Ibre/FGV: Confiança da construção atinge maior nível em mais de três anos

O Índice de Confiança da Construção (ICST), publicado do Ibre/FGV, atingiu 84,7 pontos após subir 2,9 pontos em novembro. Esta foi a sua terceira alta consecutiva, levando ao maior nível desde janeiro de 2015 (quando o indicador registrava 85,4 pontos). Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o índice avançou 2,4 pontos, enquanto que na comparação interanual (isto é, em relação a novembro de 2017) a alta foi de 6,2 pontos.



Em novembro, a alta da confiança dos empresários do setor foi impulsionada principalmente pela expectativa de recuperação da demanda e de melhora dos negócios no curto prazo, movimento influenciado pelo desfecho das eleições, relatou o Ibre. Conjuntamente, os indicadores de atividade, mesmo que mostrando uma retomada muito lenta, já começam a repercutir positivamente sobre o emprego, indicando uma direção de retomada, segundo a publicação.
Com isso, houve uma melhora tanto nas expectativas em relação aos próximos meses como nas avaliações sobre o cenário atual. O índice de Expectativas (IE-CST) foi o maior responsável pelo aumento da confiança em novembro, com uma alta de 4,8 pontos levando a atingir 95,8 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,1 ponto, chegando a 74,1 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI), por sua vez, caiu 1,3 ponto percentual, para 64,7%, sua segunda baixa consecutiva. O resultado, embora ainda bastante abaixo de sua média histórica, é superior ao registrado em outubro de 2017 (63,8%). Tanto o NUCI de Mão de Obra (-1,4 p.p.) quanto o de Máquinas e Equipamentos (-1,0 p.p.) recuaram nesta leitura.



Por fim, também divulgado pelo Ibre/FGV, o índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou em novembro para 0,26%, ante 0,33% registrado em outubro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve variação de 0,56%, acima do mês anterior, quando a alta chegou a 0,46%. O índice referente à Mão de Obra, por sua vez, não variou. No mês anterior este índice havia registrado alta de 0,22%.

CPB: Volume de comércio mundial recua em setembro

Após crescer 0,2% em agosto, o monitor do comércio mundial registrou queda de 1,1% em setembro. O resultado, divulgado pelo Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis, reverte duas leituras positivas consecutivas do indicador. Na comparação interanual, isto é, com setembro de 2017, o monitor do comércio mundial cresceu 2,3%.



Enquanto as exportações totais recuaram 0,2% na comparação com o mês anterior, as importações registraram queda de 2,0% em setembro. Já na comparação interanual, as exportações registraram alta de 2,7%, ao passo que as importações cresceram 2,0%.

Na abertura entre regiões, o destaque desta leitura fica com África e Oriente Médio, onde o volume de comércio cresceu 0,7% na passagem mensal e 1,5% na comparação com igual período do ano anterior. No Leste Europeu, a alta mensal foi de 0,4%, enquanto a comparação interanual registrou crescimento de 2,4%. América Latina e Ásia emergente recuaram ambas 2,4% na passagem mensal, mas cresceram 2,3% e 4,6% na comparação interanual.

Já no agregado das economias emergentes, o volume de comércio teve queda de 1,9% na passagem de agosto para setembro e alta de 3,8% na comparação interanual. Para as economias desenvolvidas, o crescimento interanual foi de 1,3%, enquanto a comparação com o mês anterior registrou queda de 0,6%.