Informativo eletrônico - Edição 2325Terça-Feira, 6 de fevereiro de 2018

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PMI Brasil: Indicador composto indica crescimento em janeiro
  • FGV: IGP-DI desacelera em janeiro
Economia Internacional
  • Zona do Euro: Expectativas puxam confiança do investidor para baixo
  • EUA: Atividade econômica desacelera em janeiro

Dados da Economia Brasileira




PMI Brasil: Indicador composto indica crescimento em janeiro

Divulgado ontem (05/02) pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Composto (PMI, em inglês) avançou 1,9 ponto na passagem mensal e atingiu 50,7 pontos em janeiro. É a primeira vez desde setembro de 2017 que o índice fica acima da linha dos 50,0 pontos, indicando expansão da atividade econômica.

Tal movimento pode ser atribuído à expansão do PMI do setor de Serviços, que atingiu 50,0 pontos, 2,6 pontos acima da leitura precedente. Enquanto o PMI Industrial retraiu de 52,5 pontos no mês anterior para 51,2 pontos em janeiro, mantendo a sinalização de expansão do setor.



O bom desempenho do setor de serviços observado em janeiro se deu, entre outros pontos destacados pela publicação, pelo crescimento do volume de novos negócios recebidos pelas empresas e pelo aumento do otimismo (recorde de alta em quatro meses) dos empresários do setor em relação aos próximos 12 meses.

O bom desempenho do setor industrial, por sua vez, pode ser atribuído ao crescimento do volume de novos pedidos, a uma menor inflação de custos e à manutenção do otimismo do empresário industrial em relação a suas projeções de crescimento (efeito da esperança de melhores condições econômicas e políticas e de um volume mais elevado de vendas).

FGV: IGP-DI desacelera em janeiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente a janeiro. Após variação de 0,74% em dezembro, o índice mensal desacelerou para uma taxa de 0,58% no primeiro mês do ano. Com o resultado desta leitura, o índice acumula variação de -0,28% em 12 meses.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também registrou variação de 0,58% em janeiro, uma desaceleração em relação à taxa de dezembro (1,07%). Na abertura entre as categorias de bens, os grupos de Bens Finais e de Matérias-Primas Brutas desaceleraram suas taxas de 0,45% para 0,16% e de 2,62% para 0,18%, respectivamente, enquanto o grupo de Bens Intermediários teve aceleração de 0,46% para 1,34%.

Na abertura por origem de processamento, tanto Produtos Industriais quanto Produtos Agrícolas apresentaram desaceleração na passagem mensal. Enquanto o primeiro desacelerou de 1,15% para 0,94%, o segundo desacelerou de 0,81% para -0,52%. No acumulado em 12 meses, as taxas ficaram em 0,91% e -10,97%, respectivamente.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou frente a dezembro, ao passar de 0,21% para 0,69%. Na abertura entre as classes de despesas, seis grupos tiveram aceleração em janeiro, ao passo que dois grupos deflacionaram. Destaque para a forte aceleração do grupo de Alimentação (de 0,27% para 1,23%). O grupo Habitação foi o destaque do movimento inverso, desacelerando de -0,33% para -0,47%. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada grupo.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção teve ligeira aceleração (de 0,07% para 0,31%) em janeiro. O custo da Mão de Obra manteve a mesma taxa de inflação registrada no mês passado, de 0,05%, enquanto que o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou para 0,69% ante 0,11%.



Zona do Euro: Expectativas puxam confiança do investidor para baixo

Hoje pela manhã (06/02), o Instituto Sentix divulgou o Indicador de Confiança do Investidor referente ao mês de fevereiro. Puxado pelas expectativas, a pontuação do indicador caiu 1,0 ponto e atingiu 31,9 pontos neste mês. Em janeiro houve crescimento de 1,8 ponto. As expectativas em torno da economia europeia caíram para o menor nível em um ano, de 18,8 para 15,5 pontos. Em sentido oposto, o índice de situação atual segue em trajetória expansionista e atingiu o maior patamar desde agosto de 2007, ao passar de 48,0 para 49,5 pontos.

A Alemanha exerceu grande influência na desaceleração do indicador. Depois de atingir em novembro a maior pontuação de sua série histórica (42,4 pontos), o índice geral teve forte recuo para 36,2 pontos, menor pontuação dos últimos seis meses. As expectativas recuaram 6,0 pontos e ficou no menor nível desde julho de 2016, em 5,5 pontos. Ao contrário da Zona do Euro, o índice de situação atual apresentou leve recuo, de 72,3 pontos para 71,5.

O mesmo resultado negativo da Zona do Euro não foi difundido para o resto do mundo em geral. O indicador do agregado global subiu ligeiramente para 30,0 pontos ante 29,5 do mês passado. Os Estados Unidos apresentaram ótimo desempenho, com a pontuação de 33,4 pontos ante 32,8 de janeiro, devido ao índice de situação atual, que chegou ao seu maior nível histórico. Destaque também para as economias latino americanas. A situação atual e as expectativas tiveram alta na passagem mensal, levando a região para a maior pontuação desde março de 2013, em 14,2 pontos.



EUA: Atividade econômica desacelera em janeiro

O Instituto Markit divulgou ontem (05/02) a tarde os resultados para o Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) de Serviços da economia americana e, consequentemente, para o PMI Composto (que agrega o setor de serviços e o setor manufatureiro). Em janeiro, a pontuação registrada no sentido composto caiu em relação ao mês anterior, de 54,1 para 53,8 pontos. A média móvel trimestral atingiu 54,1 pontos, seu menor nível dos últimos cinco meses.

A queda da pontuação do indicador composto teve o PMI de Serviços como principal motor, uma vez que o PMI Industrial atingiu o maior patamar dos últimos dois anos e meio (mais detalhes no Macro Visão Ed. 2323). O recuo de 53,7 pontos para 53,3 pontos teve as variáveis de atividade de negócios diminuindo sua taxa de crescimento para o menor ritmo em nove meses, além dos índices de preços dos insumos e de vendas finais crescendo em janeiro.

Por outro lado, a demanda continuou forte neste mês, influenciando diretamente no aumento de novos negócios e de novos clientes. A variável de criação de emprego também apresentou desempenho positivo em resposta aos maiores requisitos de atividades. Assim, o índice de confiança dos empresários do setor voltou a subir com a expectativa de manutenção da força da demanda.





 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
Cadastre-se e receba notícias do seu interessfacebooktwitteryoutubelinkedinslideshareflickr