Focus: Crescimento do PIB e da Produção industrial seguem em queda; IPCA volta a recuar
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (22/04) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 caiu novamente, de 1,95% para 1,71%, sua oitava queda consecutiva; assim como o crescimento esperado para o ano que vem, que foi de 2,58% para 2,50% (quinta queda seguida).

Em relação às expectativas para o IPCA de 2019, houve queda de 0,05 p.p. em relação à semana passada para 4,01%. Para 2020, a expectativa continua estável em 4,00%.

No que diz respeito às expectativas para a taxa Selic ao fim de 2019 e 2020, não houve alterações, com a taxa esperada para este ano permanecendo em 6,50%, enquanto que para o ano que vem espera-se uma Selic em 7,50%. Já a expectativa para a taxa de câmbio ao fim deste ano subiu para R$/US$ 3,75 após dez leituras seguidas estável em R$/US$ 3,75, ao passo que o câmbio esperado para 2020 subiu de R$/US$3,78 para R$/US$3,80.

Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial em 2019 seguiu com a tendência de queda observada desde a terceira semana de fevereiro, ao cair fortemente de 2,30% para 1,70%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 3,00% pela 62ª semana consecutiva.
Ibre/FGV: Atividade recua 0,4% em fevereiro
Divulgado pelo Ibre/FGV, o Monitor do PIB aponta retração de 0,4% na atividade econômica em fevereiro frente a janeiro, na série livre de influências sazonais. No mês anterior, o indicador havia registrado avanço de 0,3%. Já na comparação interanual, isto é, com fevereiro de 2018, houve aumento, de 2,3%, ante 0,9% no mês anterior. Pela métrica de média móvel trimestral, a atividade observou estabilidade em comparação com o trimestre encerrado em novembro.

Com o resultado, o monitor do PIB acumula alta de 1,1% nos 12 meses encerrados em fevereiro, ante 1,0% em janeiro.

Pela ótica da oferta, todos os componentes recuaram, com destaque para a Agropecuária, que variou -3,0%. Apesar da variação positiva da Indústria de Transformação e de Eletricidade (ambos em 0,3%), a Indústria caiu 1,3% puxado pelo forte recuo do setor Extrativo mineral, de 10,6%, e do setor da Construção, que retraiu 1,0% em sua quinta baixa consecutiva. Já os Serviços variaram negativamente em 0,1%, como reflexo do desempenho do setor de Transportes (-2,0%), Serviços imobiliários e APU (ambos em -0,3%). Entre os setores que subiram, destacam-se os Serviços de informação (+1,4%), seguido pelo Comércio e Intermediação financeira (ambos em +0,2%) e Outros serviços (+0,1%). No acumulado em 12 meses, a Agropecuária subiu 0,9% (ante 0,5% no mês anterior), a Indústria em 0,3% (ante mesmo resultado) e os Serviços em 1,3% (ante 1,2%).

Pela ótica da demanda, apenas a Formação bruta de capital fixo registrou avanço ao variar 2,4%. Exportações foi o componente a observar a maior retração, de 13,7%, enquanto as Importações caíram 11,6%. O Consumo do governo observou baixa de 1,4%, enquanto o Consumo das famílias caiu 0,1%. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada componente da demanda.
Ibre/FGV: Prévia da Sondagem da Indústria sinaliza melhora na confiança em abril
Divulgada nesta manhã pelo Ibre/FGV, a prévia da sondagem da indústria de abril sinaliza aumento de 0,4 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação a março, na série com ajuste sazonal. Caso confirmado o resultado, o ICI registraria 97,6 pontos e sinalizaria moderado pessimismo por parte do setor pela 11ª leitura seguida, desde maio de 2018, quando foi deflagrada a greve dos caminhoneiros.

De acordo com a publicação, o avanço da confiança em abril se deve à melhora da avaliação da situação atual por parte dos empresários. Assim, o Índice de Situação Atual (ISA) subiria 1,0 ponto para 98,1 pontos, com sua média móvel trimestral indo de 95,9 para 98,0 pontos. Já o Índice de Expectativas cairia moderadamente de 97,4 para 97,2 pontos, com a média móvel trimestral se elevando em 0,8 ponto e registrando 97,9 pontos.

Por fim, a prévia de abril sinaliza queda de 0,3 p.p. no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), atingindo 74,4%.
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