Anfavea/Fenabrave: Setor automotivo volta a exibir resultados positivos

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou na tarde de ontem (05/04) os resultados da produção total de veículos em março e, consequentemente, o fechamento do primeiro trimestre de 2018. Na comparação frente ao mês anterior, livre de ajustes sazonais, a produção do setor subiu 0,7%; ante uma queda de 4,2% em fevereiro. Na comparação contra março de 2017, houve aumento de 13,2% na produção, enquanto a taxa acumulada em 12 meses passou de 21,6% para 21,0%.



No que tange a leitura trimestral, apesar do forte resultado negativo de fevereiro, o primeiro trimestre do ano cresceu em 1,1% ante 5,2% do quarto trimestre de 2017. É o sexto período consecutivo de avanço na produção, fato que não ocorria desde o terceiro trimestre de 2008.



Na abertura por categorias de veículos, Automóveis (que corresponde a 80% da produção nacional) foi o único dos cinco grupos a apresentar queda (-3,3%), com resultado trimestral de -1,4%. Todos os outros quatro grupos de análise registraram crescimento na passagem mensal: Comerciais Leves (20,8%), Ônibus (14,2%), Caminhões (11,0%) e Máquinas Agrícolas (16,1%).

Divulgado também nesta semana, os resultados das vendas de veículos no mercado interno elaborados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) registraram o quarto avanço seguido em relação ao mês anterior, em 0,4% ante 0,9%. Na abertura entre categorias, destaque para Caminhões (7,9%) e Automóveis (0,8%), ao passo que Ônibus (-8,3%) e Comerciais Leves (-1,8%) exibiram contração no mês referente.



Por fim, no fechamento do primeiro trimestre do ano corrente, as vendas aceleraram sua taxa de crescimento, passando de 0,6% do último trimestre de 2017 para 3,7% neste período. Pela primeira vez depois de mais de dez anos que as vendas crescem pelo quinto trimestre consecutivo.

OCDE: Inflação anual permanece estável em fevereiro

Divulgado na tarde de ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que mede a inflação anual para os países membros da organização, manteve-se em 2,2% em fevereiro. O núcleo da inflação (que exclui preços voláteis como alimentos e energia) também registrou estabilidade, mantendo-se em 1,9%.

A estabilidade de fevereiro se deve à compensação da aceleração da taxa nos preços de energia (5,6% ante 4,7% em janeiro) pela desaceleração dos preços de alimentos (1,7% ante 2,2% em janeiro).



A leitura de fevereiro trouxe um quadro misto entre os países da OCDE. A taxa de inflação acumulada em doze meses acelerou em países como Canadá (de 1,7% para 2,2%), Japão (1,4% para 1,5%) e EUA (2,1% para 2,2%). Enquanto desacelerou no Reino Unido (3,0% para 2,7%) e nas maiores economias europeias: Itália (0,9% para 0,5%), Alemanha (1,6% para 1,4%) e França (1,3% para 1,2%).

Para a Zona do Euro como um todo, a inflação acumulada em doze meses desacelerou de 1,3% para 1,1% no período. Excluindo-se alimentos e energia, contudo, a taxa ficou estável (1,0%). No G-7, o grupo das sete economias mais ricas do mundo, a inflação se manteve estável (1,9%). Já no G-20, a taxa acelerou para 2,9%.

Entre as economias emergentes, a taxa acumulada em doze meses acelerou na China (2,9% ante 1,5%) e na Argentina (25,4% ante 25,0%), enquanto desacelerou na África do Sul (3,8% ante 4,3%), na Índia (4,7% ante 5,1%) e no Brasil (2,8% ante 2,9%). A inflação russa apresentou estabilidade no período (2,2%).