Informativo eletrônico - Edição 2336Segunda-Feira, 26 de fevereiro de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções para o PIB de 2018 voltam a crescer
  • FGV: Após oito altas consecutivas, confiança da construção recua em fevereiro

Economia Internacional

  • Alemanha: PIB cresce 0,6% no último trimestre, e fecha o ano com alta de 2,2%
  • Zona do Euro: Inflação acumulada em 12 meses cai para 1,3% em janeiro

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira




 
Focus: Projeções para o PIB de 2018 voltam a crescer

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta manhã o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a mediana das projeções para a taxa de crescimento do PIB de 2018 foram elevadas pela segunda leitura consecutiva, de 2,80% para 2,89%. Já para 2019, as projeções foram mantidas em 3,00%.



A projeção para o IPCA de 2018 manteve sua tendência baixista e caiu de 3,81% para 3,73% nesta leitura, a quarta semana seguida de queda da mediana das expectativas do índice de preços. Para o IPCA de 2019, pela 46ª semana a mediana ficou em 4,25%.



Em relação à expectativa da taxa de juros Selic de final de período, tanto para este ano quanto para o ano que vem a mediana das projeções permaneceram inalteradas, em 6,75% e 8,00%, respectivamente. Da mesma forma, as taxas de câmbio esperadas no final de período ficaram em R$/US$ 3,30 para 2018 e em R$/US$ 3,39 para 2019.



No que tange o setor externo, a mediana das projeções para o saldo da balança comercial de 2018 sofreram baixa após duas semanas seguidas de alta, ao passarem de US$ 54,60 bilhões para US$ 54,29 bilhões. Para 2019, o saldo esperado permaneceu em US$ 45,00 bilhões. Por outro lado, o déficit esperado para a conta corrente deste ano apresentou queda de US$ 0,20 bilhão, atingindo US$ 26,60 bilhões. O mesmo foi observado para o ano que vem, o déficit passou de US$ 39,10 bilhões para US$ 38,80 bilhões.

Por fim, a mediana das projeções para a taxa de crescimento da produção industrial de 2018 avançou pela quinta semana seguida, de 3,51% para 3,76%. Para 2019 foi observado o mesmo movimento e, pela terceira semana seguida, a mediana passou de 3,20% para 3,35%.



FGV: Após oito altas consecutivas, confiança da construção recua em fevereiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (26/02) o Índice de Confiança da Construção (ICST) referente a fevereiro. Após oito altas consecutivas, o indicador recuou 1,2 ponto em fevereiro, na série com ajuste sazonal, ao passar de 82,6 para 81,4 pontos. Vale lembrar que, na última leitura, o ICST havia registrado seu maior patamar desde janeiro de 2015.



A queda do ICST nesta leitura deveu-se ao Índice de Expectativas (IE-CST), componente do ICST que recuou 3,2 pontos entre o primeiro e o segundo mês do ano e atingiu 92,7 pontos. O outro componente do indicador, o Índice da Situação Atual (ISA-CST), avançou 0,6 ponto no período e registra, após oito altas consecutivas, 70,5 pontos - seu maior nível desde julho de 2015.

No mesmo sentido do ICST, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de construção teve queda de 0,7 p.p. entre janeiro e fevereiro, registrando 65,5% de utilização. Os componentes Mão de obra e Máquinas e equipamentos também tiveram queda no período (ambas de 0,7 p.p).



O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), indicador de preços do setor levantado pela FGV, desacelerou na passagem mensal, ao passar de uma variação de 0,28% para 0,14%. O mesmo ocorreu com o componente Materiais, Equipamentos e Serviços, que desacelerou para uma taxa de 0,32% (ante 0,59% em janeiro). O componente Mão de Obra não registrou variação (em janeiro, a taxa havia sido de 0,03%).



 
Alemanha: PIB cresce 0,6% no último trimestre, e fecha o ano com alta de 2,2%

Confirmando a prévia do Destatis, o órgão federal de estatísticas alemão, o produto interno bruto do país cresceu 0,6% no último trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, na série dessazonalizada. Com um crescimento de 0,9% do PIB no primeiro trimestre, 0,6% no segundo e 0,7% no terceiro; o ano de 2017 teve um crescimento de 2,2%.



Pela ótica da demanda, a principal contribuição marginal veio novamente do comércio exterior. As exportações cresceram 2,7% no período, ao passo que as importações tiveram alta de 2,0%. Quanto à demanda doméstica, houve sinais mistos. O consumo das famílias permaneceu estável em relação ao trimestre anterior; o consumo do governo cresceu 0,5% no período, a formação bruta de capital fixo em investimento em máquinas e equipamentos, 0,7%, e a formação bruta de capital fixo na construção teve queda de 0,4% no período.

Pela ótica da oferta, o último trimestre do ano teve como destaque a consolidação da retomada do setor industrial, com crescimento de 3,9% no período. No ano, o crescimento da indústria alemã é de 2,7%. A atividade agropecuária também teve um resultado positivo no período, com crescimento de 0,4% entre o terceiro e o quarto trimestre. No ano, contudo, a atividade registrou queda de 0,7%. Na abertura pelo setor de serviços, serviços ligados ao comércio, transporte, habitação e alimentação tiveram crescimento de 2,1% entre o terceiro e o último trimestre de 2017. Serviços de informação e comunicação também tiveram alta expressiva, de 4,2%. Os serviços industriais de utilidade pública (SIUP) cresceram 1,7% no período. No agregado de 2017, todas as atividades ligadas ao setor de serviços, com exceção dos serviços financeiros e de seguros, tiveram alta.



A publicação também trouxe dados sobre o nível de emprego na economia alemã. No quarto trimestre de 2017, 44,7 milhões de pessoas estavam empregadas no país. O número representa um aumento de 642 mil pessoas, ou 1,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A produtividade geral do trabalho também teve crescimento expressivo na comparação interanual (1,6%).

Zona do Euro: Inflação acumulada em 12 meses cai para 1,3% em janeiro

Na última sexta-feira (23/02), o Departamento de Estatísticas da Zona do Euro (Eurostat) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês) referente ao mês de janeiro. A taxa anual de inflação para a região voltou a reduzir, ao passar de 1,4% em dezembro para 1,3% neste mês referente. Já na comparação do índice de janeiro frente ao mês imediatamente anterior, a Zona do Euro apresentou deflação de 0,9%.

No que tange ao núcleo da inflação (que exclui preços voláteis como alimentos e energia), contudo, a inflação anual subiu ligeiramente em 0,1 p.p., atingindo 1,0% de variação. Este resultado fica bem abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central Europeu, em 2,0%.



Na abertura entre classes de despesas, Alimentos, bebidas e tabaco reduziram sua taxa anual de 2,1% para 1,9% neste mês, enquanto que Energia apresentou uma redução em maior intensidade, de 2,9% para 2,2%. Dos outros dois grupos analisados (que representam mais de 70% do peso do CPI), Bens industriais apresentou aceleração, de 0,5% para 0,6%, ao passo que a taxa de inflação anual de Serviços estabilizou em 1,2% neste período de análise.

Por fim, na abertura entre as quatro principais nações europeias, destaque para a Alemanha, com 1,4% de inflação anual ante 1,6% de dezembro, e a Espanha, com 0,7% ante 1,2%. França e Itália exibiram movimento oposto, com taxas de 1,5% ante 1,2% e de 1,2% ante 1,0%, respectivamente.







 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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