FIESP/CNI: Confiança do empresário industrial segue em queda

Pela tarde de ontem (21/05), a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou seu Indicador de Confiança Empresarial da Indústria (ICEI) referente ao mês de maio. A pontuação em relação a abril apresentou queda de 1,2 pontos, atingindo 55,5 pontos neste mês. É a segunda queda seguida do indicador, que em março apresentava 59,0 pontos, o maior nível desde abril de 2011. Vale lembrar que leituras acima de 50,0 pontos indicam otimismo.

Na abertura entre os componentes, ambos recuaram em intensidade similares. O Indicador de Condições teve queda de 1,4 ponto atingindo 50,1 pontos (indicando expansão da atividade); enquanto que para o Indicador de Expectativas a queda foi de 1,2 pontos, para 58,2 pontos (indicando otimismo). A avaliação da situação atual da economia brasileira e sua expectativa de melhora sofreram contração nesta leitura, influenciando fortemente na queda dos dois componentes.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) também divulgou na tarde de ontem o ICEI dos empresários do estado, referente ao mês de maio. Da mesma forma que o indicador nacional, a pontuação caiu de 57,2 para 54,1 pontos, acumulando o terceiro mês seguido de queda. Em fevereiro, o nível de confiança era de 59,8 pontos, sendo o maior desde agosto de 2010 (61,6 pontos). Ambos componentes sofreram retração nesta leitura, com maior influência do Indicador de Condições (de 53,9 para 50,5 pontos), seguido pelo Indicador de Expectativas (de 58,8 para 56,0 pontos).



Ibre/FGV: Expectativa dos consumidores para a inflação aumenta ligeiramente em maio

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (22/05) o indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores referente a maio. De acordo com os consumidores entrevistados, a mediana da expectativa de inflação para os próximos 12 meses subiu pela primeira vez depois de sete meses, ao passar de 5,0% para 5,3%. Cabe ressaltar que, na comparação interanual, continua abaixo, uma vez que em maio de 2017 a expectativa era de 7,1%.



Na abertura por bandas de inflação prevista pelos consumidores, a proporção daqueles que esperam inflação dentro dos limites de tolerância da meta de inflação (3,0% a 6,0%, com a meta em 4,5%) caiu em relação ao mês passado, de 47,1% para 45,9%. Por outro lado, a porcentagem dos entrevistados que projetam inflação acima do teto da meta passou de 24,9% em abril para 26,9% neste mês.

Por fim, a publicação pondera que a mediana das expectativas de inflação continua em baixo patamar histórico. Assim, o resultado altista desta leitura não aponta para uma mudança estrutural da trajetória de inflação e, por isso, deve estar relacionado à recente alta do dólar e agravado pela incerteza política.