Informativo eletrônico - Edição 2414 Quinta-feira, 21 de junho de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: IPCA-15 acelera em junho
  • FUNCEX: Termos de troca recua novamente em maio
  • Ibre/FGV: Prévia da sondagem industrial apresenta queda em junho
  • FIESP/CNI: Confiança do empresário industrial segue em queda livre


Dados da Economia Brasileira 





IBGE: IPCA-15 acelera em junho

A prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) referente ao mês de junho, divulgado hoje (21/06) pelo IBGE, apresentou forte aceleração em relação a taxa de inflação do mês passado, ao passar de 0,14% para 1,11%. Esta é a maior taxa para junho desde 1996, quando o índice de preços tinha crescido em ritmo igual. Em junho de 2017, a inflação foi de 0,16%. Assim, a taxa de inflação acumulada no ano de 2018 subiu para 2,35% (ante 1,62% em igual período do ano passado), enquanto que a taxa acumulada em 12 meses teve leve decréscimo em relação a registrada em maio, de 2,70% para 2,68%.



No que tange ao núcleo da inflação (que exclui preços voláteis como alimentos e energia), o índice também apresentou aceleração, ao passar de 0,14% da última leitura para 0,50% neste mês. Por outro lado, a taxa do núcleo da inflação acumulada em 2018 é menor do que em igual período de 2017 (1,42% ante 2,36%), ao passo que a taxa acumulada em 12 meses subiu para 2,91% ante 2,81% do mês passado.



A aceleração do IPCA-15 em junho foi refletida tanto nos preços livres como nos administrados. O primeiro, após exibir deflação de 0,08% na última leitura, registrou variação de 0,67% neste mês, enquanto que o segundo teve forte aceleração de 0,79% para 2,40%. Ambos grupos tiveram acentuado aumento em sua taxa acumulada nos últimos doze meses, com os livres passando de 0,92% para 1,56% e os administrados de 8,24% para 10,22%.



Por fim, na abertura por classes de despesas, destaque para a forte aceleração de Transportes (de -0,35% para 1,95%), Habitação (de 0,45% para 1,74%) e Alimentos (-0,05% para 1,57%). Por outro lado, Vestuário (de 0,52% para -0,08%) e Saúde e cuidados pessoais (de 0,76% para 0,55%) desaceleraram no período. Abaixo, taxa acumulada em 12 meses de cada grupo.



FUNCEX: Termos de troca recua novamente em maio

A Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX) divulgou ontem (21/06) o Índice de Termos de Troca referente a maio. Frente ao mês anterior, o índice teve sua segunda queda consecutiva (sendo a terceira do ano) ao recuar 1,8%. Já na comparação interanual, isto é, com maio de 2017, o índice recuou 1,9%.



A deterioração dos termos de troca de maio reflete a combinação entre a queda dos preços dos produtos exportados (-3,1%) e a ligeira alta dos preços dos produtos importados (+0,1%) pelo país. Em termos de quantum, tanto as exportações quanto as importações brasileiras tiveram retração frente a abril (-2,3% e -1,9%, respectivamente).



Na abertura por grandes categorias econômicas, com exceção de combustíveis (+7,7%), a queda no preço das exportações se espalhou por todos os grupos: Bens de capital (-8,5%), Bens intermediários (-3,6%), Bens de consumo não duráveis (-1,5%) e Bens de consumo duráveis (-0,5%). Em relação às importações, a queda de maio só não foi refletida em Bens de consumo não duráveis (+3,7%) e Combustíveis (+ 2,4%). Bens de capital (-7,2%), Bens intermediários (-0,9%) e Bens de consumo duráveis (-4,1%) acompanharam o resultado geral das exportações.

Ibre/FGV: Prévia da sondagem industrial apresenta queda em junho

Divulgado hoje (21/06) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a prévia do Índice de Confiança Industrial (ICI) apontou queda de 1,4 ponto em junho, para 99,7 pontos; voltando assim a sinalizar contração de atividade (leituras abaixo de 100,0 pontos). A média móvel trimestral do indicador seguiu o movimento e passou de 101,3 para 100,6 pontos.



Na abertura entre os componentes, a retração mensal do ICI é exclusivamente atribuída ao desempenho do Índice de Situação Atual (ISA-ICI), uma vez que o Índice de Expectativas cresceu na passagem mensal. Apesar deste crescer 3,2 pontos, para 104,9 pontos (5º mês seguido de sinalização de otimismo), não foi o suficiente para compensar a forte queda no ISA-ICI, passando de 100,6 para 94,4 pontos. Este é o menor nível desde setembro de 2017 (90,8 pontos).



Por fim, a prévia do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apontou para ligeira queda neste mês referente. Após ter estabilidade no mês de maio (76,5%), o indicador recuou 0,2 p.p. e atingiu 76,3%. Vale ressaltar que a média móvel trimestral permaneceu em 76,4%, a maior taxa desde junho de 2015 (76,6%).

FIESP/CNI: Confiança do empresário industrial segue em queda livre

Foi divulgado na tarde de ontem (20/06) pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) o Indicador de Confiança Empresarial da Indústria (ICEI) referente ao mês de junho. Nesta leitura, o indicador recuou 5,9 pontos, atingindo 49,6 pontos. É a terceira queda consecutiva do indicador, que ainda em março apresentava 59,0 pontos, seu maior nível desde abril de 2011. Vale lembrar que leituras acima de 50,0 pontos indicam otimismo por parte dos empresários do setor industrial, enquanto leituras abaixo deste patamar indicam pessimismo.

Na abertura entre os componentes do ICEI, ambos recuaram de maneira acentuada. Enquanto o Indicador de condições atuais recuou 7,7 pontos, indo a 42,4 pontos, o indicador de expectativas recuou 5,0 pontos, atingindo 53,2 pontos. Apesar das quedas, apenas o indicador de condições atuais recuou a ponto de indicar pessimismo no setor.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) também divulgou o ICEI para o estado de São Paulo. Em junho, o índice paulista foi de 54,1 para 47,8 pontos, acumulando o quarto mês consecutivo de queda e voltando a sinalizar pessimismo no setor. Com a rápida deterioração, o nível de confiança foi de 59,8 pontos em fevereiro (maior pontuação desde agosto de 2010) para seu menor patamar desde dezembro de 2016 (45,0 pontos).

Ambos os componentes do ICEI paulista sofreram retração nesta leitura. Enquanto o indicador de condições atuais recuou de 50,5 pontos para 41,8 pontos, acumulando sua sétima queda consecutiva e indo abaixo da linha do otimismo, o indicador de expectativas foi de 56,0 para 51,0 pontos no período, mantendo-se acima da linha dos 50,0 pontos.





 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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