Informativo eletrônico - Edição 2329Quinta-Feira, 15 de fevereiro de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções para o IPCA de 2018 caem expressivamente
  • FGV: IGP-10 desacelera novamente em fevereiro

Economia Internacional

  • Zona do Euro: Produto cresce 2,5% em 2017
  • EUA: Inflação acelera para 0,5% em janeiro

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira




 
Focus: Projeções para o IPCA de 2018 caem expressivamente

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta quarta-feira (14/02) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. A mediana das projeções para a taxa de crescimento do PIB em 2018 e 2019 permaneceram inalteradas nesta semana frente à última leitura, em 2,70% e 3,00%, respectivamente.


Por sua vez, as expectativas para o IPCA deste ano sofreram baixa, pela segunda semana seguida, passando de 3,94% para 3,84%. Há quatro semanas atrás, a projeção era de 3,95%. Já para 2019, pela 44º semana consecutiva a taxa projetada ficou em 4,25%.


No que tange a taxa básica de juros Selic, a mediana das expectativas tanto para este ano quanto para o ano que vem não sofreram mudanças em relação à última leitura e permaneceram em 6,75% e 8,00%, respectivamente. O mesmo foi observado para a taxa de câmbio de 2018, que pela segunda semana seguida ficou em R$/US$ 3,30. Já para 2019, a projeção sofreu ligeira baixa nesta leitura e passou de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,39.


Setor externo apresentou um desempenho satisfatório no boletim desta semana, com destaque para a quinta semana seguida de diminuição da previsão de déficit em conta corrente no ano de 2018, que passou de US$ 27,00 bilhões para US$ 26,60 bilhões. Para 2019, houve recuo pela segunda semana seguida, de US$ 39,70 bilhões para US$ 38,50 bilhões. Já a projeção do saldo da balança comercial deste ano aumentou, de US$ 54,04 bilhões para US$ 54,50 bilhões, enquanto que para 2019, o saldo manteve inalterado em US$ 45,00 bilhões.

Por fim, a mediana das projeções para a taxa de crescimento da produção industrial de 2018 aumentou pela terceira semana seguida, de 3,35% para 3,50%. No mesmo sentido, para 2019 a taxa passou de 3,00% para 3,08%, primeira elevação depois de quatro semanas.



FGV: IGP-10 desacelera novamente em fevereiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente a fevereiro. Após variar 0,79% no mês anterior, o índice desacelerou novamente ao registrar variação de 0,23% nesta leitura. Com o resultado, o índice acumula deflação de 0,42% em 12 meses.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) também desacelerou na passagem mensal, de 1,06% para 0,09%. Dentre as três categorias de uso, os preços dos Bens Intermediários aceleraram em relação a janeiro e tiveram alta de 1,06% nesta leitura. Os preços de Bens Finais e de Matérias-Primas Brutas, por sua vez, recuaram em fevereiro, registrando -0,46% e -0,40%, respectivamente. Ambas as categorias haviam registrado alta de seus preços em janeiro.

Na abertura do IPA-10 por origem de processamento, ambos os grupos Produtos Agrícolas e Produtos Industriais desaceleraram sua taxa de inflação, passando de 0,74% para -1,00% e de 1,17% para 0,45%, respectivamente. Assim, o primeiro grupo acumula deflação de 10,88% em doze meses, enquanto o segundo acumula variação positiva de 0,86% para o mesmo período. Na mesma base, o IPA-10 acumula deflação de 2,30%.



Após variar 0,36% em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou ao registrar inflação de 0,57% em fevereiro. Das oito classes de despesas pesquisadas, cinco contribuíram para a aceleração do índice, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que variou 2,01% (ante 0,65% no mês anterior). As outras classes foram Transportes (1,27% ante 0,85%), Alimentação (0,78% ante 0,66%), Vestuário (0,20% ante -0,27%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% ante 0,41%). Em doze meses, o IPC-10 acumula uma taxa de 3,09%. Abaixo, o acumulado em doze meses para cada classe.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) registrou aumento de 0,32%, acelerando em relação a janeiro (0,08%). O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou alta de 0,71% (ante 0,16%), enquanto o índice relativo a Mão de Obra não variou entre janeiro e fevereiro (em janeiro, a variação fora de 0,02%). No acumulado em doze meses, o INCC-10 registra uma taxa de 3,88%.




 
Zona do Euro: Produto cresce 2,5% em 2017

O Eurostat, órgão responsável pelas estatísticas da União Europeia, divulgou ontem (14/02) a estimativa do PIB referente ao último trimestre de 2017 para sua região. De acordo com a publicação, os produtos internos brutos da União Europeia e da Zona do Euro cresceram ambos 0,6% em comparação com o trimestre encerrado em setembro, na série ajustada sazonalmente. No terceiro trimestre, o produto de ambas as regiões havia crescido 0,7%.



Na comparação interanual, isto é, com o quarto trimestre do ano anterior, o PIB teve alta de 2,7% para a Zona do Euro e de 2,6% para a União Europeia. Com os resultados do trimestre encerrado em dezembro, o Eurostat estima que durante o ano de 2017 o produto cresceu 2,5% para ambas as regiões.

Nesta edição, o Eurostat divulgou também os resultados para cada um de seus países-membros. Entre as maiores economias da região, na série ajustada sazonalmente, destaque para a Espanha, que cresceu 0,7% no quarto trimestre (ante 0,8% do trimestre anterior). Alemanha e França cresceram 0,6% no período (frente a 0,7% e 0,5%, respectivamente), enquanto a economia italiana cresceu 0,3% (contra 0,4% no trimestre anterior). De acordo os dados disponíveis, nenhum país da Zona do Euro registrou contração nesta leitura.

EUA: Inflação acelera para 0,5% em janeiro

Divulgado ontem (14/02) pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas americano (BLS, em inglês), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) acelerou neste mês de janeiro em relação a dezembro, ao passar de 0,1% no último mês do ano passado para 0,5% nesta leitura. No entanto, em janeiro de 2017 a taxa foi ainda maior que a deste mês, em 0,6%. Enquanto, a taxa acumulada em 12 meses permaneceu inalterada em 2,1% na passagem mensal, ligeiramente acima da meta de inflação de 2,0% do Banco Central Americano (Federal Reserve).

No que tange ao núcleo da inflação (que excluí preços voláteis de energia e alimentos), a taxa deste mês foi a mesma frente a dezembro de 2017 e a janeiro de 2017, em 0,3%. Assim, a taxa acumulada em doze meses ficou em 1,8%, 0,2 p.p. abaixo da meta.



Na abertura entre classes de despesas, a aceleração mensal do índice de preços foi amplamente difundida nos diferentes grupos. O índice referente a Energia cresceu 3,0%, com destaque para a aceleração de 5,7% do componente de Gasolina. Em seguida, o índice de Vestuário apresentou forte aceleração de -0,3% para 1,7%, o mesmo para o índice de Serviços médicos (de 0,2% para 0,6%) e Serviços de transportes (de 0,3% para 0,8%). Alimentos, que tem forte peso na composição do índice geral, manteve a mesma taxa de dezembro nesta leitura, em 0,2%.







 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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