IBGE: Produção industrial cai em 14 das 15 regiões analisadas
O IBGE divulgou os dados de maio da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF), que engloba 15 regiões ao redor do país. A queda de 10,9% da produção nacional foi refletida em 14 locais pesquisados, na série com ajuste sazonal. Este resultado negativo generalizado é consequência da crise de abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros.

Entre os destaques regionais, apenas o estado do Pará exibiu resultado positivo, com alta de 9,2% frente ao mês de abril. Na última leitura, o estado havia recuado em 8,5%. Por outro lado, Mato Grosso registrou a maior taxa de contração no mês (-24,1% ante 0,0% de abril); seguido por Paraná (-18,4% ante 3,3%); Bahia (-15,0% ante 8,5%); e Santa Catarina (-15,0% ante 1,8%).
São Paulo teve forte contribuição negativa ao resultado nacional devido à queda de 11,4% da sua produção industrial em maio. O resultado interrompe sequência de dois meses positivos (3,0% em março e 0,6% em abril). Pela comparação interanual, houve recuo de 4,8% ante forte avanço de 15,4% no mês anterior. A taxa acumulada em 2018 caiu para 5,0% ante 7,9% da última leitura, enquanto que a acumulada em 12 meses passou de 6,6% para 5,8%.
Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego tem nova queda em junho
Divulgado ontem (10/07) pelo Ibre/FGV, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou de 101,1 pontos em maio para 95,5 pontos em junho. É a quarta queda consecutiva do indicador, que ainda em fevereiro deste ano havia registrado um recorde de 109,6 pontos. Em junho de 2017, o IAEmp registrava 96,9 pontos. Com o resultado desta leitura, a média móvel trimestral do IAEmp teve sua terceira queda consecutiva, retraindo de 104,1 para 100,1 pontos no período.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que registra a percepção das famílias brasileiras sobre o mercado de trabalho, teve alta de 0,6 ponto nesta leitura, a segunda consecutiva, marcando 97,1 pontos. Em junho de 2017, o ICD registrava 96,6 pontos. Com o resultado, a média móvel trimestral do ICD passou de 95,6 para 95,9 pontos. Vale lembrar que, para o ICD, quanto mais elevado seu patamar, pior é o seu resultado.

Entre os componentes dos indicadores que mais contribuíram para o resultado mensal no IAEmp, se destacam aqueles que medem a situação atual dos negócios na indústria de transformação e nos serviços, com quedas de 9,7 e 9,4 pontos, respectivamente. Para a alta do ICD, a principal contribuição veio dos grupos de consumidores que auferem renda familiar mensal de até R$ 2.100,00 (cujo indicador de emprego invertido recuou 3,6 pontos) e acima de R$ 9.600,00 (cuja queda foi de 1,4 ponto).
IBGE: Estimativa de produção agrícola aponta queda de 5,3% em 2018
O IBGE divulgou nesta terça-feira (10/07) a sexta estimativa de 2018 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas. O número estimado, de 227,9 milhões de toneladas, representa uma queda de 5,3% frente à safra total de 2017 do país (240,6 milhões de toneladas) e de 0,1% em relação à última estimativa, realizada em maio (228,1 milhões de toneladas).

Na abertura entre os principais grãos agrícolas do país (correspondentes a 92,8% da estimativa da produção e 87,0% da área a ser colhida), a produção de arroz e milho deve ter queda de 7,2% e 15,9% em relação à safra de 2017, respectivamente, ao passo que a produção de soja deve alcançar seu recorde com 116,3 milhões de toneladas - um aumento de 1,2% em relação à safra do ano passado.
Em relação à área a ser colhida em 2018, o número estimado em junho permaneceu em 61,2 milhões de hectares, praticamente o mesmo de 2017. Apenas a soja apresenta resultado positivo (aumento de 2,6% na área a ser colhida), enquanto milho e arroz devem ter queda de 7,3% e 4,2%, respectivamente.
Na abertura por regiões, a sexta estimativa apresentou o Centro-Oeste com produção de 101,1 milhões de toneladas (ou 44,5% da produção total); o Sul com 74,8 milhões de toneladas (32,7%); o Sudeste com 22,8 milhões de toneladas (10,0%); o Nordeste com 20,6 milhões de toneladas (9,0%); e o Norte com 8,5 milhões de toneladas (3,9%).
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