BCB: Déficit em transações correntes foi de US$ 14,5 bilhões em 2018

Segundo divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), as transações correntes foram deficitárias em US$ 815 milhões em dezembro de 2018, resultado abaixo do saldo negativo em US$795 milhões registrados no mês anterior. Um ano antes, as transações correntes registravam déficit de US$ 2,1 bilhões. Com isso, o déficit em 2018 foi de US$ 14,5 bilhões (0,77% do PIB), resultado pior que o registrado em 2017 (-US$ 7,2 bilhões).



O saldo negativo de dezembro foi resultado dos déficits nas contas de Serviços (-US$ 3,3 bilhões) e Renda Primária e Secundária (-US$ 3,7 bilhões); que mais que compensaram o superávit de US$ 6,2 bilhões na Balança Comercial. Abaixo, o saldo anual para cada componente.



O aumento no saldo comercial de dezembro, em relação aos US$ 3,6 bilhões registrados no mês anterior, foi reflexo principalmente do declínio maior das importações em relação às exportações. Na passagem mensal, o primeiro grupo observou queda de US$ 4,0 bilhões, passando de US$ 17,3 bilhões para US$ 13,3 bilhões; enquanto as exportações retraíram US$ 1,4 bilhões (de US$ 20,9 bilhões para US$ 19,5 bilhões). O saldo em 2018 da conta retraiu para US$ 53,6 bilhões ante US$ 64,0 bilhões em 2017.



A conta de serviços atingiu déficit de US$ 3,3 bilhões no mês, valor US$ 562 milhões menor que o observado em novembro, pressionada pelos resultados negativos de todos os componentes, com destaque para Aluguel de equipamentos, que teve saldo deficitário em US$ 1,6 bilhão, seguido por Viagens (-US$ 915 milhões ante US$ 921 milhões) e Transportes (-US$ 471 milhões ante -US$ 501 milhões). Demais serviços passou de US$ 102 milhões em novembro para -US$ 300 milhões em dezembro. Assim, o déficit registrado em 2018 foi de -US$ 34,4 bilhões.



A conta de Renda Primária aumentou seu déficit de US$ 1,9 bilhão em novembro para US$ 3,9 bilhões em dezembro, influenciada pelo resultado negativo de Juros (-US$ 2,4 bilhões ante -US$ 0,9 bilhão) e Lucros e dividendos (-US$ 1,5 bilhão ante US$ 1,0 bilhão). Em 2018, o saldo acumulado para a conta foi de –US$ 36,7 bilhões. Renda Secundária, por sua vez, teve queda no superávit na passagem mensal, de US$ 241 milhões para US$ 140 milhões, com o acumulado em 12 meses registrando US$ 2,5 bilhões.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) observaram queda de fluxo na passagem mensal, registrando entrada de US$ 8,9 bilhões em dezembro (ante US$ 10,3 bilhões em novembro). Em 2018, houve entrada de US$ 88,3 bilhões em IDP, o equivalente a 4,70% do PIB, cobrindo a totalidade do déficit das transações correntes.




Ibre/FGV: Confiança da indústria volta a ter alta em janeiro

Divulgado nesta manhã (29/01) pelo Ibre/FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) voltou a crescer ao avançar de 95,6 pontos em dezembro para 98,2 pontos em janeiro, na série livre de efeitos sazonais. O resultado, que veio acima da prévia do indicador divulgada na semana passada, reverteu a tendência de queda da leitura passada e atingiu o maior nível desde agosto de 2018. É importante frisar que apesar da melhora, o ICI ainda está em um patamar de pessimismo.



Em janeiro, a confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados e é reflexo principalmente da melhora da expectativa em relação aos próximos meses. Com isso, índice de Expectativas (IE) avançou 4,3 pontos, para 99,5 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,0 ponto, para 97,0 pontos.



Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor recuou pela quarta leitura consecutiva, em -0,5 p.p., na passagem de dezembro para janeiro, registrando 72,7%.