Focus: Crescimento do PIB segue em queda e IPCA avança; produção industrial permanece estável
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (08/04) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 caiu novamente, de 1,98% para 1,97%, sua sexta queda consecutiva; assim como o crescimento esperado para o ano que vem, que foi de 2,75% para 2,70%.
Em relação às expectativas para o IPCA de 2019, houve aumento de 0,01 p.p. para 3,90%. Para 2020, a expectativa ficou estável em 4,00%.
No que diz respeito às expectativas para a taxa Selic ao fim de 2019 e 2020, não houve alterações, com a taxa esperada para este ano permanecendo em 6,50%, enquanto que para o ano que vem espera-se uma Selic em 7,50%. Já em relação à expectativa para a taxa de câmbio ao fim deste ano e do próximo, houve estabilidade em R$/US$ 3,70 e R$/US$3,75, respectivamente, pela nona semana consecutiva.
Por fim, após ter caído 0,07 p.p. na leitura passada, o crescimento esperado para a produção industrial deste ano caiu para 2,50%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 3,00% pela 60ª semana consecutiva.
Ibre/FGV: IGP-DI avança 1,07% em março
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado esta manhã pelo Ibre/FGV, apresentou desaceleração na passagem de fevereiro para março, indo de 1,25% para 1,07%. Em março de 2018, o índice havia subido 0,56%. Com o resultado desta leitura, o IGP-DI acumula alta de 8,27% em 12 meses, ante 7,73% em fevereiro. Já no acumulando do ano, a variação é de 2,41%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) apresentou alta de 1,35% em março. Na abertura por estágios de processamento, Bens Finais passou de 1,77% para 1,70%; Bens intermediários acelerou de -0,16% para 0,68%. Matérias Primas Brutas, por outro lado, apresentou forte desaceleração no período, retraindo de 3,85% para 1,75%.
Na abertura por estágios de processamento, os preços dos produtos agrícolas diminuíram o ritmo ao avançar 3,02% em março ante 4,38% em fevereiro. O mesmo foi observado para os produtos industriais, cuja variação dos preços diminuiu de 0,95% para 0,80%. No acumulado em 12 meses, o primeiro grupo desacelera para 10,76% em março (ante 11,17%), enquanto que os preços industriais passam de 9,20% para 10,17%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) foi na contramão do índice geral ao acelerar de 0,35% para 0,65% na passagem mensal. A principal contribuição para a elevação da taxa do IPC partiu do grupo Transportes (-0,01% para +1,22%). Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,65% para +0,02%); Alimentação (+0,94% para +1,10%); Vestuário (-0,13% para +0,50%); e Comunicação (0,00% para 0,19%). No período, apenas Despesas diversas recuou no período, em -0,04% (ante +0,10% em fevereiro). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,31%, percentual superior ao registrado em fevereiro (+0,31%). Enquanto o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços cresceu 0,54%, o indicador relativo à Mão de Obra apresentou variação de 0,12% frente ao mês anterior. Em 12 meses, o INCC acumula alta de 4,06%.