IBGE: Produção industrial cai em março, mas registra estabilidade no primeiro trimestre
Divulgada hoje (03/05) pelo IBGE, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) apontou queda de 0,1% da produção industrial entre fevereiro e março deste ano, na série livre de influências sazonais. Em fevereiro, a produção industrial havia crescido 0,1%, na série também ajustada sazonalmente. Na comparação interanual, isto é, com março de 2017, o indicador cresceu 1,3%. No acumulado do ano, a produção do setor teve alta de 3,1%. Já em 12 meses, a alta acumulada é de 2,9% - resultado que repete o de fevereiro e permanece o mais elevado desde junho de 2011.

Em março, tanto a Indústria Extrativa quanto a Indústria de Transformação apresentaram variações positivas. Enquanto a primeira avançou 3,9% (ante -5,2%), a segunda teve alta de 0,2% (ante 0,3%) no período. Abaixo, a evolução recente do acumulado em doze meses de cada setor.

Nesta leitura, 14 das 26 atividades industriais levantadas pela pesquisa recuaram na passagem mensal, com destaque para produtos de madeira (-6,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,2%). Entre as atividades com alta mensal, os destaques foram perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%) e indústrias extrativas (3,9%), com o primeiro tendo sua segunda alta consecutiva e acumulando expansão de 11,0% nesse período e o último devolvendo a queda de 5,2% do mês anterior. Abaixo, a variação acumulada em doze meses para cada atividade.
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Entre as grandes categorias econômicas, a produção de bens intermediários teve a única queda de março (-0,7%), sua terceira consecutiva; os setores produtores de bens de capital (2,1%) e de bens de consumo duráveis (1,0%) foram os destaques desta leitura, ambos apresentando sua segunda alta consecutiva e acumulando ganhos de 2,9% e 4,2%, respectivamente. A produção de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também teve alta no período, revertendo a perda de 0,8% registrada no mês anterior.
Com os resultados de março, o primeiro trimestre de 2018 registrou estabilidade (0,0%) na produção industrial nacional em relação ao último trimestre do ano anterior, e queda de 0,3% e 0,4% da produção das indústrias extrativa e de transformação, respectivamente. O resultado geral representa uma desaceleração do crescimento observado entre o terceiro e o quarto trimestres de 2017 (1,7%). Na comparação interanual, isto é, entre o primeiro trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2017, a produção industrial nacional total cresceu 3,2%.
CNI: Faturamento real da indústria volta a cair em março
A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou na tarde de ontem (02/05) os Indicadores Industriais referentes ao mês de março. Dentre os seis indicadores analisados, na série com ajuste sazonal, três deles apresentaram avanço na comparação frente ao mês anterior, ao passo que os outros três tiveram resultados negativos.
Entre os destaques positivos, Rendimento médio real e Massa salarial real apresentaram seu terceiro mês seguido de crescimento, em 2,0% e 0,8% ante 0,9% e 0,7%, respectivamente. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, voltou a exibir crescimento após cair 0,2 p.p. em fevereiro, passando de 78,0% para 78,2%.

Já entre os destaques negativos, Faturamento real exibiu forte contração neste mês, com queda de 2,5% frente a fevereiro. Na última leitura, o indicador havia crescido pelo segundo mês seguido. Emprego, por sua vez, interrompeu sequência de cinco meses seguidos de avanço para cair 0,2% em março, ao passo que Horas trabalhadas exibiu novo resultado negativo, em -0,9% ante -0,5% do mês passado.

As taxas de crescimento acumuladas em 12 meses também apontam para desempenho diferentes para cada indicador. Dos três que registram variação positiva, Faturamento real (de 2,6% para 3,0%) e Rendimento médio real (de 1,1% para 1,3%) tiveram aceleração nas taxas, enquanto que o NUCI aumentou em 1,2 p.p. em relação a março de 2017. Entre os destaques negativos, todos mantiveram trajetória declinante do ritmo de queda: Emprego (de -1,9% para -1,5%), Horas trabalhadas (de -1,4% para -1,2%) e Massa salarial real (-0,8% para -0,2%).
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