Focus: Projeções do PIB estabilizam novamente
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (23/07) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, as projeções para o crescimento do PIB de 2018 e 2019 se mantiveram inalteradas, em 1,50% e 2,50%, respectivamente.

Para o IPCA de 2018, a mediana das projeções caiu pela segunda semana consecutiva, ficando em 4,11%. Para 2019, contudo, a expectativa permanece inalterada pela quinta semana consecutiva, em 4,10%.

No que diz respeito às expectativas para a taxa Selic, não houve alterações tanto para 2018 quanto para 2019, com estas permanecendo pela 8ª semana consecutiva em 6,50% e pela 27ª semana em 8,00%, respectivamente. Não houve alteração também para as expectativas da taxa de câmbio para 2018, que se manteve em R$/US$ 3,70 pela terceira semana consecutiva. Já para 2019, a taxa esperada subiu de R$/US$ 3,68 para R$/US$ 3,70.

As projeções do déficit em transações correntes para 2018 também não sofreu alterações nesta semana, permanecendo em US$ 20,00 bilhões. O mesmo não ocorreu com as projeções de 2019, que pela quinta semana seguida sofreu revisão baixista, indo de US$ 34,10 bilhões para US$ 31,00 bilhões.
Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial deste ano voltou a recuar, indo de 2,96% para 2,91%. Já para o ano que vem, a taxa de crescimento esperado se manteve a mesma da leitura anterior, 3,00%.
CAGED: Em junho, saldo de admissões e demissões fica negativo
Divulgados na última sexta-feira (20/07) pelo Ministério do Trabalho, os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam a destruição líquida de 661 postos de trabalho no mês de junho. O resultado, que ocorre após a criação de 33,7 mil vagas de emprego em maio deste ano, vem abaixo das expectativas de mercado (+55,0 mil vagas) e do resultado de junho de 2017 (+9,8 mil vagas). Já na série com ajuste sazonal, o saldo passou de 6,2 mil vagas em maio para -18,3 mil vagas em junho.

Na abertura setorial, destaque para serviços, agropecuária e serviços industriais de utilidade pública, cujos saldos foram positivos em 11,2 mil, 1,4 mil e 865 vagas, respectivamente. Comércio (-15,3 mil vagas), indústria de transformação (-14,0 mil vagas), administração pública (-1,7 mil vagas), construção civil (-590 vagas) e indústria extrativa (-239 vagas), por outro lado, foram as atividades que registraram saldos líquidos negativos em junho. Abaixo, o saldo acumulado em 12 meses para cada uma delas.

No que diz respeito à economia paulista, o estado teve um saldo negativo de 4.450 vagas em junho, resultado bem abaixo do registrado em maio deste ano (+9.155 vagas) e em junho de 2017 (+983 vagas). Assim, o saldo acumulado em doze meses apresentou desaceleração em relação aos doze meses acumulados até maio de 2018, passando de 51.562 para 46.129 vagas.
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