Informativo eletrônico - Edição 2334Quinta-Feira, 22 de fevereiro de 2018

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Internacional

  • FGV: América Latina tem melhor clima econômico em 18 trimestres
  • Reino Unido: PIB desacelera e cresce 1,7% em 2017
  • EUA: Prévia do PMI sinaliza para forte expansão em fevereiro

Dados da Economia Brasileira




 
FGV: América Latina tem melhor clima econômico em 18 trimestres

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto IFO da Alemanha, divulgou nesta manhã os resultados do Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE). Em janeiro, o indicador (que representa o saldo entre a proporção de avaliações positivas e negativas sobre o estado das economias da região) teve um resultado favorável pela primeira vez em 18 trimestres: o saldo registrado, de 1,5 ponto percentual, é o maior desde abril de 2013.

O resultado positivo do ICE reflete o avanço do Índice da Situação Atual (ISA) da região, que avançou de -43,8 pontos em outubro de 2017, para -31,8 pontos em janeiro. No mesmo período, o Indicador das Expectativas (IE) recuou 16 pontos. Apesar da queda, o saldo de 41,3 pontos do indicador continua sinalizando otimismo no horizonte de seis meses.

Entre os 11 países da região selecionados, sete estão com saldo positivo. Destes, quatro registraram avanço em seus saldos positivos no período: Chile, Colômbia e Paraguai, além do Brasil. Argentina, Uruguai e Peru mantiveram seus saldos positivos, mas tiveram queda em relação à última leitura. Bolívia, Equador, México e Venezuela continuam com clima econômico desfavorável, com esta última no limite da má avaliação.



O ICE do Brasil passou de -8,3 pontos em outubro de 2017 para 4,3 pontos em janeiro deste ano. A melhora no caso brasileiro se deve à melhora do ISA (de -73,9 pontos para -53,6 pontos). O IE do país, embora ainda bastante positivo, recuou de 91,3 pontos para 85,2 pontos no mesmo período.


De acordo com a publicação, a comparação entre o ICE da América Latina e o de outros grupos de países mostra que a região ainda está aquém do clima favorável da economia mundial. Enquanto o saldo da região é de 1,5, o saldo dos países da OCDE é de 33,8 pontos, e das economias asiáticas em desenvolvimento é de 23,6 pontos. O ICE Mundial, por sua vez, registrou 26,1 pontos em janeiro, com avanços tanto dos indicadores da situação atual quanto dos de expectativas.

Reino Unido: PIB desacelera e cresce 1,7% em 2017

Hoje (22/02), o Departamento de Estatísticas Trabalhistas britânico (ONS, em inglês) divulgou sua segunda estimativa para o PIB referente ao quarto trimestre de 2017 e, consequentemente, ao ano de 2017. Livre de efeitos sazonais, a taxa de crescimento foi de 0,4% na passagem do terceiro para o quarto trimestre, ligeiramente abaixo do 0,5% de variação no trimestre anterior.



Pela ótica da oferta, o principal motor para o crescimento trimestral foi do setor de serviços, com taxa de crescimento de 0,6%. A produção industrial também apresentou desempenho satisfatório e cresceu em 0,5%, com destaque para o avanço de 1,3% da Indústria de Transformação. Por outro lado, Agricultura recuou nesta leitura, em 0,9%.

Pela ótica da demanda, Consumo das Famílias, Consumo do Governo e Formação Bruta de Capital Fixo exerceram contribuição positiva ao PIB, com taxas de 0,3%, 0,6% e 1,1%, respectivamente. Já pelo setor externo, as Exportações contraíram neste trimestre e variaram -0,2%, ao passo que as Importações tiveram forte crescimento de 1,5%.

Na leitura anual, o PIB britânico confirmou as previsões de mercado e manteve sua desaceleração de ritmo de crescimento observada nos últimos dois anos. Ao crescer em 1,7% em 2017, o resultado veio abaixo dos 1,9% de 2016.



Pelo lado da oferta, apenas a Agricultura teve queda em 2017, com retração de 0,8%. A Indústria (2,1%) e os Serviços (1,6%) contribuíram positivamente. Já pelo lado da demanda, todos componentes cresceram no período de análise, a saber: Consumo das Famílias, em 1,8%; Consumo do Governo, em 0,3%; Formação Bruta de Capital Fixo, em 3,9%; Exportações, em 5,0% e Importações, em 3,5%.

EUA: Prévia do PMI sinaliza para forte expansão em fevereiro

O Instituto Markit divulgou ontem (21/02) os resultados preliminares para o Índice Gerente de Compras Composto (PMI Composite, em inglês) referente ao mês de fevereiro. A pontuação deste mês atingiu maior nível em 33 meses, ao passar de 53,8 para 55,9 pontos. No entanto, sua média móvel trimestral voltou ao mesmo patamar de dezembro, em 54,6 pontos.



Na abertura entre os componentes, destaque para o expressivo avanço do PMI de Serviços, ao registrar 55,9 pontos ante 53,3 de janeiro. Sua média móvel trimestral cresceu para 54,3 ante 53,8 pontos. A entrada de novos pedidos foi a principal influência para o resultado altista do indicador, ao mesmo tempo em que a criação de empregos chegou ao maior ritmo em 6 meses.

O PMI Industrial também teve alta na passagem mensal, embora de forma moderada, ao passar de 55,5 pontos para 55,9. Sua média móvel trimestral registrou 55,5 pontos, sendo o maior nível em 39 meses, sinalizando para uma tendência expansionista do setor. A entrada de novos negócios, bem como a manutenção de um bom nível de produção manufatureira, foram os principais motores para o crescimento.

Por fim, cabe mencionar que os indicadores de inflação voltaram a acelerar fortemente em fevereiro. Para o setor de serviços, os custos registraram maior taxa dentro de quatro anos e meio, enquanto que para a indústria ficou a maior taxa em cinco anos. Com a atividade econômica aquecida, é esperado que estes indicadores voltem a acelerar nos próximos meses.



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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