Informativo eletrônico - Edição 2588 Terça-feira, 26 de março de 2019

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Economia Brasileira

  • BCB: Transações correntes acumula déficit de US$ 13,9 bilhões em 12 meses
  • Caged: Saldo de admissões e demissões foi de 173,2 mil em fevereiro
  • IBGE: Puxado por Alimentos e bebidas, IPCA-15 acelera para 0,54% em março
Dados da Economia Brasileira





BCB: Transações correntes acumula déficit de US$ 13,9 bilhões em 12 meses

Segundo divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), as transações correntes foram deficitárias em US$ 1,1 bilhão em fevereiro, resultado superior ao saldo de -US$ 6,5 bilhões observados no mês anterior. Um ano antes, as transações correntes registravam déficit de US$ 2,0 bilhões. Com isso, o déficit acumulado nos 12 meses foi de US$ 13,9 bilhões (0,74% do PIB), resultado pior que o acumulado até fevereiro de 2018 (-US$ 9,8 bilhões).



Em fevereiro, o menor déficit em TC em comparação com o mês anterior foi resultado da melhora no saldo de todas as contas, principalmente a de Rendas (primária e secundária), que diminuiu seu déficit de US$ 5,6 bilhões em janeiro para US$ 2,2 bilhões neste mês. O saldo de Serviços também melhorou, indo de -US$ 2,6 bilhões para -US$ 2,1 bilhões. A Balança comercial, por sua vez, aumentou seu superávit em +US$ 1,5 bilhão, registrando US$ 3,2 bilhões em fevereiro.



O maior saldo comercial no mês foi reflexo da queda de US$ 3,8 bilhões das Importações, que somaram US$ 13,1 bilhões. As Exportações também recuaram, porém em ritmo menor, caindo de US$ 18,5 bilhões para US$ 16,2 bilhões. Assim, o saldo comercial acumulado em 12 meses foi de US$ 53,3 bilhões, inferior aos US$ 62,2 bilhões observados em fevereiro de 2018.



A conta de Serviços registrou seu menor déficit desde fevereiro de 2016, com as quedas nos saldos negativos dos componentes Viagens (-US$ 761 milhões ante - US$ 986 milhões em janeiro), Transportes (-US$ 438 milhões ante - US$ 537 milhões) e Demais serviços (+US$ 11 milhões ante - US$ 169 milhões). Aluguel de equipamentos teve ligeira piora, indo de - US$ 864 milhões para - US$ 870 milhões. Com os resultados, o saldo acumulado em 12 meses dos Serviços fica em - US$ 33,1 bilhões (ante - US$ 34,4 bilhões em fevereiro de 2018).



A queda do déficit em Rendas (primária e secundária), por sua vez, foi resultado do menor pagamento líquido de Juros no período, resultado em uma queda de US$ 3,5 bilhões no saldo negativo desta rubrica, que ficou em -US$ 779 milhões em fevereiro. Lucros e dividendos, por outro lado, passou de - US$ 1,5 bilhão para - US$1,7 bilhão. Com isso, a conta de Rendas acumula déficit de US$ 34,0 bilhões em 12 meses.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) observaram aumento de fluxo na passagem mensal, registrando entrada de US$ 8,4 bilhões em fevereiro (ante US$ 5,9 bilhões em dezembro). Em 12 meses, houve entrada de US$ 89,5 bilhões em IDP, o equivalente a 4,77% do PIB, cobrindo totalmente o déficit das transações correntes.




Caged: Saldo de admissões e demissões foi de 173,2 mil em fevereiro

Divulgados ontem (25/03) pelo Ministério do Trabalho, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam criação líquida de 173,2 mil postos de trabalho formais em fevereiro. Após abertura líquida de 34,3 mil vagas em janeiro, o resultado veio acima do resultado de fevereiro de 2018 (61,2 mil vagas) e da mediana das expectativas do mercado (90,0 mil). Na série com ajuste sazonal, houve criação de 48,4 mil postos formais, ante 24,8 mil em janeiro. No acumulado em 12 meses, o saldo registrado de admissões e demissões formais foi de +489,5 mil vagas.



Pela abertura setorial, destaque mais uma vez para os Serviços, cujo saldo líquido foi positivo em 29,6 mil vagas, na série com ajuste sazonal. Os outros setores a registrar saldo positivo foram: Comércio (+15,4 mil vagas), Indústria de Transformação (+2,6 mil); Construção Civil (+1,9 mil); Indústria Extrativa Mineral (+391 vagas); Administração Pública (+173 vagas); e SIUP (+101 vagas). Apenas a Agropecuária registrou fechamento líquido de vagas, em 1,7 mil, sendo este o quinto resultado negativo consecutivo. Abaixo, o saldo acumulado em 12 meses para cada uma das atividades.



No que diz respeito à economia paulista, o estado teve um saldo positivo de 29,6 mil vagas em fevereiro, ante criação de 2,9 mil postos em janeiro. Em fevereiro de 2018, houve criação líquida de 15,3 mil postos de trabalho no estado. Assim, o saldo acumulado em doze meses passou de 46,3 mil em janeiro para 60,6 mil nesta leitura.


IBGE: Puxado por Alimentos e bebidas, IPCA-15 acelera para 0,54% em março

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), do IBGE, acelerou de 0,34% em fevereiro para 0,54% em março, a maior variação para o mês desde 2015. No mesmo período de 2018, o IPCA-15 registrava 0,10%. Com o resultado desta leitura, o índice acumula uma alta de 4,18% nos últimos doze meses, ante 3,73% no acumulado até fevereiro. Já no acumulado do ano, o IPCA-15 subiu 1,18%.



O núcleo da inflação, medida que exclui preços voláteis como alimentos e energia, foi na contramão do índice geral e apresentou desaceleração, de 0,43% para 0,26%. Em 12 meses, a taxa acumulada passou de 3,60% para 3,73%, enquanto que no acumulado do ano indica alta de 1,02%.



A aceleração do IPCA-15 de março deve-se ao comportamento tanto dos preços livres quanto dos administrados. O primeiro grupo passou de 0,43% para 0,61%, influenciado principalmente pelos Bens de consumo não duráveis, que aceleraram em 0,94 p.p. para 1,46%. O segundo grupo foi de 0,09% em fevereiro para 0,35% em março. Com os resultados, os preços livres subiram 3,62% nos últimos 12 meses (ante 3,01% em fevereiro); ao passo que os preços administrados variaram 5,84% (ante 5,85%).




Das nove classes de despesa pesquisadas, apenas Artigos de Residência (-0,23%) e Comunicação (-0,19%) apresentaram deflação de fevereiro para março, com impacto de -0,02 p.p. no índice geral. Entre os que avançaram, Alimentação e Bebidas (1,28%) registrou a maior variação e o maior impacto, 0,32 p.p. sobre o IPCA-15 do mês, seguido por Transportes, que subiu 0,59% e contribui em 0,11 p.p. para o resultado final. Juntos, estes dois últimos grupos responderam por cerca de 80% do índice de março. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.





 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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