FGV: Confiança empresarial praticamente estabiliza em fevereiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou ontem (01/03) seu Índice de Confiança dos Empresários (ICE) com referência ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, o índice ficou praticamente estável em relação a janeiro, ao reduzir ligeiramente de 94,8 para 94,7 pontos. Sua média móvel trimestral, contudo, segue em trajetória de expansão, de 93,3 para 94,3 pontos. Vale lembrar que o ICE consolida as quatro sondagens empresariais realizadas pela FGV (Comércio, Construção, Serviços e Industrial).



Apesar da pequena queda marginal, os dois componentes do indicador apresentaram crescimento em fevereiro. No que tange o Índice de Situação Atual (ISA), este avançou 0,9 pontos, atingindo 89,8 pontos. Já o Índice de Expectativas teve um menor crescimento, embora continue num patamar mais elevado, de 100,1 para 100,3 pontos.

Por fim, a difusão da confiança nos segmentos analisados não seguiu a tendência dos meses anteriores. Pela primeira vez desde junho de 2017, a proporção de segmentos que tiveram aumento de confiança foi superada por aqueles que tiveram queda (23 segmentos em alta ante 26 em baixa). Entretanto, levando em conta a média móvel trimestral, a proporção dos segmentos em alta continua bem elevada, apesar de ter passado de 70% em janeiro para 65% nesta leitura.



PMI: Atividade industrial brasileira avança novamente em fevereiro

Divulgado nesta quinta pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Industrial (PMI industrial) para o Brasil avançou 2,0 pontos em fevereiro. Ao aumentar de 51,2 em janeiro para 53,2 em fevereiro, na série sazonalmente ajustada. O indicador se manteve na linha acima dos 50,0 pontos pelo sétimo mês consecutivo (vale lembrar que leituras acima desse patamar indicam uma expansão da atividade manufatureira).



De acordo com a publicação, em fevereiro os industriais brasileiros relataram uma robusta recuperação nas condições de negócios - impulsionada, acima de tudo, por uma sólida e acentuada recuperação do volume de novos pedidos. O crescimento da demanda interna, por sua vez, levou ao aumento dos níveis de produção mais acentuado dos últimos três meses e ao ritmo de criação de empregos no setor industrial mais elevado em sete anos (desde março 2011). O crescimento da demanda doméstica ajudou, ainda, a contrabalançar a moderada queda nos volumes de exportação.

A pesquisa lembra ainda que, de um modo geral, a inflação de preços de insumos atenuou-se no período, atingindo o patamar mais baixo em quatro meses - ainda que permaneça mais elevada que a média histórica da pesquisa, iniciada em 2006.

Zona do Euro: Em fevereiro, taxa de desemprego estabiliza em 8,6%

Divulgado ontem (01/03) pelo Eurostat, a taxa de desemprego para os países da Zona do Euro em janeiro se manteve estável com relação a de dezembro, em 8,6%. Esta é a menor proporção de desempregados desde dezembro de 2008. Com relação a janeiro de 2017, a taxa sofreu redução de 1,0 p.p. Considerando a União Europeia como um todo, a taxa de janeiro também estabilizou com relação a dezembro, em 7,3%. Em janeiro de 2017, a taxa era de 8,1%.



Na abertura entre os países europeus, República Tcheca e Malta continuam como os países com menores taxas de desemprego, em 2,4% e 3,5%. Pelo lado oposto, Grécia segue com ampla proporção de desempregados em sua população economicamente ativa, de 20,9%.

Já entre as quatro grandes nações europeias, destaque para a Alemanha, ao permanecer em 3,6% na passagem mensal. Da mesma forma, França se manteve em 9,0% nesta leitura. Já a Espanha, apesar de ter sua taxa reduzida em 0,1 p.p., o país se mantem como o segundo com maior proporção de desempregados na Europa, em 16,3%. Itália também seguiu com alta taxa e ainda teve acréscimo de 0,2p.p. em fevereiro, registrando 11,1%.



Zona do Euro: PMI cai em fevereiro, mas se mantém em forte expansão

Divulgado pelo Instituto Markit na manhã de ontem (01/03), o Índice Gerente de Compras industrial (PMI, em inglês) de fevereiro recuou 1,0 ponto com relação a janeiro, passando de 59,6 pontos para 58,6 pontos. Assim, sua média móvel trimestral caiu para 59,6 pontos ante 60,1 do mês anterior. Vale lembrar que a média de janeiro foi a maior registrada de toda série histórica iniciada em 2005.



Apesar da desaceleração do resultado deste mês, o forte ritmo de expansão continua difundido por todos os subsetores industriais. A maior taxa de expansão continua com a indústria de Bens de Capital, seguido pela indústria de Bens intermediários e, por fim, a de Bens de Consumo.

Além disso, a abertura entre os países que compõem a Zona do Euro apresenta todos os países acima da linha dos 50,0 pontos, ou seja, sinalizando expansão de atividade. Holanda registrou a maior pontuação (63,4 pontos, maior nível da série histórica), seguido pela Alemanha (60,6 pontos) e pela Áustria (59,2 pontos). A Grécia também merece destaque, ao alcançar a maior pontuação dos últimos 212 meses, em 56,1 pontos.

Por fim, cabe mencionar a trajetória ascendente das variáveis de índice de preços. Os preços dos insumos continuam num forte ritmo, apesar de ter desacelerado em relação ao resultado de janeiro (o maior em 81 meses). Por outro lado, os preços dos produtos finais aceleraram para a maior taxa dos últimos sete anos.