Ipea: Demanda por bens industriais recua novamente em agosto

Divulgado na manhã de ontem (19/10), o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais (definido como a produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações) registrou queda de 0,6% na passagem de julho para agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado, que vai de encontro ao da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), de -0,3%, ocorre após uma queda de 0,6% na última leitura. Na comparação interanual, isto é, com agosto de 2017, houve alta de 3,7% (ante 6,8% em julho).






Com o resultado desta leitura, o indicador acumula uma alta de 4,8% no ano e de 5,5% em doze meses. Em julho, os acumulados eram de 4,9% e 5,7%, respectivamente.




Entre os componentes do Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, a produção interna líquida de exportações recuou 0,8% na passagem mensal, na série ajustada sazonalmente, enquanto as importações de bens industriais cresceram 1,1% no mesmo período. Já na comparação interanual, as altas foram de 1,9% e 12,2%, respectivamente.

Na abertura por atividades, após crescer 1,2% em julho, a demanda por bens da indústria de transformação recuou 1,6% em agosto. A demanda por bens da indústria extrativa, por outro lado, registrou forte alta de 29,9% no período, após ter recuado 19,2% na última leitura. Na comparação interanual, os resultados foram 4,1% e 2,7%, respectivamente.

China: PIB desacelera pela segunda vez seguida e é o mais baixo desde 2009

O Departamento Nacional de Estatísticas (National Bureau of Statistics - NBS) chinês divulgou os resultados do PIB referentes ao terceiro trimestre de 2018. Na comparação frente ao mesmo período do ano anterior, o país apresentou crescimento de 6,5%, taxa interanual menor do que a registrada no trimestre anterior (6,7%). É o pior valor para a série desde o primeiro trimestre de 2009.




No acumulado do ano o PIB chinês cresceu 6,7%, superior à meta de crescimento do governo de 6,5% ao ano. Na mesma métrica, o crescimento da indústria foi de 6,4%, uma desaceleração de 0,3% em relação a média da primeira metade de 2018. Enquanto o setor de serviços cresceu 7,8%, 0,2 p.p. a menos que a primeira metade do ano.

Já pela ótica da demanda, houve uma desaceleração de 0,1 p.p. no consumo das famílias, registrando uma expansão de 9,3% em 2018 em comparação com o mesmo período do ano anterior. A formação bruta de capital fixo registrou crescimento de 5,4% nesta base de comparação, 0,6 p.p. a menos que os primeiros seis meses do ano. Em relação ao setor externo, as exportações nos três trimestres de 2018 cresceram 6,5% em relação ao mesmo período de 2017; já as importações aumentaram 14,1%.