IPEA: Após greve dos caminhoneiros, demanda por bens industriais volta a crescer

Após recuar 8,7% em maio, ocasião da greve dos caminhoneiros, o Indicador IPEA Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais teve alta de 9,9% em junho, na série com ajuste sazonal. Na comparação interanual, isto é, com junho de 2017, o indicador teve alta de 4,2% (ante queda de 6,0% em maio).



Entre os componentes do indicador, ambos cresceram nesta leitura, retornando aos níveis pré-greve. Enquanto a produção doméstica líquida de exportações avançou 11,1%, a alta das importações de bens industriais foi de 2,5%. Na comparação interanual, os resultados foram +3,6% e +6,7%, respectivamente.

Na abertura por atividades, após recuar 10,1% em maio, a demanda por bens da indústria de transformação cresceu 10,1% em junho. Por sua vez, a indústria extrativa-mineral teve alta de 7,7% no período. Em maio, a indústria extrativa havia crescido 3,1%. Na comparação com junho de 2017, os resultados foram positivos em 2,6% e 9,1%, nesta ordem.



Com os resultados de junho, o consumo aparente de bens industriais encerra o segundo trimestre com queda de 2,1% na comparação com o trimestre anterior, livre de efeitos sazonais. Assim, o indicador consolida sua segunda queda consecutiva. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, contudo, houve alta de 2,7%.



Entre seus componentes, produção doméstica líquida de exportações recuou 1,2% na comparação com o primeiro trimestre do ano, enquanto as importações de bens industriais registraram queda de 5,0%. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, contudo, houve alta de 0,8% e 11,3%, respectivamente.

Já na abertura por atividades, a demanda por bens da indústria de transformação caiu 3,0% no segundo trimestre, na série também ajustada sazonalmente. A indústria extrativa-mineral, por sua vez, teve alta de 3,1% na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano. Em termos interanuais, houve alta de 2,2% e queda de 1,5%, nesta ordem.

Zona do Euro: Inflação anual acelera novamente em julho

Divulgado hoje pelo Eurostat, o departamento de estatísticas europeu, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) anualizado da Zona do Euro confirmou sua prévia ao acelerar de 2,0% em junho para 2,1% em julho. Um ano antes, a taxa era de 1,3%. O núcleo da inflação, medida que exclui preços voláteis como os de alimentos e energia, também acelerou no período, de 0,9% para 1,1%.



O mesmo ocorreu com a inflação anual da União Europeia, que acelerou sua taxa de 2,1% para 2,2% entre junho e julho. O resultado representa uma aceleração também na comparação com julho de 2017, quando a taxa era de 1,5%.

Nesta leitura, a inflação anual acelerou em 13 países da região, manteve-se estável em seis e desacelerou em nove. A menor taxa anual foi registrada na Grécia (0,8%), enquanto a taxa mais elevada foi observada novamente na Romênia (4,3%). Na abertura entre as quatro maiores economias europeias, Itália e França viram suas taxas de inflação anuais acelerarem de 1,4% para 1,9% e de 2,3% para 2,6%, respectivamente; ao passo que Alemanha e Espanha registraram a mesma taxa da última leitura (2,1% e 2,3%, nesta ordem).

Em julho, a maior contribuição para a aceleração do índice geral veio dos grupos energia (+0,89 p.p.), serviços (+0,64 p.p.), alimentos, álcool e tabaco (+0,49 p.p.) e bens industriais não-energéticos (+ 0,12 p.p.).