FGV: Melhora o clima econômico das maiores economias da América Latina
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto IFO da Alemanha, divulgou nesta manhã os resultados do Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE). Entre julho e outubro, o indicador (que representa o saldo entre a proporção de avaliações positivas e negativas sobre o estado das economias da região) observou melhora, embora continue registrando clima desfavorável, com um saldo negativo de 10,7 pontos.
A melhora no resultado do ICE reflete o avanço do Indicador de Expectativas (IE) da região, que passou de saldo zero em julho para 21,6 pontos em outubro, indicando otimismo no horizonte de seis meses. No mesmo período, o Indicador de Situação Atual (ISA) apresentou leve melhora, avançando 1,7 pontos, porém ainda registrando saldo negativo (-38,3), o que representa pessimismo em relação ao estado atual das economias latino-americanas.
Entre os 11 países da região selecionados, cinco estão com saldo positivo. Destes, três registraram avanço em seus saldos positivos no período: Chile, Paraguai e Peru. Colômbia e Bolívia mantiveram seus saldos positivos, mas tiveram queda em relação à última leitura. Argentina, Brasil, Equador e Venezuela figuram como os países com as avaliações mais desfavoráveis, com este último no limite da má avaliação.

Segundo especialistas consultados pela sondagem, destacam-se como problemas relevantes ao crescimento econômico dos países: a falta de inovação (considerado em todos os 11 países selecionados); infraestrutura inadequada (9 países); corrupção (9); falta de competitividade internacional (9); falta de mão de obra qualificada (8); falta de confiança na política do governo (7); demanda insuficiente (7); barreiras ao investimento (7); desigualdade de renda (6); falta de capital (5); clima desfavorável para estrangeiros (4); instabilidade política (5); gerenciamento da dívida (3); barreiras às exportações (2); e, política do Banco Central (2).
O ICE do Brasil passou de -45,9 pontos em julho para -33,9 pontos em outubro. A melhora no caso brasileiro se deve principalmente ao avanço do IE (de 12,0 pontos para 25,9 pontos). O ISA do país, embora ainda bastante negativo, avançou de -88,0 pontos para -77,8 pontos no mesmo período.
Focus: IPCA recua novamente; PIB e Produção Industrial permanecem estáveis
O Banco Central do Brasil divulgou nesta manhã o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB em 2018 registrou estabilidade em 1,36% pela segunda semana consecutiva, assim como a expectativa para 2019, que permaneceu em 2,50%.
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Para o IPCA de 2018, a expectativa recuou de 4,40% para 4,23%, a terceira baixa consecutiva. Já a expectativa para 2019 recuou 0,01 p.p., registrando 4,21%.

Em relação às expectativas para a Taxa Selic, não houve alterações. As taxas esperadas para 2018 e 2019 permaneceram em 6,50% e 8,00%, respectivamente, pela 24º e 43º semana consecutiva. No que diz respeito à taxa de câmbio ao final de 2018 e 2019, houve estabilidade em R$/US$ 3,70 e queda de R$/US$ 3,80 para R$/US$ 3,76.

Por fim, após recuar 0,49 p.p. na última leitura, o crescimento esperado para a produção industrial em 2018 permaneceu em 2,22%. Já a expectativa para o crescimento da produção para o ano que vem recuou 0,20 p.p., registrando 3,04%, ante crescimento de 0,10 p.p. na leitura passada.

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