Informativo eletrônico - Edição 2427 Quarta-feira, 11 de julho de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Produção industrial cai em 14 das 15 regiões analisadas
  • Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego tem nova queda em junho
  • IBGE: Estimativa de produção agrícola aponta queda de 5,3% em 2018

Economia Internacional

  • Alemanha: Sentimento econômico tem forte recuo novamente


Dados da Economia Brasileira 






IBGE: Produção industrial cai em 14 das 15 regiões analisadas

O IBGE divulgou os dados de maio da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF), que engloba 15 regiões ao redor do país. A queda de 10,9% da produção nacional foi refletida em 14 locais pesquisados, na série com ajuste sazonal. Este resultado negativo generalizado é consequência da crise de abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros.



Entre os destaques regionais, apenas o estado do Pará exibiu resultado positivo, com alta de 9,2% frente ao mês de abril. Na última leitura, o estado havia recuado em 8,5%. Por outro lado, Mato Grosso registrou a maior taxa de contração no mês (-24,1% ante 0,0% de abril); seguido por Paraná (-18,4% ante 3,3%); Bahia (-15,0% ante 8,5%); e Santa Catarina (-15,0% ante 1,8%).

São Paulo teve forte contribuição negativa ao resultado nacional devido à queda de 11,4% da sua produção industrial em maio. O resultado interrompe sequência de dois meses positivos (3,0% em março e 0,6% em abril). Pela comparação interanual, houve recuo de 4,8% ante forte avanço de 15,4% no mês anterior. A taxa acumulada em 2018 caiu para 5,0% ante 7,9% da última leitura, enquanto que a acumulada em 12 meses passou de 6,6% para 5,8%.



Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego tem nova queda em junho

Divulgado ontem (10/07) pelo Ibre/FGV, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou de 101,1 pontos em maio para 95,5 pontos em junho. É a quarta queda consecutiva do indicador, que ainda em fevereiro deste ano havia registrado um recorde de 109,6 pontos. Em junho de 2017, o IAEmp registrava 96,9 pontos. Com o resultado desta leitura, a média móvel trimestral do IAEmp teve sua terceira queda consecutiva, retraindo de 104,1 para 100,1 pontos no período.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que registra a percepção das famílias brasileiras sobre o mercado de trabalho, teve alta de 0,6 ponto nesta leitura, a segunda consecutiva, marcando 97,1 pontos. Em junho de 2017, o ICD registrava 96,6 pontos. Com o resultado, a média móvel trimestral do ICD passou de 95,6 para 95,9 pontos. Vale lembrar que, para o ICD, quanto mais elevado seu patamar, pior é o seu resultado.



Entre os componentes dos indicadores que mais contribuíram para o resultado mensal no IAEmp, se destacam aqueles que medem a situação atual dos negócios na indústria de transformação e nos serviços, com quedas de 9,7 e 9,4 pontos, respectivamente. Para a alta do ICD, a principal contribuição veio dos grupos de consumidores que auferem renda familiar mensal de até R$ 2.100,00 (cujo indicador de emprego invertido recuou 3,6 pontos) e acima de R$ 9.600,00 (cuja queda foi de 1,4 ponto).

IBGE: Estimativa de produção agrícola aponta queda de 5,3% em 2018

O IBGE divulgou nesta terça-feira (10/07) a sexta estimativa de 2018 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas. O número estimado, de 227,9 milhões de toneladas, representa uma queda de 5,3% frente à safra total de 2017 do país (240,6 milhões de toneladas) e de 0,1% em relação à última estimativa, realizada em maio (228,1 milhões de toneladas).



Na abertura entre os principais grãos agrícolas do país (correspondentes a 92,8% da estimativa da produção e 87,0% da área a ser colhida), a produção de arroz e milho deve ter queda de 7,2% e 15,9% em relação à safra de 2017, respectivamente, ao passo que a produção de soja deve alcançar seu recorde com 116,3 milhões de toneladas - um aumento de 1,2% em relação à safra do ano passado.

Em relação à área a ser colhida em 2018, o número estimado em junho permaneceu em 61,2 milhões de hectares, praticamente o mesmo de 2017. Apenas a soja apresenta resultado positivo (aumento de 2,6% na área a ser colhida), enquanto milho e arroz devem ter queda de 7,3% e 4,2%, respectivamente.

Na abertura por regiões, a sexta estimativa apresentou o Centro-Oeste com produção de 101,1 milhões de toneladas (ou 44,5% da produção total); o Sul com 74,8 milhões de toneladas (32,7%); o Sudeste com 22,8 milhões de toneladas (10,0%); o Nordeste com 20,6 milhões de toneladas (9,0%); e o Norte com 8,5 milhões de toneladas (3,9%).



Alemanha: Sentimento econômico tem forte recuo novamente

Divulgado ontem (10/07) pelo Instituto ZEW, o Índice de Sentimento Econômico alemão de julho voltou a apresentar forte queda em relação ao mês anterior, passando de -16,1 pontos para -24,7 pontos. Na última leitura, o indicador já havia apresentado recuo em mesma intensidade. Desta forma, a média móvel trimestral completou seu sexto mês seguido de baixa, com -16,3 pontos ante -10,8 de junho. É o menor valor desde outubro de 2012 (-18,4 pontos).



Neste mês, a grande incerteza política mundial causou forte deterioração no indicador. A guerra comercial com os Estados Unidos, especialmente, foi o suficiente para mais do que compensar os resultados positivos para a produção industrial e no mercado de trabalho.

Sendo assim, o Índice de Sentimento Econômico para diversas regiões exibiram movimento similar ao índice alemão. A Zona do Euro teve forte baixa de -12,6 pontos para -18,7 pontos, o mesmo para Reino Unido (de -43,0 para -53,6 pontos), França (de -2,6 para -8,4 pontos) e Japão (-1,6 para -9,7 pontos).



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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