Informativo eletrônico - Edição 2337Terça-Feira, 27 de fevereiro de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • BCB: Transações correntes mantêm déficit estável em janeiro
  • FGV: IGP-M varia 0,07% em fevereiro
  • FGV: Confiança do comércio tem sexta alta consecutiva em fevereiro

Economia Internacional

  • Estados Unidos: Índice de atividade cede ligeiramente em janeiro

Dados da Economia Brasileira




 
BCB: Transações correntes mantêm déficit estável em janeiro

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (26/02) a Nota do Setor Externo com os resultados do Balanço de Pagamentos referentes a janeiro. Nesta leitura, as transações correntes registraram um déficit de US$ 4,3 bilhões, mesmo saldo de dezembro. No acumulado em doze meses, o resultado representa US$ 9,0 bilhões, ou 0,44% do PIB. O resultado mensal das transações correntes se deve à combinação de movimentos opostos de seus componentes. A Balança Comercial brasileira viu seu superávit ser reduzido substancialmente em relação a dezembro (de US$ 4,6 para US$ 2,4 bilhões), ao passo que os déficits das contas de Serviços e de Rendas se reduziram na passagem mensal (de US$ 3,7 para 2,8 bilhões e de US$ 5,3 para 3,9 bilhões, respectivamente).



A queda do saldo da Balança Comercial brasileira no mês de janeiro se deve à combinação do aumento das importações (de US$ 12,9 para US$ 14,5 bilhões) com a redução das importações (de US$ 17,5 para US$ 16,9 bilhões) no período. No acumulado em 12 meses, a conta acumula um superávit de US$ 63,9 bilhões - resultado praticamente estável em relação a dezembro de 2017, mas substancialmente mais elevado que aquele registrado no mesmo período daquele ano.



A redução do déficit mensal na conta de Serviços, por sua vez, se deve principalmente à redução do déficit na conta de Aluguel de Equipamentos no período (de US$ 1,7 para US$ 1,2 bilhões). Em 12 meses, o déficit da conta de Serviços acumula US$ 34,2 bilhões.



No que diz respeito à conta de Rendas (Renda Primária mais Renda Secundária), a maior mudança se deu na conta de Lucros e Dividendos, que foi superavitária em US$ 222 milhões nesta leitura (em dezembro, a conta havia registrado um déficit de US$ 3,7 bilhões). O movimento foi suficiente até mesmo para compensar o crescimento expressivo do déficit da conta de Juros (US$ 2,2 para US$ 4,4 bilhões) na passagem entre dezembro e janeiro. No acumulado em 12 meses, a conta de Rendas registra um saldo de US$ - 38,7 bilhões.



Por fim, na conta Capital e Financeira, enquanto o saldo da conta Capital foi de US$ 5,8 para US$ 40,5 milhões na passagem entre dezembro e janeiro, o déficit da conta Financeira se reduziu substancialmente no período (de US$ 4,1 para US$ 3,7 bilhões). O saldo acumulado da conta Capital e Financeira em 12 meses é de US$ 3,9 bilhões em janeiro. Em dezembro, a conta acumulava um superávit de US$ 4,9 bilhões. No mês de janeiro, os Investimentos Diretos no País (IDP), componente da conta Financeira, totalizaram ingressos líquidos da ordem de US$6,5 bilhões. Em dezembro, o saldo havia sido de US$ 5,4 bilhões. No acumulado em 12 meses, os IDP somam US$ 65,3 bilhões (ante US$ 70,3 bilhões da última leitura), ou 3,2% do PIB.



FGV: IGP-M varia 0,07% em fevereiro

O Índice Geral de Preços (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira (27/02), variou 0,07% neste mês de fevereiro frente a janeiro, resultado acima da mediana de mercado (0,00%). No mês anterior, o índice havia crescido em 0,76%, ao passo que em fevereiro de 2017, o IGP-M havia registrado 0,08% de inflação.

Com este resultado, a taxa acumulada no ano de 2018 subiu para 0,83%, enquanto que em fevereiro de 2017, esta taxa acumulada era de 0,76%. Já a taxa acumulada em 12 meses continua negativa e passou de -0,41% em janeiro para -0,42% neste mês referente.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou ligeira deflação de 0,02% ante inflação de 0,91% em janeiro. Na análise por estágio de processamento, Bens Finais apresentaram taxa negativa de -0,71% ante 0,64% e Matérias-Primas Brutas de -0,23% ante 1,08%. Enquanto os Bens Intermediários registraram desaceleração da inflação, ao atingir 0,87% ante 1,05% em janeiro.

Pela abertura entre origens de processamento, Produtos Agrícolas teve deflação de 0,71% ante 0,17% de janeiro, enquanto que Produtos Industriais reduziu sua inflação para 0,21% ante 1,15%. Sendo assim, as taxas acumuladas nos últimos doze meses para cada grupo ficaram em -10,91% e 0,91%, respectivamente.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou inflação de 0,28%, taxa menor do que a de janeiro (0,56%). A principal contribuição para o índice veio do grupo de Alimentos, que passou de 1,11% para 0,07% neste mês. Educação, Leitura e Recreação (de 1,46% para 1,01%) e Vestuário (de -0,28% para -0,56%) também reduziram suas taxas na passagem mensal. Por outro lado, Transportes apresentou maior variação que no mês passado, passando de 0,92% para 1,16%. Na taxa acumulada em 12 meses, destaque para Alimentação (+0,20%), enquanto a maior alta foi de Saúde e Cuidados Pessoais (+6,15%).



Por fim, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) também desacelerou e passou de 0,28% de janeiro para 0,14% em fevereiro. Sua taxa acumulada nos últimos doze meses teve forte redução para 3,61% ante 4,01% do mês passado. Materiais, Equipamentos e Serviços exerceu maior contribuição (de 0,59% para 0,32%), embora Mão de Obra também tenha desacelerado neste mês (de 0,03% para 0,00%). As taxas acumuladas em 12 meses ficaram em 2,86% e 4,24%, respectivamente.

FGV: Confiança do comércio tem sexta alta consecutiva em fevereiro

A Fundação Getúlio Vargas divulgou nesta manhã o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) referente a fevereiro. Na série livre das influências sazonais, o ICOM avançou 0,4 ponto entre o primeiro e o segundo mês do ano, atingindo 95,5 pontos. É a sexta alta consecutiva do indicador - que, apesar de ainda se encontrar abaixo da linha dos 100,0 pontos, tem seu maior nível desde abril de 2014 (data em que registrou 97,8 pontos). Em fevereiro de 2017, o ICOM registrava 82,5 pontos.



A alta do ICOM ocorreu em 8 dos 13 segmentos levantados pela pesquisa, e foi determinada pelo crescimento do Índice de Situação Atual (ISA-COM), que avançou 4,8 pontos na passagem de janeiro para fevereiro e registrou 92,8 pontos no período - seu melhor resultado desde agosto de 2014. Outro componente do ICOM, o Índice de Expectativas (IE-COM) registrou queda de 4,0 pontos na passagem mensal, atingindo 98,4 pontos.

Com os resultados de janeiro, a média móvel trimestral dessazonalizada para o mês também avança, saindo de 84,3 pontos para 85,3 pontos. É o sexto mês consecutivo de alta do indicador por esta métrica. Conforme o gráfico, os resultados desta leitura sugerem que estamos próximos de uma recuperação da atividade econômica.




 
Estados Unidos: Índice de atividade cede ligeiramente em janeiro

O Banco Central americano (Federal Reserve - Fed) divulgou ontem (26/02) o Índice Nacional de Atividade (CFNAI) referente a janeiro. Em relação ao mês anterior, o indicador apresentou leve recuo em sua pontuação, de 0,14 para 0,12 ponto. No mesmo sentido, embora de forma mais expressiva, a média móvel trimestral caiu de 0,43 para 0,17 ponto, enquanto que o índice de difusão (índice que captura em que grau a variação mensal do indicador se dissipa pelos 85 sub indicadores de atividade da pesquisa) teve queda de 0,26 para 0,12 ponto. Vale lembrar que períodos de expansão econômica têm sido historicamente associados a valores da média móvel trimestral acima de -0,70 ponto, indicando o alto patamar atual do indicador.



Os quatro componentes tiveram diferentes desempenhos no mês. Contribuindo para a queda do CFNAI mensal, o componente de Produção e Renda caiu para território negativo depois de quatro meses, ao passar de 0,11 para -0,01 ponto. O componente de Vendas também teve redução em sua pontuação, embora continue positivo, ao passar de 0,09 para 0,07 ponto. De forma oposta, o Emprego passou de -0,02 ponto para 0,09 neste mês; ao passo que Consumo continua em patamares deprimido, apesar de ter passado de -0,05 para -0,03 ponto.



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
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