Ibre/FGV: Após queda, confiança da indústria estabiliza em julho
Divulgado nesta manhã pelo Ibre/FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) voltou a recuar, indo de 100,1 pontos em julho para 99,7 pontos em agosto. O resultado, que ocorre após estabilidade do indicador, é o menor desde janeiro deste ano. Em agosto de 2017, o ICI registrava 92,5 pontos.
Nesta leitura, a confiança recuou em 11 dos 19 segmentos industriais levantados pela pesquisa. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou de 99,0 para 97,9 pontos na passagem mensal, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu de 101,1 para 101,4 pontos. A queda do primeiro indicador foi determinada pelo aumento do nível dos estoques do setor, ao passo que a alta do segundo foi determinada pela melhora das expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos próximos três meses.
Finalmente, após recuar por duas leituras consecutivas, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,3 p.p. em agosto, registrando 76,0%. O resultado, contudo, é insuficiente para compensar as quedas ocorridas em junho e julho.
BCB: Transações correntes acumula déficit de US$ 15,0 bilhões em doze meses
Foram divulgados ontem, pelo Banco Central do Brasil (BCB), os resultados do Balanço de Pagamentos do país referentes a julho. Nesta leitura, as Transações Correntes registraram déficit de US$ 4,4 bilhões. Em junho, o saldo havia sido superavitário, em US$ 508 milhões. Já seu déficit acumulado em doze meses cresceu pelo sexto mês consecutivo, passando de US$ 14,0 bilhões para US$ 15,0 bilhões.
O resultado negativo de julho se deve aos déficits de US$ 3,0 bilhões na Conta de Serviços e de US$ 5,3 bilhões na Conta de Rendas registrados no período - os quais o superávit de US$ 3,9 bilhões no Balanço de Pagamentos não foi suficiente para compensar. Abaixo, o saldo acumulado em doze meses para cada componente.
Em julho, a Balança Comercial registrou superávit de US$ 3,9 bilhões, saldo inferior ao registrado no mês anterior (US$ 5,5 bilhões). O resultado reflete um crescimento das exportações menor que o das importações. Enquanto as primeiras cresceram de US$ 20,1 milhões para US$ 22,8 milhões, as últimas cresceram de US$ 14,6 milhões para US$ 18,9 milhões. O saldo acumulado em doze meses da conta reduziu-se, assim, de US$ 59,3 bilhões para US$ 54,4 bilhões.
A Conta de Serviços, por sua vez, manteve seu saldo em -US$ 3,0 bilhões na passagem de junho para julho. Assim, seu saldo acumulado em doze meses permanece inalterado, em -US$ 34,9 bilhões.
Já a Conta de Rendas aumentou seu déficit de US$ 2,2 bilhões em junho para US$ 5,4 bilhões em julho. Os gastos com juros, que passaram de US$ 0,9 bilhões para US$ 3,8 bilhões no período, exerceram a maior contribuição para o agravamento do déficit da conta. Pelo segundo mês consecutivo, seu saldo acumulado em doze meses caiu ao passar de -US$ 35,7 bilhões para -US$ 34,5 bilhões.
Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) tiveram forte queda de fluxo na passagem mensal, registrando entrada de US$ 3,9 bilhões neste mês (ante US$ 6,5 bilhões em junho). Nos últimos doze meses, houve entrada no país de US$ 64,2 bilhões em IDP, o equivalente a 3,3% do PIB. Apesar da queda, os investimentos diretos continuam a, sozinhos, cobrirem o déficit em transações correntes do país.