Informativo eletrônico - Edição 2363 Quinta-feira, 05 de abril de 2018

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • CNI: Índice de expectativa do consumidor tem nova queda em março
  • PMI Brasil: Indicador composto aponta acomodação em março

Economia Internacional

  • Zona do Euro: PMI registra forte desaceleração da atividade econômica
  • EUA: Desaceleração do PMI de março não altera o bom desempenho no primeiro trimestre

Dados da Economia Brasileira




CNI: Índice de expectativa do consumidor tem nova queda em março

Divulgado nesta quarta-feira (04/04) pela CNI, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) recuou 0,8 ponto na passagem mensal ao registrar 101,9 pontos em março. É a segunda queda consecutiva do indicador, que com o resultado permanece inferior à sua média histórica de 108,0 pontos. Na comparação interanual, isto é, com março de 2017, o índice ficou estável.



A maior contribuição para a queda do INEC desta leitura veio de seus componentes ligados às expectativas. Os componentes Expectativa de inflação (-3,0 pontos), Expectativa de desemprego (-3,0 pontos) e Expectativa de renda pessoal (-2,7 pontos) recuaram de maneira acentuada e registraram 107,7 pontos, 114,4 pontos e 91,3 pontos, respectivamente. O índice de endividamento, relacionado às condições financeiras dos consumidores, retraiu de 96,7 para 96,3 pontos. Já os índices de Situação financeira e de Compras de bens de maior valor, também ligados às finanças dos consumidores, avançaram de 90,7 para 91,2 pontos e de 110,1 para 111,6 pontos, respectivamente.

PMI Brasil: Indicador composto aponta acomodação em março

Divulgado nesta manhã pelo Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Composto (PMI, em inglês) para a economia brasileira retraiu de 53,1 pontos em fevereiro para 51,5 pontos em março, na série já ajustada sazonalmente. Em fevereiro, o PMI Composto havia registrado seu melhor resultado em 61 meses. Assim, a desaceleração da expansão pode indicar uma acomodação do crescimento. Vale lembrar que, apesar da queda, o indicador continua a indicar crescimento por estar acima da linha dos 50,0 pontos.

A desaceleração do crescimento do PMI composto pode ser atribuída ao PMI de Serviços, que passou de 52,7 pontos em fevereiro para 50,4 pontos em março, na série ajustada sazonalmente. Da mesma forma que o indicador composto, apesar do arrefecimento do ritmo de expansão, que em fevereiro também havia sido expresso pelo pico de mais de 5 anos (52,7 pontos), o indicador continua a indicar crescimento. Conforme relatado no Macro Visão Ed. 2361, o PMI Industrial brasileiro, um dos componentes do PMI composto, foi na contramão destes resultados ao avançar de 53,2 pontos em fevereiro para 53,4 em março, na série ajustada sazonalmente. Foi a oitava leitura consecutiva pela qual o indicador se manteve acima da linha dos 50,0 pontos e também a segunda mais alta em mais de sete anos.



Apesar do arrefecimento da expansão no setor de serviços, as empresas indicaram ter conseguido novos trabalhos graças a um clima econômico mais favorável. De acordo com a publicação, a quantidade de novos trabalhos no setor privado teve seu maior ganho desde janeiro de 2013. As empresas de serviços se mostraram otimistas em relação às perspectivas de produção daqui a doze meses, com o nível de otimismo atingindo o recorde em seis meses. Apesar dos relatos positivos, em meio aos esforços para conter os custos, o setor de serviços cortou empregos novamente em março. A queda no nível de empregos foi a trigésima sétima consecutiva, ainda que a inflação de custos de insumos enfrentada pelos provedores de serviços tenha atingido a maior baixa de três meses em março.



Zona do Euro: PMI registra forte desaceleração da atividade econômica

Divulgado hoje (05/04) pelo Instituto Markit o Índice Gerente de Compras Composto (PMI Composite em inglês) apresentou forte arrefecimento da atividade econômica europeia em março, ao cair de 57,1 no mês anterior para 55,2 pontos. Sua média móvel trimestral seguiu a tendência e passou de 58,0 para 57,0 pontos. Vale lembrar que, em janeiro, o indicador havia alcançado o maior nível de sua média móvel trimestral desde agosto de 2006, com 58,1 pontos.



Na abertura pelos setores analisados na pesquisa, o PMI de Serviços caiu 1,3 ponto na passagem mensal, atingindo 54,9 pontos. Sua média móvel trimestral teve uma baixa mais moderada, de 56,9 para 56,4 pontos. Já o PMI Industrial teve recuo de 58,6 para 56,6 pontos em seu indicador mensal, com sua média móvel trimestral atingindo 58,3 pontos ante 59,6 de fevereiro.



Nesta leitura, os motores de desaceleração do PMI ficaram por conta do menor ritmo em 14 meses de crescimento dos novos negócios e novas encomendas, de forma que influenciaram na menor taxa de criação de empregos desde setembro do ano passado. No entanto, o nível de confiança dos empresários para os próximos doze meses continuou num alto nível histórico, ao mesmo tempo em que os preços dos insumos e de produtos finais suavizaram em relação aos últimos meses.

Na abertura entre países, os sinais de diminuição no ritmo de expansão da atividade econômica foram sentidos na maioria dos países europeus. Em especial, as quatro grandes nações europeias registraram menor pontuação em relação ao mês passado. Com 53,5 pontos, a Itália atingiu menor pontuação há 14 meses; Alemanha (55,1 pontos) e França (56,3 pontos) registram menor nível em 8 e 7 meses, respectivamente; e Espanha reduziu para 55,8 pontos, a menor pontuação dos últimos 3 meses.

EUA: Desaceleração do PMI de março não altera o bom desempenho no primeiro trimestre

O Instituto Markit divulgou ontem (05/03) os resultados de março para o Índice Gerente de Compras Composto (PMI, em inglês), indicador que agrega o setor de serviços e o setor manufatureiro. Após atingir o maior nível dos últimos 26 meses em fevereiro, com 55,8 pontos, o índice voltou a recuar neste mês, para 54,2 pontos. Já sua média móvel trimestral permaneceu em 54,6 pontos.

Na abertura entre seus componentes, o PMI de Serviços exibiu a maior contribuição baixista ao indicador, na medida em que caiu para 54,0 pontos ante 55,9 pontos em fevereiro. Sua média móvel trimestral, contudo, apresentou movimento inverso e avançou ligeiramente para 54,4 pontos ante 54,3.

No que tange ao PMI Industrial, a desaceleração do indicador foi em menor intensidade, com sua pontuação passando de 55,7 para 55,3 pontos. Da mesma forma que no PMI de Serviços, a média móvel trimestral em março cresceu apesar da queda mensal, de 55,4 para 55,5 pontos. Estes fatos reforçam a sinalização do bom momento do setor na economia americana.



Por fim, apesar do arrefecimento da atividade econômica em março, o desempenho do primeiro trimestre é positivo na visão dos analistas do Instituto Markit. Neste período, o forte influxo de novos negócios bem como o ritmo acelerado de criação de empregos reforça a ideia de aceleração do crescimento para o segundo semestre. Segundo a publicação, a projeção de crescimento da economia americana no primeiro trimestre ficou em 2,5% em termos anualizados.



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
Cadastre-se e receba notícias do seu interessfacebooktwitteryoutubelinkedinslideshareflickr