Zona do Euro: Após alta em dezembro, produção industrial tem janeiro de queda

Após crescer 0,4% em dezembro de 2017, na série ajustada sazonalmente, a produção industrial da Zona do Euro teve queda de 1,0% em janeiro deste ano. Na comparação interanual, isto é, entre janeiro de 2018 e igual período do ano anterior, a produção industrial da região cresceu 2,7%.

De acordo com a publicação, o resultado geral de janeiro pode ser atribuído à queda expressiva da produção de energia, de 6,6%, e de bens de consumo duráveis e bens intermediários (1,9% e 1,0%, respectivamente). As produções de bens de capital e de bens de consumo não duráveis cresceram 1,2% e 0,1% no período, respectivamente.

Dentre as quatro principais economias da região, destaque para a Alemanha, que reverteu queda de 0,4% de sua produção industrial em dezembro com alta de 0,3% nesta leitura. O país é seguido pela França, que após alta de 0,2% no mês anterior teve queda de 2,0% em sua produção industrial, e Espanha, cuja queda de 2,5% do indicador interrompeu uma trajetória de três altas consecutivas e representa o terceiro pior resultado desta leitura, atrás apenas de Holanda (-5,7%) e Romênia (-2,9%). A Itália não teve seus resultados divulgados.



Também divulgada hoje pelo Eurostat, o número de pessoas empregadas na Zona do Euro cresceu 0,3% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2017. Na comparação interanual, isto é, com o quarto trimestre de 2016, o nível de emprego cresceu 1,6%. O Eurostat estima que o número absoluto de pessoas empregadas na região (cerca de 156,7 milhões) seja o maior já registrado em toda a série histórica do indicador. No acumulado do ano, o emprego cresceu 1,6% na região.

Na abertura entre os países europeus, Malta foi a campeã de crescimento do nível de emprego (1,8%) entre o terceiro e o último trimestre de 2017, seguida por Estônia e Finlândia (1,6% e 1,2%, respectivamente). Grécia e Lituânia tiveram as maiores quedas trimestrais (ambas de 0,1%) da região. Entre as quatro maiores economias europeias, destaque para Espanha e Alemanha, que viram seus níveis de emprego crescerem 2,6% e 1,5% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2017, respectivamente. O emprego francês cresceu 1,1% no período, enquanto na Itália a alta foi de 0,9%.

EUA: Inflação ao consumidor cresce 0,2% em fevereiro

Divulgado ontem pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS, em inglês), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano cresceu em 0,2% em fevereiro na comparação frente a janeiro, livre de influências sazonais. Na leitura anterior, o índice havia avançado 0,5%, enquanto que no mesmo mês do ano passado apresentara estabilidade. Já a taxa acumulada nos últimos doze meses voltou a subir ligeiramente de 2,1% para 2,2%, permanecendo acima da meta implícita do Banco Central Americano (Federal Reserve) de 2,0%.

No que tange ao núcleo da inflação (que exclui preços voláteis de energia e alimentos), após variação de 0,3% em janeiro, a taxa de inflação mensal voltou a desacelerar para 0,2%. A variação dos últimos doze meses foi de 1,8%.



Na abertura entre classes de despesas, o item de Vestuário apresentou forte crescimento de seu índice de preços, pelo segundo mês seguido, em 1,5% ante 1,7%. Contribuição positiva para o CPI de fevereiro veio também dos grupos de Serviços de Transportes (1,0%) e Habitação (0,2%). Energia, por sua vez, reduziu forte inflação de janeiro (3,0%) para crescer em apenas 0,1% neste mês referente, ao passo que o grupo de Alimentos apresentou estabilidade nesta leitura ante 0,2% do mês anterior.