IBGE: Em março, produção industrial cai em 8 das 15 regiões analisadas

A abertura regional da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) de março, divulgado nesta quarta-feira (09/05) pelo IBGE, teve oito regiões apresentando queda na produção industrial em relação ao mês anterior, livre de efeitos sazonais. Vale lembrar que, conforme divulgado na última quinta-feira (03/05), a produção industrial nacional caiu 0,1% na passagem mensal, ao passo que teve estabilidade na comparação do primeiro trimestre de 2018 frente ao último trimestre de 2017.

Pela leitura mensal, dentro dos estados que registraram taxas negativas de crescimento industrial, Bahia reverteu dois meses seguidos de alta para recuar 4,5% em março, a maior taxa dentro das regiões analisadas. A Região do Nordeste também apresentou forte resultado negativo (-3,6%), da mesma forma que o estado do Rio de Janeiro (-3,7%). Por outro lado, das regiões que avançaram no período referente, Pará (9,0%) e Mato Grosso (4,7%) apresentaram as maiores taxas de crescimento.



Na leitura trimestral, apenas seis estados tiveram aumento de produção no primeiro trimestre de 2018 frente ao último de 2017, livre de efeitos sazonais. Amazonas (11,3%) e Santa Catarina (2,2%) registraram as maiores taxas positivas. Em sentido oposto, das 9 regiões que tiveram queda de produção nos três primeiros meses do ano, Rio de Janeiro (-2,6%) e Minas Gerais (-1,1%) são os destaques negativos.

Por fim, a produção industrial no Estado de São Paulo apresentou crescimento (2,0%) no mês de março frente ao mês anterior, após queda nos dois primeiros meses do ano (-3,8% em janeiro e -0,5% em fevereiro). Com isso, o estado apresentou recuo de 0,8% na produção no primeiro trimestre, interrompendo uma sequência de 4 trimestres positivos. Mesmo assim, a trajetória da taxa de crescimento acumulada em 12 meses se manteve ascendente, ao passar de 4,4% de fevereiro para 4,6% neste mês analisado.




Ipea: Investimento avança em março e tem resultado positivo no primeiro trimestre do ano

Divulgado no começo da semana pelo Ipea, o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo teve alta de 0,8% entre fevereiro e março, na série com ajuste sazonal. É a segunda alta consecutiva do indicador, que havia avançado 1,9% na última leitura. Na comparação interanual, isto é, com março de 2017, o indicador teve alta de 3,4%.



Entre os componentes do indicador, o destaque desta leitura foi novamente o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came), que avançou 2,2% na passagem entre fevereiro e março e reforçou a alta de 8,5% observada no mês anterior, na série com ajuste sazonal. Embora mais modesta, o indicador de construção civil também teve alta na passagem mensal, de 0,2%, devolvendo parte da queda de 0,1% de fevereiro. O terceiro componente do indicador, classificado como “outros ativos fixos”, também contribuiu positivamente para seu desempenho mensal, com alta de 0,6% no período.

Os investimentos avançaram 0,3% no primeiro trimestre do ano, em relação ao quarto trimestre do ano anterior, também na série ajustada sazonalmente. Na comparação interanual, isto é, com o primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 3,3%. Entre os componentes do indicador, o consumo aparente de máquinas e equipamentos encerrou os primeiros três meses com alta trimestral de 2,4%, enquanto o indicador de construção civil e de outros ativos fixos o fizeram com queda de 0,6% e 1,9%, respectivamente.