Focus: Projeções para o PIB não se alteram nesta semana

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (02/07) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a mediana das projeções para o crescimento do PIB de 2018 se manteve em 1,55% como na semana passada, interrompendo oito semanas seguidas de baixa das projeções. Para 2019, contudo, a projeção caiu para 2,50% ante 2,60%.



A expectativa para o IPCA ao fim deste ano, por sua vez, foi elevada pela sétima semana seguida, passando de 4,00% para 4,03%. Para 2019, a mediana das projeções permaneceu em 4,10%.



No que diz respeito à taxa Selic, hão houve alterações tanto para 2018 quanto para 2019, permanecendo em 6,50% e 8,00%, respectivamente. Já para a taxa de câmbio, a expectativa para o final deste ano sofreu aumento de R$/US$ 3,65 para R$/US$ 3,70, enquanto que para o final do ano que vem permaneceu inalterada em R$/US$ 3,60.



As projeções para o déficit em transações correntes ao fim de 2018 também não sofreram alterações nesta semana, permanecendo em US$ 20,00 bilhões. O mesmo não ocorreu com as projeções de 2019, que pela segunda semana seguida sofreu ligeira revisão baixista, de US$ 36,00 bilhões para US$ 35,95 bilhões.

Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial, tanto para este ano quanto para ano que vem, voltou a exibir decréscimo nas projeções. Para o ano corrente, a mediana das projeções passou de 3,50% para 3,17%, enquanto que para o ano que vem a nova taxa projetada é 3,10% ante 3,20%.



Ibre/FGV: Em junho, confiança dos empresários segue em queda

Divulgado hoje (02/06) pelo Ibre/FGV, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou de 92,4 pontos em maio para 90,5 pontos em junho. Com o resultado, o indicador completa o terceiro mês consecutivo de queda e atinge seu menor nível desde novembro de 2017 (92,1 pontos). Em junho de 2017, o ICE registrava 84,4 pontos. Em termos de média móvel trimestral, o indicador também teve sua terceira queda consecutiva, de 93,7 para 92,2 pontos.



Nesta leitura, a queda do ICE decorreu tanto da deterioração do Indicador de Situação Atual (ISA-E), que atingiu 88,6 pontos após recuar 1,1 ponto; quanto da queda do Índice de Expectativas (IE-E), que recuou 0,9 ponto e atingiu 97,5 pontos. O IE-E contraiu-se pela terceira vez consecutiva e chegou a seu menor nível desde janeiro de 2018.

O resultado de junho do ICE foi disperso entre os quatro setores (Indústria, Serviços, Comércio e Construção). Com destaques para o setor da Construção, cuja queda foi de 3,1 pontos; enquanto o setor de Serviços foi responsável por 42% da queda no resultado do índice agregado.



CNI: Todos indicadores industrias recuam em maio

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou na última semana os Indicadores Industriais referentes a maio. Na comparação frente ao mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais, todos os seis indicadores caíram, com destaque para a forte retração do Faturamento Real (-16,7% ante +1,6% de abril) e das Horas Trabalhadas (-2,4% ante +2,2%). Massa Salarial Real (-1,7% ante -0,4%) e Emprego também exibiram retração (-0,6% ante +0,1%), ao passo que Rendimento Médio Real contraiu -1,4% ante -0,4% da última leitura. Utilização da Capacidade Instalada recuou 2,2 p.p. e chegou a 75,9% em maio.



No que tange a taxa de variação acumulada nos últimos doze meses, Faturamento Real (+3,6% ante +4,9%) e Rendimento Médio Real (em +0,6% ante +1,0%) sofreram desaceleração no ritmo de crescimento no período, enquanto que Horas Trabalhadas (+0,9% ante -0,4%) apresentou movimento inverso. Por outro lado, Emprego, em -0,8% ante -1,1%, e Massa Salarial Real, em -0,2% ante -0,1%, continuam apresentando resultado negativo no acumulado dos últimos doze meses no período referente, sendo o 44º e 40º mês consecutivo de queda, respectivamente.