Informativo eletrônico - Edição 2319Segunda-Feira, 29 de janeiro de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções para o PIB e produção industrial voltam a crescer
  • BCB: Conta Corrente tem déficit de US$ 9,8 bilhões em 2017
  • FGV: Confiança do comércio cresce novamente em janeiro
  • FGV: Confiança do consumidor cresce pelo quinto mês seguido

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira




Focus: Projeções para o PIB e produção industrial voltam a crescer

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda-feira (29/01) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta leitura, a mediana das projeções da taxa de crescimento do PIB de 2018 recuou ligeiramente, indo de 2,70% para 2,66%. Contudo, a mediana para 2019 se elevou de 2,99% para 3,00%.


Tanto as expectativas para o IPCA de 2018 quanto para o de 2019 permaneceram inalteradas nesta semana, ficando em 3,95% pela terceira semana seguida para este ano e em 4,25% pela 42º semana consecutiva para o ano que vem.


No que diz respeito à Taxa Selic, não houve revisão para nenhum dos anos analisados. A taxa esperada continua em 6,75% (pela quinta semana consecutiva) para 2018 e em 8,00% para 2019. Em relação ao câmbio esperado para o fim deste ano, o relatório apresentou uma mediana levemente menor em relação à semana passada, de R$/US$ 3,34 para R$/US$ 3,30. O câmbio esperado para 2019 permaneceu em R$/US$ 3,40.


No tocante ao setor externo, o saldo esperado para a Balança Comercial foi de US$ 53,00 bilhões para US$ 54,50 bilhões em 2018 e de US$ 45,00 bilhões para US$ 46,00 bilhões para 2019. As projeções para a Conta Corrente para o fim deste ano também sofreram melhora nesta leitura, com o déficit esperado caindo de US$ 27,65 bilhões para US$ 27,20 bilhões. A expectativa de déficit de US$ 40,00 bilhões para 2019 se manteve inalterada.

Por fim, a mediana das projeções para a taxa de crescimento da produção industrial voltou a apresentar alta, ao passar de 3,15% para 3,18%. O mesmo não foi observado para 2019, contudo, com a mediana caindo para 3,04% ante 3,00% do último relatório.



BCB: Conta Corrente tem déficit de US$ 9,8 bilhões em 2017

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na última sexta-feira (26/01) a Nota do Setor Externo com os resultados do Balanço de Pagamentos referentes ao mês de dezembro e, consequentemente, ao fechamento do ano de 2017. No mês, o saldo em Conta Corrente registrou um déficit maior em relação a novembro, em US$ 4,3 bilhões ante US$ 2,4 bilhões. Já na comparação interanual, o déficit ficou abaixo dos US$ 5,9 bilhões registrados em dezembro de 2016.

Assim, 2017 consolidou a forte recuperação do setor externo brasileiro, ao passo que o déficit da Conta Corrente ficou em US$ 9,8 bilhões, bem abaixo do déficit de US$ 23,5 bilhões de 2016. É o melhor resultado desde 2007 (superávit de US$ 0,4 bilhões).



A melhora do saldo na Conta Corrente é atribuída ao maior superávit da série histórica iniciada em 1995 da Balança Comercial, em US$ 64,0 bilhões, acima dos US$ 45,0 bilhões de 2016. Tanto as exportações quanto as importações tiveram um forte aumento em relação ao ano anterior, saltando de US$ 184,5 bilhões para US$ 217,2 bilhões e de US$ 139,4 bilhões para US$ 153,2 bilhões.



A Balança de Serviços, por sua vez, fechou o ano de 2017 com um déficit maior do que o ano anterior, em US$ 33,9 bilhões ante US$ 30,4 bilhões. O mesmo foi observado na Balança de Rendas, embora que em menor intensidade, um déficit de US$ 39,9 bilhões ante US$ 38,1 bilhões.



O aumento do déficit na conta de serviços é devido ao maior gasto dos brasileiros com Viagens Internacionais, que em 2017 ficou em US$ 13,2 bilhões ante US$ 8,5 bilhões em 2016. Por outro lado, a rubrica de Aluguel de Equipamentos registrou um déficit de US$ 16,8 bilhões, menor dos US$ 19,5 bilhões gastos em 2016.



No que tange a Balança de Rendas, o déficit ligeiramente maior neste ano de análise é atribuído às remessas de lucros e dividendos, que passou de US$ 19,4 bilhões de 2016 para US$ 21,0 bilhões desta leitura. Os gastos de Juros tiveram uma pequena queda, de US$ 21,9 bilhões para US$ 21,8 bilhões.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) foram menores em 2017 quando comparado ao ano anterior, passando de US$ 78,9 bilhões para US$ 70,3 bilhões. Contudo, continua bem acima do déficit em Conta Corrente e, portanto, a necessidade de financiamento externo continua coberta pelo fluxo de IDP no país.



FGV: Confiança do comércio cresce novamente em janeiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (29/01) o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) referente a janeiro. Livre das influências sazonais, o ICOM avançou 0,2 pontos entre dezembro de 2017 e o primeiro mês deste ano, atingindo 95,1 pontos. Apesar de se encontrar abaixo da linha dos 100,0 pontos (denotando contração da atividade no setor), o indicador tem seu maior nível desde julho de 2014, data em que registrou 95,4 pontos. Em janeiro de 2017, o ICOM registrou 79,9 pontos.


A alta do ICOM ocorreu em 11 dos 13 segmentos levantados pela pesquisa e o resultado é devido ao crescimento do Índice de Situação Atual (ISA-COM), que avançou 2,4 pontos na passagem mensal e atingiu 88,0 pontos no período, seu melhor resultado desde dezembro de 2014. Outro componente do ICOM, o Índice de Expectativas (IE-COM) registrou queda de 2,0 pontos na passagem mensal, alcançando 102,4 pontos. A publicação ressalta que, apesar da queda, esta é a primeira vez desde janeiro de 2014 que o IE-COM permanece por três meses consecutivos acima da linha dos 100,0 pontos.

Com os resultados de janeiro, a média móvel trimestral dessazonalizada para o mês também avança, saindo de 82,3 para 84,3 pontos. Conforme sugere o gráfico, os resultados desta leitura podem indicar que estamos próximos de uma recuperação da atividade econômica.



FGV: Confiança do consumidor cresce pelo quinto mês seguido

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na última quinta-feira (25/01) o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente ao mês de janeiro. Na série com ajuste sazonal, o indicador apresentou seu quinto mês consecutivo de avanço e atingiu a maior marca desde outubro de 2014, em 88,8 pontos ante 88,4 de dezembro de 2017.


Na abertura entre os componentes, destaque para o Índice de Situação Atual (ISA). O índice alcançou a marca de 76,6 pontos ao completar o sexto mês seguido de crescimento, maior pontuação desde maio de 2015 (77,0 pontos). Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) interrompeu alta de quatro meses seguidos e recuou para 97,6 pontos ante 98,2.


A publicação destaca que a queda das expectativas se deve ao subindicador de propensão a gastar com bens duráveis, que registrou queda de 2,0 pontos na passagem mensal. Apesar disso, a percepção financeira das famílias, tanto para a situação atual quanto para os próximos seis meses, continuam em trajetória de alta.





 



 

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