Informativo eletrônico - Edição 2592 Segunda-feira, 01 de abril de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Expectativa do crescimento do PIB continua em queda; Produção industrial volta a recuar
  • PNAD: Taxa de desocupação é de 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro
  • Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 18,3 bilhões em fevereiro
  • Ibre/FGV: Em março, confiança dos serviços cai novamente

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira






Focus: Expectativa do crescimento do PIB continua em queda; Produção industrial volta a recuar

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (01/04) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 caiu novamente, de 2,00% para 1,98%, sua quinta queda consecutiva; assim como o crescimento esperado para o ano que vem, que foi de 2,78% para 2,75%.



Em relação às expectativas para o IPCA de 2019 e 2020, houve estabilidade em 3,89% e 4,00%, respectivamente.



No que diz respeito às expectativas para a taxa Selic ao fim de 2019 e 2020, não houve alterações, com a taxa esperada para este ano permanecendo em 6,50%, enquanto que para o ano que vem espera-se uma Selic em 7,50%. Já em relação à expectativa para a taxa de câmbio ao fim deste ano e do próximo, houve estabilidade em R$/US$ 3,70 e R$/US$3,75, respectivamente, pela oitava semana consecutiva.



Por fim, após ter registrado estabilidade em 2,57% na leitura passada, o crescimento esperado para a produção industrial deste ano caiu para 2,50%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 3,00% pela 59ª semana consecutiva.




PNAD: Taxa de desocupação é de 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, divulgada pelo IBGE, indica uma taxa de desocupação de 12,4% no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2019. Frente ao mesmo trimestre de 2018, taxa de desemprego retraiu 0,2 pontos percentuais, quando registrava 12,6%. A pesquisa de dezembro a fevereiro de 2019 indica que há 13,1 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.



Pela série ajustada sazonalmente, a taxa de desocupação foi de 12,3% no trimestre encerrado em fevereiro, 0,2 p.p. acima do registrado no trimestre setembro-novembro (12,1%).

Novamente, o aumento da população ocupada (cerca de 1,0 milhão de empregos criados) se concentrou no setor informal da economia. Entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2018, 367 mil postos de trabalho sem carteira de trabalho foram criados; enquanto 99 mil postos de trabalho formal foram perdidos. No mesmo período, 644 mil pessoas passaram a trabalhar por conta-própria. Abaixo, a tabela com variação anual para cada categoria.



Por fim, o rendimento médio real habitual teve leve aumento em relação ao trimestre imediatamente anterior, passando de R$ 2.250,00 para R$ 2.285,00. No trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2018, o indicador registrava R$ 2.268,00.


Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 18,3 bilhões em fevereiro

O resultado primário do Governo Central referente ao mês de fevereiro, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi deficitário em R$ 18,3 bilhões, resultado ligeiramente superior ao registrado em fevereiro de 2018 (-R$ 19,2 bilhões) e abaixo das expectativas do mercado (-R$ 17,1 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses foi de R$ 120,1 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB, 0,1 p.p. abaixo do registrado em fevereiro de 2018 (1,6% do PIB).



O resultado superior em relação ao mesmo período de 2018 reflete principalmente o aumento das receitas com Imposto de Renda (+ R$ 5,0 bilhões); Arrecadação líquida para o RGPS (+R$ 1,7 bilhões); e Contribuição social sobre o lucro líquido (+R$ 1,2 bilhão). Com isso, a receita líquida foi R$ 7,1 bilhões maior em 2019. As despesas totais também aumentaram, em R$ 6,2 bilhões, puxadas por Benefícios previdenciários (+R$ 2,4 bilhões); Pessoal e encargos sociais (+R$ 1,3 bilhão); e pelo aumento das Despesas discricionárias (+R$ 1,0 bilhão).

Também foi divulgada pelo Tesouro Nacional a estimativa para a carga tributária brasileira em 2018, que ficou em 33,58%, um aumento de 0,97 p.p. do PIB em relação a 2017 (32,62%).


Ibre/FGV: Em março, confiança dos serviços cai novamente

Segundo o Ibre/FGV, o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) recuou 3,5 pontos na passagem de fevereiro para março, atingindo 93,0 pontos, na série ajustada sazonalmente. Com este resultado, que ocorre após queda de 1,7 ponto na última leitura, o indicador permanece abaixo da linha dos 100,0 pontos, continuando a indicar pessimismo no setor. Na comparação com março de 2018, contudo, houve avanço em 1,3 pontos na série sem ajuste sazonal.



A queda na confiança em fevereiro é devida principalmente à piora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S) recuou 5,7 pontos na passagem mensal e registrou 96,9 pontos. O resultado derruba o índice abaixo da linha dos 100,0 pontos após três leituras consecutivas indicando otimismo em relação ao futuro. Apesar da variação negativa, a média móvel trimestral do indicador sobe de 97,6 para 102,2 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA-S) também caiu, indo de 90,6 para 89,3 pontos, devolvendo integralmente o avanço conquistado em fevereiro. A média móvel trimestral do ISA, por outro lado, aumentou de 87,7 para 89,7 pontos.



Por fim, após ter caído 0,6 p.p. na última leitura, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor subiu 1,5 p.p. na série com ajuste sazonal, para 83,0%, o maior nível desde dezembro de 2015.










 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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