Informativo eletrônico - Edição 2361 Terça-feira, 03 de abril de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Após queda em janeiro, produção industrial tem alta em fevereiro
  • CNI: Faturamento real e Massa Salarial avançam em fevereiro
  • PMI: Atividade industrial brasileira avança novamente em março

Economia Internacional

  • Zona do Euro: PMI industrial segue em desaceleração

Dados da Economia Brasileira




IBGE: Após queda em janeiro, produção industrial tem alta em fevereiro

Divulgada nesta manhã pelo IBGE, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) apontou alta de 0,2% da produção industrial nacional em fevereiro, na série com ajuste sazonal. O resultado vem após uma queda de 2,2% na passagem entre dezembro e janeiro, na série também já ajustada. Em relação a fevereiro de 2017, a produção industrial cresceu 2,8%. No acumulado do ano, a produção industrial registra alta de 4,3%. Já no acumulado em doze meses a alta é de 3,0% - o melhor resultado para a métrica desde junho de 2011 (3,6%).



As Indústrias de Transformação e Extrativa tiveram queda de 0,1% e 5,2% em fevereiro (ante queda de 2,5% e alta de 3,4%, respectivamente), na série com ajuste sazonal. Com estes resultados, as duas indústrias acumulam em um período de doze meses variação de 3,0% e 2,6%, respectivamente.



Em fevereiro, 14 das 26 atividades industriais levantadas pela pesquisa tiveram alta na passagem mensal. As principais influências positivas na produção mensal vieram de Perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,4%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (0,9%), Produtos de metal (3,1%), Produtos diversos (7,4%), Couro, artigos para viagem e calçados (4,1%) e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,6%). Entre as atividades que recuaram em fevereiro, encontram-se Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,1%), Produtos alimentícios (-0,8%), Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), Máquinas e equipamentos (-2,7%), Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-11,3%), Impressão e reprodução de gravações (-14,8%) e Metalurgia (-1,5%). Abaixo, a variação acumulada em doze meses para cada atividade.



Em fevereiro, houve crescimento da produção em duas das três grandes categorias econômicas. A maior alta foi registrada em bens de consumo (1,2%), seguida por bens de capital (0,1%). A produção de bens intermediários, por sua vez, teve queda de 1,7% no período. Com os resultados, a produção de bens de capital acumula uma alta de 7,2% em doze meses, enquanto bens de consumo e intermediários acumulam 3,6% e 2,1%, respectivamente.

CNI: Faturamento real e Massa Salarial avançam em fevereiro

Divulgado na tarde de ontem (02/04) pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os Indicadores Industriais tiveram desempenho positivo em fevereiro. Quando comparados frente a janeiro, livre de influências sazonais, quatro dos seis indicadores apresentaram crescimento.

Entre eles, destaque para o Faturamento real, que voltou a crescer (+0,5%) após dois meses seguidos de queda (-0,2% em dezembro e -0,1% em janeiro). Sua variação acumulada em doze meses continua em trajetória ascendente e passou de 1,0% para 2,4%. Vale lembrar que, no mês passado, a taxa de crescimento voltou ao nível positivo depois de 41 meses seguidos de contração.



Os indicadores de Salário também apresentaram avanço em fevereiro. Massa salarial real teve aceleração de crescimento, passando de 0,9% para 1,2%, enquanto que Rendimento médio real passou de 0,3% para 1,8%. Suas taxas de variação acumulada em 12 meses ficaram em -0,6% e 1,3%, respectivamente. A variável de Emprego completa os quatro indicadores com desempenho positivo neste mês, ao crescer em 0,1%, mesma taxa de janeiro e o quarto mês seguido de crescimento.

Por outro lado, Horas Trabalhadas interrompeu sequência de três meses seguidos de crescimento e recuou em 0,5% em fevereiro. Sua taxa acumulada em doze meses passou de -1,8% para -1,4%. Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou praticamente estável e reduziu em apenas 0,1 p.p. na passagem mensal (para 78,0%), ao passo que, em comparação ao mesmo mês do ano passado, o nível cresceu 1,4 p.p. Por esta base de comparação, é o oitavo mês positivo seguido para o indicador.



PMI: Atividade industrial brasileira avança novamente em março

Divulgado na manhã de ontem pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Industrial (PMI Industrial) para o Brasil avançou de 53,2 pontos em fevereiro para 53,4 em março, na série ajustada sazonalmente. A leitura, que representa a oitava vez consecutiva pela qual o indicador se mantém acima da linha dos 50,0 pontos, é também a segunda mais alta em mais de sete anos. Durante o primeiro trimestre, o PMI industrial brasileiro manteve uma média de 52,6 pontos e registrou se maior ganho trimestral desde o primeiro trimestre de 2011.



De acordo com a publicação, a recuperação do setor industrial brasileiro foi impulsionada principalmente pelo fortalecimento da demanda no mês de março. As entradas de novos pedidos tiveram a segunda maior expansão em mais de cinco anos, sendo equiparada por uma tendência idêntica na produção. Com o crescimento da demanda, o número de contratações e a compra de insumos cresceram substancialmente, com esta última sendo da maneira mais significativa desde 2011. A entrega de itens aos clientes também foi responsável por reduzir os estoques de produtos acabados, ao mesmo tempo em que os níveis baixos de estoque dos fornecedores e subsequentes atrasos na entrega resultaram numa contração dos inventários de insumos.



Zona do Euro: PMI industrial segue em desaceleração

O Índice Gerente de Compras Industrial (PMI, em inglês), elaborado e divulgado pelo Instituto Markit, apresentou queda em março frente ao mês de fevereiro, passando de 58,6 para 56,6 pontos. Desde de dezembro, mês quando o indicador atingiu seu maior patamar histórico, o PMI industrial vem acumulando queda mensal. Sua média móvel trimestral, sendo assim, passou de 59,6 para 58,3 pontos. Em janeiro, a medida havia registrado maior pontuação da série histórica, em 60,1 pontos.



Nesta leitura, a desaceleração do indicador foi dispersada para todos os subsetores analisados pela pesquisa (Bens de Capital, Intermediários e de Consumo). Tanto a variável de produção de manufaturas bem como a entrada de novos negócios cresceram na menor taxa desde novembro de 2016. Da mesma forma, exportações (incluindo o comércio intra-europeu) suavizou para a menor taxa desde janeiro de 2017.

Na abertura entre os principais países europeus, a queda do indicador geral para a Zona do Euro também foi dispersada pela maioria dos países. Holanda e Alemanha, os países com maiores pontuações, tiveram recuo e chegaram ao menor nível dos últimos cinco e oito meses, respectivamente. Entre as outras três nações do Big Four, Itália chegou ao menor nível em oito meses, com 55,1 pontos, enquanto Espanha registrou menor pontuação dos últimos seis meses, com 54,8 pontos. França teve o pior desempenho e recuou para o menor nível dos últimos doze meses, atingindo 53,7 pontos.



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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