Informativo eletrônico - Edição 2381 Quinta-feira, 03 de maio de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Produção industrial cai em março, mas registra estabilidade no primeiro trimestre
  • CNI: Faturamento real da indústria volta a cair em março

Economia Internacional

  • Zona do Euro: Prévia da inflação aponta para nova desaceleração em abril


Dados da Economia Brasileira




IBGE: Produção industrial cai em março, mas registra estabilidade no primeiro trimestre

Divulgada hoje (03/05) pelo IBGE, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) apontou queda de 0,1% da produção industrial entre fevereiro e março deste ano, na série livre de influências sazonais. Em fevereiro, a produção industrial havia crescido 0,1%, na série também ajustada sazonalmente. Na comparação interanual, isto é, com março de 2017, o indicador cresceu 1,3%. No acumulado do ano, a produção do setor teve alta de 3,1%. Já em 12 meses, a alta acumulada é de 2,9% - resultado que repete o de fevereiro e permanece o mais elevado desde junho de 2011.



Em março, tanto a Indústria Extrativa quanto a Indústria de Transformação apresentaram variações positivas. Enquanto a primeira avançou 3,9% (ante -5,2%), a segunda teve alta de 0,2% (ante 0,3%) no período. Abaixo, a evolução recente do acumulado em doze meses de cada setor.



Nesta leitura, 14 das 26 atividades industriais levantadas pela pesquisa recuaram na passagem mensal, com destaque para produtos de madeira (-6,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,2%). Entre as atividades com alta mensal, os destaques foram perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%) e indústrias extrativas (3,9%), com o primeiro tendo sua segunda alta consecutiva e acumulando expansão de 11,0% nesse período e o último devolvendo a queda de 5,2% do mês anterior. Abaixo, a variação acumulada em doze meses para cada atividade.



Entre as grandes categorias econômicas, a produção de bens intermediários teve a única queda de março (-0,7%), sua terceira consecutiva; os setores produtores de bens de capital (2,1%) e de bens de consumo duráveis (1,0%) foram os destaques desta leitura, ambos apresentando sua segunda alta consecutiva e acumulando ganhos de 2,9% e 4,2%, respectivamente. A produção de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também teve alta no período, revertendo a perda de 0,8% registrada no mês anterior.

Com os resultados de março, o primeiro trimestre de 2018 registrou estabilidade (0,0%) na produção industrial nacional em relação ao último trimestre do ano anterior, e queda de 0,3% e 0,4% da produção das indústrias extrativa e de transformação, respectivamente. O resultado geral representa uma desaceleração do crescimento observado entre o terceiro e o quarto trimestres de 2017 (1,7%). Na comparação interanual, isto é, entre o primeiro trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2017, a produção industrial nacional total cresceu 3,2%.



CNI: Faturamento real da indústria volta a cair em março

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou na tarde de ontem (02/05) os Indicadores Industriais referentes ao mês de março. Dentre os seis indicadores analisados, na série com ajuste sazonal, três deles apresentaram avanço na comparação frente ao mês anterior, ao passo que os outros três tiveram resultados negativos.

Entre os destaques positivos, Rendimento médio real e Massa salarial real apresentaram seu terceiro mês seguido de crescimento, em 2,0% e 0,8% ante 0,9% e 0,7%, respectivamente. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, voltou a exibir crescimento após cair 0,2 p.p. em fevereiro, passando de 78,0% para 78,2%.



Já entre os destaques negativos, Faturamento real exibiu forte contração neste mês, com queda de 2,5% frente a fevereiro. Na última leitura, o indicador havia crescido pelo segundo mês seguido. Emprego, por sua vez, interrompeu sequência de cinco meses seguidos de avanço para cair 0,2% em março, ao passo que Horas trabalhadas exibiu novo resultado negativo, em -0,9% ante -0,5% do mês passado.



As taxas de crescimento acumuladas em 12 meses também apontam para desempenho diferentes para cada indicador. Dos três que registram variação positiva, Faturamento real (de 2,6% para 3,0%) e Rendimento médio real (de 1,1% para 1,3%) tiveram aceleração nas taxas, enquanto que o NUCI aumentou em 1,2 p.p. em relação a março de 2017. Entre os destaques negativos, todos mantiveram trajetória declinante do ritmo de queda: Emprego (de -1,9% para -1,5%), Horas trabalhadas (de -1,4% para -1,2%) e Massa salarial real (-0,8% para -0,2%).



Zona do Euro: Prévia da inflação aponta para nova desaceleração em abril

Hoje (03/05), o Departamento de Estatísticas Europeu (Eurostat) divulgou uma primeira estimativa para a o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês) referente ao mês de abril. De acordo com a publicação, a inflação acumulada em 12 meses para a Zona do Euro voltou a apresentar desaceleração em relação ao mês anterior, registrando 1,2% neste mês referente. Na última leitura, o indicador havia apresentado acréscimo na taxa, de 1,1% de fevereiro para 1,3% em março.

Na abertura por classes de despesas, três dos quatro grupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas. Energia, de 2,0% para 2,5%, e Alimentos, de 2,1% para 2,5%, tiveram as maiores variações na passagem mensal, ao passo que o grupo de Bens Industriais teve um ligeiro crescimento de 0,2% para 0,3%. Por outro lado, o grupo de Serviços (maior peso do CPI, com 44,4%) teve forte redução em sua taxa, ao passar de 1,5% para 1,0% neste mês.

Por fim, o núcleo da inflação (medida que exclui preços voláteis como Alimentos e Energia) também apresentou desaceleração em sua taxa acumulada em 12 meses, ao passar de 1,0% para 0,7%. Este é o menor nível atingido desde outubro de 2016.





 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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