Informativo eletrônico - Edição 2322Quinta-Feira, 1 de fevereiro de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Após três anos de queda, produção industrial volta a crescer em 2017
  • FGV: Índice de Confiança Empresarial tem sétima alta consecutiva em janeiro
Economia Internacional
  • Zona do Euro: PMI industrial se mantém elevado em janeiro
  • China: PMI industrial estabiliza em janeiro

Dados da Economia Brasileira




IBGE: Após três anos de queda, produção industrial volta a crescer em 2017

Divulgada hoje (01/02) pelo IBGE, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) apontou que houve um crescimento da produção industrial em 2,8% entre novembro e dezembro do ano passado, na série livre de influências sazonais; resultado bem acima da mediana das projeções de mercado (em 1,9%). Na série com ajuste sazonal, é a maior variação desde o mês de junho de 2013 (3,5%). Na comparação frente a dezembro de 2016, a produção cresceu em 4,3%.



No fechamento do trimestre, a Indústria Geral apresentou 1,9% de crescimento na comparação frente ao trimestre imediatamente anterior e, assim, completou seu quarto período seguido de crescimento. Da mesma forma, Indústria de Transformação acelerou sua taxa de crescimento para 2,0% ante 1,7% do terceiro trimestre, enquanto Extrativa Mineral caiu pela terceira leitura consecutiva, embora ligeiramente em -0,1% ante -1,0%.



Assim, o resultado acumulado em 2017 chegou a 2,5% de crescimento frente a 2016. Este resultado não reverte as quedas verificadas nos três anos anteriores (-3,0% em 2014, -8,2% em 2015 e -6,4% em 2016), no entanto é coerente com a avaliação de retomada gradual da economia. Na abertura entre os dois grandes setores, destaque para a Indústria da Transformação, com o primeiro resultado positivo depois de três anos de recuo, em 2,2% ante -6,0% do ano passado. Já a Extrativa Mineral cresceu em 4,6% após queda de 9,4% em 2016.



Na abertura entre as grandes categorias econômicas, o crescimento de 2,8% da produção industrial em dezembro teve grande contribuição da produção de bens de consumo duráveis, ao variar 5,9% ante 2,8% de novembro. Bens de Capital, por sua vez, permaneceu estável na passagem mensal depois de ter crescido nos oito meses anteriores.

Assim, pela leitura anual, a produção de Bens de Capital teve um bom crescimento em relação a 2016, com 6,0%, após entre 2014 e 2016 a categoria acumular perda total de 39,2% de seu nível de produção. Bens de Consumo Duráveis teve a maior variação anual, de 13,3% ante -14,4% do ano passado.



No que tange a abertura pelas atividades industriais, a leitura mensal teve 21 das 24 atividades com variação positiva. Destaques positivos para o crescimento de 15,2% de Outros Equipamentos de Transportes e 10,3% de Equipamentos de Informática. Já para o acumulado em 2017, 18 atividades cresceram no período. Produtos de Fumo (20,4%), Equipamentos de Informática (19,6%) e Veículos Automotores (17,2%) apresentaram as maiores taxas de crescimento. Abaixo, tabela detalhada com taxa de crescimento mensal, trimestral e anual para todas as atividades.



FGV: Índice de Confiança Empresarial tem sétima alta consecutiva em janeiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (01/02) o Índice de Confiança Empresarial (ICE) referente a janeiro. O ICE consolida os índices de confiança das quatro sondagens empresariais produzidas pelo FGV/IBRE e registrou sua sétima alta consecutiva ao avançar 1,5 ponto na passagem mensal e alcançar 94,9 pontos. É seu maior patamar desde abril de 2014, quando registrou 95,5 pontos.



O resultado deste mês do ICE se deve principalmente à percepção da classe empresarial sobre o momento atual. Seu componente Índice da Situação Atual (ISA-E) avançou 0,8 ponto e registrou 88,7 pontos, seu maior nível desde agosto de 2014. O Índice de Expectativas (IE-E) também teve alta na passagem entre dezembro e janeiro, de 0,2 ponto, alcançando 99,5 pontos - seu maior patamar desde dezembro de 2013.

Dos quatros setores que compõem o ICE, a confiança empresarial avançou em três. A maior contribuição para a alta do índice veio do setor de Serviços (1,2 ponto). O setor da Construção (0,2 ponto) e o Comércio (0,1 ponto) também contribuíram positivamente para o índice geral, enquanto a confiança industrial permaneceu estável em janeiro.




 

Zona do Euro: PMI industrial se mantém elevado em janeiro

O Instituto Markit divulgou nesta manhã (01/02) o resultado definitivo do Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) industrial para a Zona do Euro referente a janeiro. Confirmando os dados preliminares, o PMI Industrial europeu teve uma ligeira queda ao registrar 59,6 pontos (ante 60,6 pontos na leitura de dezembro). Apesar da queda, a publicação ressalta que o PMI vem sinalizando expansão da atividade industrial há 55 meses, e que o resultado é o melhor para um mês de janeiro desde o início da série histórica.



Na abertura entre os países da região, os destaques vão para a Holanda, que registrou seu recorde histórico com 62,5 pontos, Áustria, na 2ª posição com 61,3 pontos, e Alemanha, que registrou 61,1 pontos. Os países são seguidos por Itália, que tem sua 83ª alta consecutiva ao registrar 59,0 pontos, França (58,4 pontos), Irlanda (57,6 pontos), Espanha (55,2 pontos) e Grécia, também com 55,2 pontos, mas com impressionantes 123 meses consecutivos de alta (e sua maior pontuação em uma década).

A forte expansão da produção industrial e o aumento do nível de encomendas tiveram impacto positivo na confiança das empresas europeias em janeiro, aumentando o nível de otimismo em todos os países pesquisados pelo Markit. Foi registrado crescimento dos novos negócios em ambos os mercados doméstico e internacional, bem como do emprego industrial. Combinados, estes foram os fatores responsáveis pela manutenção do patamar elevado do PMI Industrial na Zona do Euro.

China: PMI industrial estabiliza em janeiro

Ontem (31/01), o Instituto Markit divulgou o Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) do setor industrial chinês referente ao mês de janeiro. O resultado permaneceu inalterado em relação a dezembro, em 51,5 pontos. Já a média móvel trimestral subiu para 51,6 pontos, após no mês passado ter chegado ao menor nível desde julho de 2016.

Entre os componentes que compõe o indicador, destaque para a variável de produção manufatureira, que teve sua taxa acelerada neste mês e atingiu o maior nível dos últimos 13 meses. Este aumento é atribuído às melhores condições da demanda (interna e externa) e ao maior número de entradas de novos trabalhos. Por outro lado, a variável de nível de emprego desacelerou e chegou ao menor nível desde fevereiro de 2015.

Por fim, no que tange aos componentes de índice de preços, a inflação dos insumos industriais desacelerou na passagem mensal, no entanto continua em um forte nível. Esta desaceleração dos preços de custo influenciou para a inflação ao consumidor atingir o menor ritmo desde junho de 2017.




 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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