para 1,6% do último ano. Forte variação também foi registrado no índice de Energia (6,9% ante 5,4%). Habitação desacelerou para 3,2% ante 3,6%, assim como Despesas de Saúde (1,8% ante 4,1%), Educação (2,0%, a menor taxa anual desde 1993) e Comunicação (4,9%, oitava desaceleração consecutiva para o grupo).







 



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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