IPEA: Consumo aparente de bens industriais avança novamente em abril
Divulgado na manhã de ontem (19/06) pelo IPEA, o Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais avançou 1,2% entre março e abril, na série com ajuste sazonal. Esta é a segunda alta consecutiva do indicador, que em março também cresceu 1,2%, na série ajustada sazonalmente. Na comparação interanual, isto é, com abril de 2017, o indicador de consumo aparente cresceu 11,0%.
Nesta leitura, ambos os componentes do indicador apresentaram alta. Enquanto a produção doméstica líquida de exportações cresceu 1,3%, as importações de bens industriais avançaram 2,6%. Na comparação interanual, os resultados foram avanços de 8,0% e 25,3%, respectivamente.
Na abertura por grandes categorias econômicas, Bens de capital e Bens intermediários apresentaram alta de 2,9% e 0,5%, respectivamente, enquanto Bens de consumo, Bens duráveis e Bens semi e não-duráveis recuaram 1,6%, 0,2% e 1,7% cada. Já na abertura por atividades, a demanda por bens da indústria de transformação cresceu 1,4% entre março e abril, enquanto a extrativa-mineral teve queda de 5,0% no período. Na comparação interanual, os resultados foram 12,4% e -9,2%, respectivamente.
ABPO/ABCR: Indicadores antecedentes industrias caem expressivamente em maio
Divulgado na última semana pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), o índice que mensura o fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas teve expressiva queda no mês de maio, conforme esperado após a crise de abastecimento devido à greve dos caminhoneiros. A taxa de variação frente ao mês de abril, livre de influências sazonais, caiu para 15,0% ante crescimento em 1,3% na última leitura. A taxa acumulada em doze meses voltou a sofrer desaceleração, ao passar de 2,9% para 1,7%.
Ambos grupos exerceram contribuição negativa na taxa de variação mensal. Principal contribuição para o resultado veio do fluxo de veículos pesados, com recuo de 27,7% em maio ante leve queda de 0,2% no mês anterior. Veículos leves caiu 11,4% ante aumento de 2,0%. Vale lembrar que o fluxo de veículos pesados em rodovias é um importante indicador antecedente para a indústria brasileira.
Também divulgada ontem pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO), a prévia do indicador que mensura a produção de papelão também registrou expressiva taxa de queda no mês referente. Com redução de 22,9% da expedição do item, o índice completou segundo mês seguido de recuo. A taxa acumulada em doze meses, que no mês de abril atingira o maior pico desde fevereiro de 2011, em 5,6%, desta vez teve decréscimo do ritmo de crescimento, para 3,4%.