Focus: PIB e IPCA recuam; Produção Industrial permanece estável
O Banco Central do Brasil divulgou nesta manhã o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento em 2018 recuou pela primeira vez após sete semanas, indo de 1,39% para 1,32%. O crescimento esperado para 2019, por outro lado, subiu 0,03 p.p., registrando 2,53% nesta leitura.
Para o IPCA de 2018, a expectativa recuou de 3,94% para 3,89%, a sexta baixa consecutiva. Já a expectativa para 2019 caiu 0,01 p.p., para 4,11%.
Em relação às taxas esperadas para a Selic em 2018 e 2019, não houve alterações, com a expectativa de manutenção da meta de 6,50% ao fim deste ano e em 7,75% ao fim do ano que vem pela 27º e 2º semana seguida, respectivamente. No que diz respeito à taxa de câmbio ao final de 2018 e 2019, houve aumento de R$/US$ 3,70 para R$/US$ 3,75 e de R$/US$ 3,78 para R$/US$ 3,80, respectivamente.
Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial em 2018 registrou estabilidade em 2,16%, após duas leituras consecutivas de queda. O mesmo ocorreu com a expectativa para o crescimento da produção para o ano que vem, que permaneceu em 3,02%, após queda de 0,02 p.p. na semana passada.
Ipea: Demanda por bens industriais recuou novamente em setembro
Divulgado pelo IPEA, o Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais (definido como a produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações) registrou queda de 2,3% na passagem de agosto para setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado, que vai de encontro ao da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (1,8%), ocorre após uma queda de 0,7% na última leitura. Na comparação interanual, isto é, com setembro de 2017, houve queda de 1,8%, ante aumento de 5,1% em agosto, interrompendo uma sequência de três altas.
Com o resultado desta leitura, o indicador acumula uma alta de 4,4% no ano e de 5,1% em doze meses. Em agosto, os acumulados eram de 5,3% e 5,8%, respectivamente.
Entre os componentes do Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, a produção interna líquida de exportações caiu 1,3% na passagem mensal, na série ajustada sazonalmente, enquanto as importações de bens industriais recuaram 4,0% no mesmo período.
Na abertura por atividades, após cair 2,8% em agosto, a demanda por bens da indústria de transformação recuou 1,5% em setembro. Enquanto a demanda por bens da indústria extrativa observou queda de 15,8%, após ter registrado forte alta no mês anterior (30,6%). Na comparação interanual, os resultados foram -0,7% e -14,6%, respectivamente.