FGV: IGP-10 acelera para 0,45% em março

O Índice Geral de Preços (IGP-10) de março apresentou aceleração em relação ao mês passado, passando de uma taxa de 0,23% em fevereiro para 0,45%. Em março do ano passado, a inflação foi de 0,05%. Assim, a taxa acumulada no ano de 2018 subiu para 1,48% (ante 1,07% da taxa acumulada em 2017 até o mês de março), enquanto que a taxa dos últimos doze meses continua negativa, em -0,02% ante -0,42%.



A abertura do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) também teve aceleração neste mês, passando de 0,09% para 0,63%. Matérias-Primas Brutas exibiu maior avanço no mês, de -0,40% em fevereiro para 1,49% em março, ao mesmo tempo em que Bens Finais passou de -0,46% para 0,09%. Bens Intermediários foi a única categoria de uso a desacelerar, de 1,06% para 0,49%.

Já na abertura pela origem de processamento, o IPA Agrícolas foi o principal motor da inflação mensal, com taxa de inflação de 2,03% ante -1,00% de fevereiro. O IPA Industriais, por sua vez, desacelerou para 0,18% ante 0,45%. As taxas acumuladas nos últimos doze meses de cada indicador são de -8,57% e 1,01%, respectivamente.



No que tange o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), este apresentou movimento oposto aos outros dois índices analisados e reduziu sua taxa de inflação para 0,10% ante 0,57%. Entre os grupos analisados, destaque para Alimentação (de 0,78% para -0,31%) e Educação, Leitura e Recreação (de 2,01% para -0,27%). Por outro lado, Habitação passou de -0,36% para 0,15%. Abaixo, taxa acumulada de cada classe de despesa.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) teve inflação de 0,12% ante 0,32% de fevereiro. Materiais, Equipamentos e Serviços teve variação de 0,27% ante 0,71%, enquanto que o custo de Mão de Obra não variou na passagem mensal.



FGV: Intenção de investimento industrial apresenta nova melhora no primeiro trimestre

Divulgado hoje (15/03), o Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria (que mede a difusão do ímpeto de investimento na indústria) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou mais um forte avanço no primeiro trimestre de 2018 comparado ao último trimestre do ano passado. Depois de crescer 10,9 pontos no período anterior, nesta leitura o indicador avançou de 116,0 para 123,7 pontos e consolidou seu sétimo trimestre positivo dos últimos oito analisados. Assim, este é a maior pontuação desde os últimos três meses de 2013 (129,5 pontos). Vale lembrar ainda que leituras acima de 100,0 pontos indicam que há mais empresas dispostas a aumentar seus investimentos nos próximos doze meses do que a diminuir.



A variação positiva neste trimestre é atribuída à maior proporção de empresas que planejam aumentar seus investimentos nos próximos meses. Enquanto 26,6% das empresas projetavam aumento no período anterior, nesta leitura houve acréscimo de 8,1 p.p. atingindo 34,7%. Já a proporção das empresas que projetam estabilidade dos investimentos diminuiu de 62,8% para 54,3%, enquanto que as planejavam redução teve um leve aumento de 10,6% para 11,0%.

Mensurado no mesmo Indicador de Intenção de Investimentos, o grau de certeza das empresas com relação à execução de seus investimentos também apresentou melhora neste trimestre. Aquelas empresas que avaliam como certo a execução de seu investimento passou de 26,8% para 33,4%, ao passo que aquelas que tem incerteza quanto a execução passou de 25,3% para 19,2%. O saldo (diferença entre certas e incertas) chegou a 14,2 p.p., o maior desde o quarto trimestre de 2015.

OCDE: Projeção para o crescimento da economia mundial chega a 3,9% em 2018

A OCDE divulgou nesta semana o Interim Economic Outlook, relatório que traz análises e projeções econômicas para seus países-membros e para a economia global. De maneira geral, o Economic Outlook destaca que a economia global está ganhando força novamente e associa o movimento à recuperação do investimento, do comércio mundial e do nível de emprego.

O relatório projeta um crescimento de 3,9% para a economia global nos anos de 2018 e 2019, e atribui a aceleração do ritmo de crescimento em relação a 2017 à retomada do investimento privado, do comércio mundial e da confiança dos agentes econômicos. A OCDE espera ainda uma aceleração lenta da inflação no período.


A organização afirma que medidas como as desonerações fiscais e o aumento dos gastos esperados nos Estados Unidos e o estímulo fiscal esperado na Alemanha podem dar um gás adicional para o crescimento mais imediato, mas ressalva que a escalada de tensões no âmbito global pode afetar negativamente o crescimento de médio-prazo, e aponta uma série de riscos e vulnerabilidades presentes no setor financeiro e, principalmente, na onda de protecionismo recente.