Informativo eletrônico - Edição 2323Sexta-Feira, 2 de fevereiro de 2018

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • CNI: Indicadores industriais diminuem ritmo de queda em 2017
  • PMI: Atividade industrial brasileira tem janeiro de expansão
Economia Internacional
  • EUA: PMI industrial cresce para o maior nível em dois anos e meio
  • Zona do Euro: Desemprego se mantém estável em dezembro

Agenda Semanal

Dados da Economia Brasileira




CNI: Indicadores industriais diminuem ritmo de queda em 2017

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (01/02) os Indicadores Industriais referentes ao mês de dezembro e, com isso, o fechamento do ano de 2017. Comparando os resultados do mês frente a novembro, quatro dos seis indicadores cresceram. No entanto, o fechamento anual apontou para avanço em apenas dois destes mesmos seis indicadores.



Pela leitura mensal, destaque para a variável Horas Trabalhadas, com uma taxa de crescimento ligeiramente maior de 0,8% ante 0,7% de novembro. Faturamento Real das empresas, por sua vez, consolidou seu quarto mês consecutivo de variação positiva, de 0,2%. Neste período, a variável acumulou ganho de 6,3%. Já os indicadores de Emprego e Utilização da Capacidade Instalada cresceram em 0,3% e 0,1p.p., respectivamente, e completaram terceiro mês seguido de avanço. Os únicos que tiveram baixa no mês foram Massa Salarial Real (-0,6% ante -1,0%) e Rendimento Médio Real (-0,4% ante -0,8%).



Já pela leitura anual, após em 2016 os seis indicadores analisados terem apresentado contração, apenas dois conseguiram reverter estes resultados negativos em 2017. Entre eles, Massa Salarial Real passou de queda de 1,1% para ganho de 0,8% neste ano, enquanto que Utilização da Capacidade Instalada aumentou 0,4 p.p. Vale lembrar que esta variável teve redução de 5,5 p.p. entre 2014 e 2016. Já entre as que permaneceram em território negativo em 2017, todas tiveram forte desaceleração do ritmo de queda. Abaixo, desempenho em 2016 e 2017 para cada variável.



PMI: Atividade industrial brasileira tem janeiro de expansão

Divulgado nesta semana pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Industrial (PMI industrial) para o Brasil recuou 1,2 pontos em janeiro, registrando 51,2 pontos - taxa semelhante ao último outubro. Apesar da desaceleração, pelo décimo mês consecutivo o indicador fica acima da linha dos 50,0 pontos (leituras acima desse patamar indicam uma expansão da atividade manufatureira).



De acordo com a publicação, em janeiro o crescimento do volume de novos pedidos foi mantido graças a melhores condições de demanda. A taxa de expansão da atividade manufatureira, contudo, atenuou-se em relação aos últimos meses. Uma desaceleração do crescimento foi observada também na produção e na taxa de criação de empregos do setor. No que diz respeito aos índices de preços ao produtor e consumidor, os indicadores mostram a inflação de custos e insumos diminuindo, ao passo que a inflação de preços cobrados atinge um recorde de alta em onze meses. Apesar da movimentação, a inflação de insumos permanece maior que a de preços cobrados, sugerindo uma compressão das margens de lucro das indústrias do país.

Os níveis de compra, contudo, cresceram em um ritmo mais acelerado que o de dezembro. No tocante às expectativas, as empresas mantiveram otimismo em relação a suas projeções de crescimento, com esperança de melhores condições econômicas e políticas, bem como de um volume mais elevado de vendas.


 

EUA: PMI industrial cresce para o maior nível em dois anos e meio

Divulgado ontem (02/02) pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) do setor industrial americano referente a janeiro cresceu pelo segundo mês seguido, em 0,7%, tendo desacelerado em relação a dezembro, quando crescera em 2,2%. Ao passar de 55,1 para 55,5 pontos, o índice atingiu a maior marca desde março de 2015 (55,7 pontos). Sua média trimestral móvel atingiu 54,8 pontos nesta leitura.



Entre os destaques deste mês, a forte influência da demanda interna e externa levaram as variáveis de produção e novas encomendas atingirem o maior patamar dos últimos doze meses, enquanto que a variável de encomendas para exportação acelerou na maior taxa dos últimos 18 meses. Outro componente de destaque foi a atividade de compras industriais, que mensura a aquisição de insumos para produção no setor. Ao atingir o maior ritmo de expansão desde setembro de 2014, as cadeias de fornecimento se fortaleceram e o acúmulo de inventário pré-produção acelerou para o maior nível desde janeiro do ano passado.

Também como resultado de uma demanda mais forte, a pressão inflacionária sob os custos industriais continua alta, no entanto desacelerou para a menor pontuação dos últimos três meses. Por outro lado, a inflação sob os preços dos produtos finais acelerou para a segunda maior taxa desde setembro de 2014.

Por fim, a publicação ressalta que com a economia americana em pleno emprego, a aceleração da produção associada a uma tendência altista dos índices de preços, incrementam a possibilidade do Banco Central americano (Fed) não só continuar a normalização de sua política monetária, reduzindo seu balanço, mas também de aumentar a taxa de juros básica da economia em março.

Zona do Euro: Desemprego se mantém estável em dezembro

O Departamento de Estatísticas da Zona do Euro (Eurostat) divulgou nesta semana a taxa de desemprego da região referente a dezembro. Nesta leitura, na série livre de influências sazonais, a taxa registrou estabilidade ao manter-se em 8,7%. Este continua a ser o melhor resultado para a região desde janeiro de 2009. Em dezembro de 2016, o nível era de 9,7%.



Entre seus países-membros, as menores taxas foram mais uma vez observadas na República Tcheca (2,3%), Malta e Alemanha (ambas com 3,6%). A Grécia registrou novamente a maior taxa do grupo (20,7%), mas vale lembrar que o resultado de novembro (20,5%) havia sido o seu melhor desde outubro de 2011. Além da já citada Alemanha, entre as quatro principais economias europeias encontram-se França, com 9,2%, Itália, com 10,8%, e Espanha, novamente com a taxa mais elevada do G4 europeu e a segunda mais alta da União Europeia (16,4%).



O Eurostat também levanta o nível de desocupação na população jovem (abaixo de 25 anos) na região. Em dezembro de 2017, a taxa passou de 18,3% para 17,9%. No mesmo período do ano anterior, o desemprego dos mais jovens havia ficado em 20,3%.




 




 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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