Ipea: Indústria extrativa derruba demanda por bens industrias em fevereiro
Divulgado pelo IPEA, o Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais (definido como a produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações) registrou em fevereiro sua terceira queda consecutiva, de -0,9%, na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre encerrado em fevereiro observa retração na margem de 2,1%. Em janeiro, o indicador havia recuado 1,3%. Na comparação interanual, isto é, com fevereiro de 2018, houve estabilidade.

A queda na demanda por Bens Industrias em fevereiro foi reflexo da diminuição das Importações, que recuaram 14,2%. A Produção líquida de exportações, por outro lado, subiu 1,0%. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, as importações de Bens Industrias acumulam alta de 7,7%, enquanto que a Produção excluindo as exportações sobe 0,4%. Com os resultados, na mesma base de comparação a Demanda doméstica por bens da indústria registra alta de 1,8%.
Na abertura pelos grandes setores industrias, a queda de fevereiro foi resultado da menor demanda por bens da Indústria Extrativa, que recuou 19,4%, ante -12,9% em janeiro. Já a demanda por bens da Indústria de Transformação subiu 0,7%, ante recuo de 0,3% no mês anterior. No acumulado em 12 meses, o primeiro grupo registra retração de 10,5%, enquanto que o segundo tem alta de 3,3%.
IBGE: Preços ao produtor aceleram para 0,43% em fevereiro
Após recuar por quatro leituras consecutivas, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo IBGE, subiu 0,43% em fevereiro. Com este resultado, a variação acumulada em 12 meses acelera moderadamente de 8,32% em dezembro para 8,37% nessa leitura.

Na abertura entre os grandes setores industriais, a aceleração do IPP na passagem mensal reflete principalmente o comportamento dos preços da Indústria Extrativa, cuja variação passou de -7,59% em janeiro para 7,97 em fevereiro, contribuindo em 0,31 p.p. para o índice geral. Assim, a taxa acumulada em 12 meses para o setor fica em 22,02%, ante 15,56% em janeiro.
Já em relação à Indústria de Transformação, a inflação ao produtor acelerou de -0,46% para 0,12% nesta leitura, impactando o resultado final do IPP em 0,12 p.p.. Assim, a taxa acumulada em 12 meses para o setor fica em 7,77%, ante 7,97% no mês anterior.

Na abertura entre as 24 atividades industriais, 11 apresentaram variações positivas nos preços. As maiores influências positivas foram observadas na fabricação de Produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (+4,22%) e de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+1,48%), com impacto conjunto de 0,45 p.p. no índice geral. Já entre as quedas, destacam-se Outros produtos químicos (-1,85%) e Produtos alimentícios (-0,53%), com influência combinada de -0,28 p.p. no IPP.
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