Informativo eletrônico - Edição 2461 Terça-feira, 28 de agosto de 2018

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Ibre/FGV: Após queda, confiança da indústria estabiliza em julho
  • BCB: Transações correntes acumula déficit de US$ 15,0 bilhões em doze meses


Economia Internacional

  • Alemanha: Após quedas, clima de negócios volta a avançar em agostoo


Dados da Economia Brasileira





Ibre/FGV: Após queda, confiança da indústria estabiliza em julho

Divulgado nesta manhã pelo Ibre/FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) voltou a recuar, indo de 100,1 pontos em julho para 99,7 pontos em agosto. O resultado, que ocorre após estabilidade do indicador, é o menor desde janeiro deste ano. Em agosto de 2017, o ICI registrava 92,5 pontos.



Nesta leitura, a confiança recuou em 11 dos 19 segmentos industriais levantados pela pesquisa. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou de 99,0 para 97,9 pontos na passagem mensal, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu de 101,1 para 101,4 pontos. A queda do primeiro indicador foi determinada pelo aumento do nível dos estoques do setor, ao passo que a alta do segundo foi determinada pela melhora das expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos próximos três meses.

Finalmente, após recuar por duas leituras consecutivas, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,3 p.p. em agosto, registrando 76,0%. O resultado, contudo, é insuficiente para compensar as quedas ocorridas em junho e julho.



BCB: Transações correntes acumula déficit de US$ 15,0 bilhões em doze meses

Foram divulgados ontem, pelo Banco Central do Brasil (BCB), os resultados do Balanço de Pagamentos do país referentes a julho. Nesta leitura, as Transações Correntes registraram déficit de US$ 4,4 bilhões. Em junho, o saldo havia sido superavitário, em US$ 508 milhões. Já seu déficit acumulado em doze meses cresceu pelo sexto mês consecutivo, passando de US$ 14,0 bilhões para US$ 15,0 bilhões.



O resultado negativo de julho se deve aos déficits de US$ 3,0 bilhões na Conta de Serviços e de US$ 5,3 bilhões na Conta de Rendas registrados no período - os quais o superávit de US$ 3,9 bilhões no Balanço de Pagamentos não foi suficiente para compensar. Abaixo, o saldo acumulado em doze meses para cada componente.



Em julho, a Balança Comercial registrou superávit de US$ 3,9 bilhões, saldo inferior ao registrado no mês anterior (US$ 5,5 bilhões). O resultado reflete um crescimento das exportações menor que o das importações. Enquanto as primeiras cresceram de US$ 20,1 milhões para US$ 22,8 milhões, as últimas cresceram de US$ 14,6 milhões para US$ 18,9 milhões. O saldo acumulado em doze meses da conta reduziu-se, assim, de US$ 59,3 bilhões para US$ 54,4 bilhões.



A Conta de Serviços, por sua vez, manteve seu saldo em -US$ 3,0 bilhões na passagem de junho para julho. Assim, seu saldo acumulado em doze meses permanece inalterado, em -US$ 34,9 bilhões.



Já a Conta de Rendas aumentou seu déficit de US$ 2,2 bilhões em junho para US$ 5,4 bilhões em julho. Os gastos com juros, que passaram de US$ 0,9 bilhões para US$ 3,8 bilhões no período, exerceram a maior contribuição para o agravamento do déficit da conta. Pelo segundo mês consecutivo, seu saldo acumulado em doze meses caiu ao passar de -US$ 35,7 bilhões para -US$ 34,5 bilhões.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) tiveram forte queda de fluxo na passagem mensal, registrando entrada de US$ 3,9 bilhões neste mês (ante US$ 6,5 bilhões em junho). Nos últimos doze meses, houve entrada no país de US$ 64,2 bilhões em IDP, o equivalente a 3,3% do PIB. Apesar da queda, os investimentos diretos continuam a, sozinhos, cobrirem o déficit em transações correntes do país.





Alemanha: Após quedas, clima de negócios volta a avançar em agosto

Divulgado ontem (27/08) pelo Instituto Ifo, o índice de clima de negócios (Business Climate Index) da Alemanha registrou forte alta ao passar de 101,7 pontos em julho para 103,8 pontos em agosto, na série livre de efeitos sazonais. O resultado, que ocorre após duas leituras de queda consecutivas, é o maior desde fevereiro deste ano (104,3 pontos). Em agosto de 2017, o indicador registrava 103,7 pontos, patamar similar ao atual.



O bom desempenho de agosto pode ser explicado tanto pela melhora da avaliação das empresas sobre a situação atual dos negócios, quanto pela melhora de suas expectativas. Enquanto o primeiro indicador avançou 1,0 ponto na série ajustada sazonalmente, para 106,4 pontos, o segundo indicador registrou alta de 3,0 pontos, para 101,2 pontos. As altas ocorrem após sucessivas leituras de desempenho fraco ou negativo e levam os indicadores de situação atual e expectativas para seus melhores patamares desde março (107,1 pontos) e fevereiro (100,4 pontos) deste ano, nesta ordem.

Todos os setores levantados pela pesquisa registraram melhora nesta leitura. A indústria de transformação avançou após seis leituras de queda consecutivas. O mesmo ocorreu com o setor de serviços, cujo clima de negócios melhorou de maneira significativa, e no setor de construção, cujo indicador continuou a melhorar a um ritmo recorde. O indicador do comércio também melhorou, embora mais moderadamente.





 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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