Focus: Projeções para a produção industrial têm nova alta

O Banco Central do Brasil divulgou nesta manhã o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Após três altas consecutivas, a mediana das projeções para a taxa de crescimento do PIB de 2018 teve queda de 2,90% para 2,87%. Para 2019, as projeções foram mantidas em 3,00%.


As medianas das projeções para o IPCA de 2018 e 2019 também caíram. Enquanto a primeira teve sua sexta queda consecutiva nesta leitura, indo de 3,79% para 3,67%, a segunda recuou para 4,20% após registrar 4,24% na semana anterior. Antes disso, a projeção havia se mantido em 4,25% por 46 semanas consecutivas.


Em relação às expectativas da Selic, houve alteração apenas para a projeção deste ano, que recuou de 6,75% para 6,50%. Para 2019, a taxa se manteve em 8,00%. O mesmo ocorreu para a taxa de câmbio esperada para 2018, que permaneceu em R$/US$ 3,30. Para 2019, contudo, a taxa esperada avançou de R$/US$ 3,38 para R$/US$ 3,39.


No que diz respeito ao setor externo, a mediana das projeções para o saldo da balança comercial de 2018 avançou de US$ 54,50 bilhões para US$ 55,00 bilhões. Para 2019, o saldo esperado permaneceu em US$ 45,00 bilhões pela quinta semana consecutiva. Os déficits em conta corrente esperados para este e o próximo ano, por suas vezes, aumentaram nesta leitura (de US$ -26,10 para US$ -26,60 bilhões e de US$ -38,50 para US$ -39,25 bilhões, respectivamente).

Por fim, a mediana das projeções para a taxa de crescimento da produção industrial de 2018 avançou pela sétima semana consecutiva, de 3,90% para 3,97%. Para 2019, a taxa também avançou, saindo de 3,35% para 3,50%.

EUA: Taxa de desemprego segue em baixo nível histórico

Divulgado na última sexta-feira (09/03) pelo Departamento de Estatística Trabalhistas (BLS, em inglês), a taxa de desemprego da economia americana permaneceu em 4,1% em fevereiro. É o quinto mês seguido que a taxa se mantem neste nível, sendo este o menor desde dezembro de 2000 (3,9%).



O total de empregos criados na passagem de janeiro para fevereiro foram de 313.000 vagas, acima dos 239.000 da última leitura. Na abertura setorial, destaque para o setor de serviços com criação de 187.000 vagas ante 166.000 de janeiro. Dentro do setor, a geração de emprego se concentrou principalmente no comércio varejista (50.300 vagas) e nos serviços profissionais e prestados às empresas (50.000). Além do setor de serviços, a Construção Civil (com 61.000 vagas) e a Indústria Manufatureira (31.000) também se destacaram nesta leitura.

Na abertura entre setor público e privado, o relatório do BLS apontou para a criação de 26.000 vagas no primeiro, enquanto que o segundo gerou as 287.000 vagas restantes. Assim, os números do departamento federal ficaram acima dos divulgados pelo Instituto ADP, que analisa especificamente a geração de empregos no setor privado. Segundo o Instituto, no mês foram criadas 235.000 vagas, tendo os setores de destaque foram o comércio (44.000 vagas), serviços prestados às empresas (46.000), educação e serviços de saúde (43.000) e a construção civil (21.000).



Reino Unido: Produção Industrial volta a crescer em janeiro

O Office for National Statistics (ONS) divulgou na última semana os resultados da produção industrial do Reino Unido referentes a janeiro. Após ter recuado 1,2% na última leitura, o nível de produção industrial britânico teve alta de 1,3% na comparação com dezembro de 2017, na série livre de efeitos sazonais. Na comparação interanual, a produção total cresceu 1,4% no trimestre encerrado em janeiro de 2018, em comparação com os mesmos três meses encerrados em janeiro de 2017.



Na abertura setorial, destaque para o forte crescimento da produção da indústria extrativa, que teve alta de 23,5% e contribuição de 1,65 p.p. para a produção total. Também teve alta na passagem mensal a indústria de transformação (+0,1%), cuja contribuição para o resultado de foi de 0,06 p.p.. A produção do setor de energia, por sua vez, teve queda de 3,4% entre o último mês do ano anterior e o primeiro mês deste ano, contribuindo negativamente em 0,4 p.p. para o resultado geral.

Alemanha: Produção industrial cai novamente em janeiro

O Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou nesta manhã os resultados da produção industrial do país referentes a janeiro. O indicador apresentou nova queda na comparação frente ao mês anterior, em -0,1% ante -0,5% de dezembro, já livre de influências sazonais. Em novembro de 2017, a produção industrial havia alcançado seu maior nível histórico ao crescer 2,8% na passagem mensal. Na comparação interanual, contudo, a produção mensal avançou 5,5% ante 6,2% da última leitura.

Na abertura por categorias de uso, a produção de Bens de Capital e Bens de Consumo tiveram alta em janeiro, em 1,4% e em 2,0%, respectivamente. No mês anterior, ambos haviam apresentado resultados negativos, em -1,0% para o primeiro e -1,5% para o segundo. Bens Intermediários, por sua vez, exibiu movimento oposto e passou de um aumento da produção em dezembro (0,6%) para uma baixa nesta leitura (-1,2%).

Por fim, também registrando queda neste mês referente, a produção de energia variou -3,3% e a da indústria de construção civil -2,2%. Assim, excluindo estes dois setores da base de cálculo da produção, a indústria geral teve ganho de 0,6% em janeiro ante queda de 0,5% na última leitura.