Informativo eletrônico - Edição 2520 Quarta-feira, 28 de novembro de 2018

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Economia Brasileira

  • Ibre/FGV: Confiança do Comércio atinge maior nível desde 2014
  • Ibre/FGV: Incerteza volta a avançar em novembro
  • IBGE: Preços da indústria geral recuaram em outubro
  • BCB: Transações correntes acumula déficit de 15,4 bilhões em 12 meses
Dados da Economia Brasileira





Ibre/FGV: Confiança do Comércio atinge maior nível desde 2014

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), divulgado esta manhã pelo Ibre/FGV, avançou de 92,5 para 99,4 pontos na série com ajuste sazonal, o maior nível desde março de 2014, quando o indicador registrava 101,9 pontos. Em relação a novembro de 2017, a alta foi de 6,6 pontos, na série sem ajuste sazonal.



“A alta expressiva de novembro confirma a recuperação da confiança do setor, um resultado que parece ter sido influenciado principalmente pela melhora das expectativas com o encerramento do período eleitoral. Novos avanços dependerão da continuidade da recuperação do mercado de trabalho e da redução adicional da incerteza”, segundo avaliação de Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio do Ibre/FGV.

A alta da confiança em outubro atingiu 10 dos 13 segmentos e foi influenciada tanto melhora da percepção dos empresários com relação a situação atual quanto pelas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 5,1 pontos para 93,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 8,4 pontos e atingiu 105,5 pontos, o maior valor desde setembro de 2012 (106,0 pontos).




Ibre/FGV: Incerteza volta a avançar em novembro

Após ter recuado 11,2 pontos em outubro, o Indicador de Incerteza da Economia (IEE-Br) voltou a avançar em novembro, ao subir 1,4 ponto e registrar 111,7 pontos, mantendo um comportamento de incerteza alta. Na comparação interanual, isto é, com novembro de 2017, quando o indicador registrava 103,1 pontos, a alta foi de 8,6 pontos. Vale lembrar que, quanto maior a pontuação do indicador, maior a incerteza em relação à economia doméstica.



Pela métrica da média semestral móvel, o IIE-Br recuou pela segunda leitura consecutiva, atingindo 116,9 pontos. Na última leitura, o indicador havia atingido seu maior nível por esta métrica (118,2 pontos) desde setembro de 2016.

O avanço da incerteza observada em novembro foi influenciado principalmente pelo componente Mídia que subiu 3,7 pontos e contribuiu com 3,2 pontos para o índice geral, enquanto que o componente Expectativa recuou 8,4 pontos e teve contribuição de -1,8 ponto para o comportamento do indicador no mês.


IBGE: Preços da indústria geral recuaram em outubro

Segundo divulgação do IBGE, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) referente ao mês de outubro recuou 0,84% na passagem de setembro para outubro. Esse é o primeiro resultado negativo do indicador desde julho de 2017, quando os preços ao produtor recuaram 1,01%. Em setembro deste ano, o índice havia avançado 2,91% e em outubro de 2017, 1,80%. Com o resultado, a taxa acumulada no ano chegou a 13,04% e em 12 meses a 15,12%.



Na abertura entre os grandes setores industriais, a queda do IPP foi reflexo principalmente da Indústria Extrativa, cujos preços recuaram 2,24%, enquanto a Indústria de Transformação observou deflação de 0,76%. Em setembro de 2018, os preços de ambos os setores haviam avançado 12,82% e 2,45%, respectivamente. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses fica em 40,19% para a Indústria Extrativa, ao passo que na Indústria de Transformação a variação é de 14,09%.



Na abertura entre as 23 atividades industriais pesquisadas, 15 apresentaram deflação nos preços. As maiores variações foram observadas nas atividades fumo (-6,62%), outros equipamentos de transporte (-5,84%), madeira (-4,44%) e impressão (-4,31%). Já em termos de influência, nesse mesmo tipo de comparação, sobressaíram alimentos (-0,36 p.p.), metalurgia (-0,27 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,20 p.p.) e outros equipamentos de transporte (-0,14 p.p.).

Já em relação as grandes categorias econômicas, destaque para os preços dos bens de capital, que recuaram 2,46% no período, seguido por bens intermediários (-0,84%) e bens de consumo (-0,41%).


BCB: Transações correntes acumula déficit de 15,4 bilhões em 12 meses

Em outubro de 2018, as transações correntes foram superavitárias em US$ 329 milhões, resultado acima dos US$ 290 milhões registrados no mês anterior, segundo divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB) durante esta manhã. Um ano antes, as transações correntes registravam resultado negativo em US$ 686 milhões. Com isso, o déficit acumulado nos 12 meses diminui para US$ 15,4 bilhões (0,80% do PIB) em outubro, ante US$ 16,4 bilhões em setembro.



O resultado positivo de outubro foi favorecido pelo superávit comercial de US$ 5,4 bilhões, que compensou os déficits na Conta de Serviços (-US$ 3,1 bilhões) e na Conta de Rendas (-US$ 2,0 bilhões). Abaixo, o saldo acumulado em 12 meses para cada componente.



O aumento no saldo comercial de outubro, em relação aos US$ 4,6 bilhões registrados em setembro, foi reflexo do aumento das exportações acima das importações. Na passagem mensal, as exportações registraram alta de US$ 3,0 bilhões, passando de US$ 19,0 bilhões de US$ 22,0 bilhões, enquanto as importações avançaram US$ 2,1 bilhões (de US$ 14,4 bilhões para US$ 16,5 bilhões). O saldo acumulado em doze meses da conta aumentou, assim, de US$ 51,2 bilhões para US$ 51,7 bilhões.



A conta de serviços atingiu déficit de US$3,1 bilhões no mês, US$ 900 milhões maior que o observado em setembro, pressionada principalmente pelos resultados negativos de Viagens (-US$ 1,1 bilhão ante US$ 0,8 bilhão) e Aluguel de Equipamentos (-US$ 1,3 bilhão ante –US$ 1,0 bilhão). Assim, seu déficit acumulado em doze meses avança de -US$ 34,3 bilhões para -US$ 34,8 bilhões.



Já a Conta de Rendas diminuiu seu déficit US$ 61 milhões em outubro, influenciada pelo aumento no superávit de Renda Secundária, de US$ 144 milhões para US$ 304 milhões. Renda Primária, por sua vez, viu seu déficit subir, de US$ 2,2 bilhões para US$ 2,3 bilhões, principalmente por conta dos gastos líquidos com juros, que somaram US$ 1,1 bilhão no mês, comparativamente a US$ 344 milhões em setembro desse ano. As despesas líquidas de lucros e dividendos, por outro lado, somaram US$ 1,2 bilhões, US$ 941 milhões menores que no mês de setembro. Com isso, o déficit acumulado em 12 meses reduz-se, de USS 32,9 bilhões para US$ 32,3 bilhões.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) observaram um grande aumento de fluxo na passagem mensal, registrando entrada de US$ 10,4 bilhões neste mês (ante US$ 8,9 bilhões em setembro). Nos últimos doze meses, houve entrada de US$ 75,0 bilhões em IDP, o equivalente a 3,89% do PIB, acima do déficit das transações correntes.






 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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