Informativo eletrônico - Edição 2404 Quinta-feira, 07 de junho de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:


Economia Brasileira

  • Anfavea/Fenabrave: Produção tem forte queda em maio
  • Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego recua novamente em maio
  • Ibre/FGV: IGP-DI acelera mais uma vez em maio

Economia Internacional

  • Zona do Euro: PIB cresce 0,4% no primeiro trimestre


Dados da Economia Brasileira 






Anfavea/Fenabrave: Produção tem forte queda em maio

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou na tarde de ontem (06/06) os resultados da produção total de veículos em maio. Devido à crise de abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros no final do mês, a produção caiu 25,6% em relação ao mês de abril, já descontado os efeitos sazonais. O resultado interrompe a sequência de duas altas seguidas (7,5% em abril e 4,4% em março). A produção acumulada nos últimos doze meses continua em alta, embora tenha desacelerado em relação à última leitura, ao passar de 23,3% para 17,9%.



A produção de Ônibus foi a que apresentou maior queda no mês de maio, com retração de -50,6%, seguido por Comerciais Leves (-47,5%). Automóveis, que engloba mais de 80% da produção total de veículos, também teve uma expressiva queda (-22,2%).

Divulgado também nesta semana, os resultados das vendas de veículos no mercado interno elaborados pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) também recuaram em maio, contudo em menor intensidade que a produção. Ao variar -7,0% em relação ao mês anterior, o indicador interrompe sequência de 5 meses seguidos de crescimento. As vendas acumuladas em doze meses apresentam avanço de 10,7%.



Destaque negativo para o forte recuo de 10,9% na venda de Automóveis, a maior variação da leitura. Caminhões também teve queda no mês (-2,0%), ao passo que Ônibus registrou crescimento de 2,4%.

Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego recua novamente em maio

Divulgado nesta manhã pelo Ibre/FGV, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou de 103,6 pontos em abril para 101,1 pontos em maio. É a terceira queda consecutiva do indicador, que ainda em fevereiro deste ano havia registrado um recorde de 109,6 pontos. Em maio de 2017, o IAEmp registrava 99,3 pontos. Com o resultado desta leitura, a média móvel trimestral do IAEmp teve sua segunda queda consecutiva, indo de 107,0 para 104,1 pontos no período.


O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que registra a percepção das famílias brasileiras sobre o mercado de trabalho, foi na contramão do IAEmp e teve alta de 2,3 pontos nesta leitura, marcando 96,5 pontos e devolvendo a queda do mês anterior. Em maio de 2017, o ICD registrava 97,3 pontos. Apesar da alta, a média móvel trimestral do ICD teve sua quinta queda consecutiva, de 95,8 para 95,6 pontos.



Entre os componentes dos indicadores que mais contribuíram para o resultado mensal no IAEmp, se destacam aqueles que medem a situação dos negócios nos próximos seis meses nos Serviços e na Indústria de Transformação, com quedas de 6,2 e 5,4 pontos, respectivamente. Para a queda do ICD, a principal contribuição veio dos grupos de consumidores que auferem renda familiar mensal de até R$ 2.100,00 (cujo indicador de emprego invertido avançou 4,0 pontos) e entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 (cuja alta foi de 4,3 pontos).

Ibre/FGV: IGP-DI acelera mais uma vez em maio

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado hoje (07/06) pelo Ibre/FGV, apresentou alta de 1,64% em maio, variação superior à de 0,93% de abril. Em maio de 2017, o índice havia apresentado deflação de 0,51%. Com o resultado mensal, a taxa acumulada em 2018 acelerou de 2,24% para 3,91%, ao passo que em 12 meses o índice acumula alta de 5,20% (ante 2,97% em abril).



Entre seus componentes, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve alta de 2,35% na passagem mensal (ante 1,26% do mês anterior). Na abertura por estágios de processamento, todos os grupos aceleraram suas taxas de inflação na passagem de abril para maio. O índice de Bens Finais variou 0,62% (após alta de 0,20% no mês anterior), enquanto os índices de Bens Intermediários e de Matérias-Primas Brutas variaram 3,30% e 2,80% (ante 2,00% e 1,68%, respectivamente).

Já na abertura entre origem de processamento, Produtos Agrícolas desacelerou sua taxa em relação ao mês anterior pela segunda leitura consecutiva, de 2,18% para 1,50%, enquanto o índice de Produtos Industriais acelerou novamente, de 0,96% para 2,65%. A dinâmica da taxa acumulada em 12 meses para cada tipo de produto é representada no gráfico abaixo.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, teve alta de 0,41% em maio (ante 0,34% em abril). Entre as classes de despesas, a maior contribuição para o crescimento do IPC se deve ao grupo Habitação, cuja variação foi de 0,73% (ante 0,26% em abril); seguida dos grupos Transportes (0,48% ante 0,07%) e Comunicação (0,20% ante 0,07%). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses de cada classe de despesa.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,23% em maio, ante variação de 0,29% no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou para 0,39% (ante 0,31%), enquanto o índice de Mão de Obra desacelerou de 0,27% para 0,10% no período. As taxas acumuladas em 12 meses dos componentes são de 2,98% e 4,35% (ante 4,08% e 3,94%, respectivamente).





Zona do Euro: PIB cresce 0,4% no primeiro trimestre

Nesta manhã (07/06), o Eurostat (departamento de estatísticas europeu) divulgou a estimativa final do PIB da região para o primeiro trimestre de 2018. O resultado confirmou a prévia e o produto, tanto para os países da Zona do Euro quanto da União Europeia, ambos com crescimento de 0,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior, após os ajustes sazonais. O resultado representa uma desaceleração em relação ao último trimestre de 2017, período quando ambos blocos cresceram 0,7%.



Pela comparação interanual, também foi verificado uma redução do ritmo de crescimento das duas regiões. A Zona do Euro teve crescimento de 2,5% ante 2,8% do quarto trimestre do ano passado, enquanto que a União Europeia de 2,4% ante 2,7%.

Na abertura entre os componentes da ótica da demanda, o crescimento do PIB da Zona do Euro frente ao trimestre imediatamente anterior foi atribuído ao avanço de 0,5% do consumo das famílias. Na última leitura, o componente avançara em apenas 0,2%. Formação Bruta de Capital Fixo também cresceu no período, em 0,5% ante 1,3%; ao passo que Consumo do Governo teve estabilidade após variar 0,3% no trimestre anterior. Pelo setor externo, Exportações e Importações tiveram queda, em 0,4% e 0,1%, respectivamente.

Por fim, na abertura entre os big four, Espanha apresentou maior variação e cresceu pelo terceiro trimestre seguido em 0,7%. Alemanha e Itália avançaram ambas em 0,3% (ante 0,6% e 0,4%, respectivamente), enquanto que França variou apenas 0,2% ante 0,7% da leitura anterior.



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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