Banco Central: Atividade recupera nível pré-greve dos caminhoneiros
Após recuar 3,3% em maio, na série com ajuste sazonal, o índice de atividade econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br) teve alta de 3,3% em junho, na série também ajustada sazonalmente. O resultado, que veio alinhado à mediana das expectativas de mercado, recupera a perda ocasionada pela greve dos caminhoneiros ocorrida no mês anterior - a pior desde o começo de sua série histórica, em janeiro de 2003.

Na comparação interanual, isto é, com junho de 2017, a alta foi de 1,8%. Na mesma métrica, o indicador registrava queda de 2,9% em maio, o seu pior resultado desde outubro de 2016. Já em doze meses, o indicador acumula uma alta de 1,3%, uma aceleração em relação à alta de 1,1% da leitura anterior.

Vale lembrar que as pesquisas de atividade do IBGE já haviam antecipado o bom desempenho apontado pelo IBC-Br de junho. Enquanto a produção industrial nacional teve alta de 13,1% no mês, puxada pela indústria de transformação, as vendas no varejo ampliado e nos serviços cresceram 2,5% e 6,6% no período, respectivamente.
Com o resultado de junho, o IBC-Br encerra o segundo trimestre do ano com queda de 1,0%, na série com ajuste sazonal, e reverte sequência de cinco leituras de alta consecutivas. Na comparação interanual, isto é, com o segundo trimestre do ano anterior, o resultado é uma alta de 0,8%.
Ibre/FGV: IGP-10 varia 0,51% em agosto
Divulgado nesta manhã pelo Ibre/FGV, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente ao mês de agosto cresceu a uma taxa de 0,51%, inferior à registrada em julho (0,93%) e superior à registrada em agosto 2017 (-0,17%). Com o resultado, o índice acumula alta de 6,61% no ano. Em doze meses, a alta é de 8,78%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) também desacelerou ao variar 0,64% em agosto (ante 0,99% em julho). Entre os estágios de processamento, Bens Finais e Bens Intermediários reduziram sua taxa de 1,13% para -0,43% e de 1,99% para 1,00%, respectivamente. Matérias-Primas Brutas teve alta de 1,51% neste mês ante deflação de 0,42% na última leitura.
Já na abertura por origem de processamento, Produtos Agrícolas registrou alta de 0,42%, ao passo que Produtos Industriais variou 0,72% no período. No mês passado, as variações haviam sido de -0,83% e 1,61%, respectivamente. Com o resultado, as taxas acumuladas em doze meses de ambos os grupos tiveram forte aceleração. Produtos Agrícolas passou de 8,01% para 10,17%; enquanto Produtos Industriais passou de 10,90% para 11,74%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) de agosto também desacelerou, de 0,78% para 0,14%. Entre as oito classes de despesas analisadas, todas registraram desaceleração em suas taxas de inflação, com destaque para o grupo Alimentação (-0,37% ante 0,51%) e Habitação (0,82% ante 1,63%). Abaixo, a taxa acumulada em doze meses para cada classe de despesa.

Por fim, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-10) cresceu 0,46% neste mês. Em julho, a alta havia sido de 0,92%. Os índices relativos a Materiais, equipamentos e serviços e Mão de obra também desaceleraram no período, com o primeiro indo de 1,00% para 0,82% e o segundo, de 0,86% para 0,15%. A taxa acumulada em doze meses do INCC-10 ficou, assim, em 4,03%.

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