BCB: Transações correntes acumula déficit de US$ 13,7 bilhões em 12 meses
Segundo divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), as transações correntes foram deficitárias em US$ 494 milhões em março, resultado superior ao saldo de -US$ 1,1 bilhão observado no mês anterior. Um ano antes, as transações correntes registravam déficit de US$ 666 milhões. Com isso, o déficit acumulado nos 12 meses foi de US$ 13,7 bilhões (0,73% do PIB), resultado pior que o acumulado até março de 2018 (-US$ 11,9 bilhões).

Em março, o déficit menor em relação ao mesmo período de 2018 foi reflexo das contas de Serviços e Renda Primária e Secundária. O primeiro grupo diminuiu seu déficit de US$ 2,8 bilhões para US$ 2,1 bilhões. O saldo em Renda Primária também melhorou, indo de -US$ 4,0 bilhões para -US$ 3,3 bilhões, assim como Renda Secundária, que ficou em US$ 291 milhões em março (ante US$ 176 milhões um ano antes). A Balança Comercial, por outro lado, apresentou piora ao diminuir seu superávit de US$ 6,0 bilhões em março de 2018 para US$ 4,5 bilhões neste ano.

O menor saldo comercial em relação a março de 2018 foi reflexo da queda das exportações, que recuaram de US$ 20,1 bilhões para US$ 18,1 bilhões. As exportações também recuaram, porém em menor valor, indo de US$ 14,1 bilhões para US$ 13,6 bilhões. Assim, o saldo acumulado em 12 meses da balança comercial fica em US$ 51,9 bilhões, inferior aos US$ 61,2 bilhões registrados até março de 2018.

A conta de serviços, por sua vez, diminuiu seu déficit em US$ 710 milhões, registrando US$ 2,1 bilhões em março. Todos os componentes do Serviços apresentaram melhora, com destaque para Aluguel de Equipamentos, que subiu de - US$ 1,3 bilhão para - US$ 1,0 bilhão. Nos 12 meses encerrados em março de 2019, a conta de Serviços teve saldo negativo, em US$ 32,4 bilhões, ante déficit de US$ 34,7 bilhões no mesmo mês de 2018.

Renda Primária e Secundária também observaram déficit menor em março. Na comparação com 2018, Renda Primária passou de - US$ 4,0 bilhões para - US$ 3,2 bilhões, influenciado pelo menor pagamento de Lucros e dividendos ao exterior. Renda Secundária subiu de US$ 176 milhões para US$ 291 milhões. No acumulado em 12 meses, Renda Primária tem saldo negativo em US$ 35,7 bilhões (aumento de US$ 5,4 bilhões frente a março de 2018), enquanto Renda Secundária fica em US$ 2,6 bilhões (ante US$ 2,7 bilhões).

Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) observaram queda de fluxo na comparação interanual, indo de US$ 7,8 bilhões para US$ 6,8 bilhões. Em 12 meses, houve entrada de US$ 88,5 bilhões em IDP, o equivalente a 4,72% do PIB, cobrindo totalmente o déficit das transações correntes.
Ibre/FGV: Confiança do comércio fica estável em abril
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), divulgado pelo Ibre/FGV, ficou estável em 96,8 pontos em abril, após ter recuado por três leituras consecutivas e acumulado queda de 7,2 pontos no período. Com isso, o indicador permanece sinalizando pessimismo por parte do setor varejista (leituras abaixo de 100,0 pontos). Na comparação com abril de 2018, entretanto, o ICOM subiu 2,1 pontos.

A estabilidade de abril deve-se aos movimentos opostos da avaliação da situação atual e das expectativas para os próximos meses, que acabaram se anulando. Enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 3,2 pontos em sua terceira queda consecutiva, registrando 101,4 pontos, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 3,3 pontos e marcou 92,3 pontos, encerrando três meses seguidos de baixa. Importante ressaltar que apesar das variações observadas, os resultados ainda indicam otimismo em relação às expectativas para os próximos meses, enquanto as avaliações do momento presente se mostram pessimistas.
Ibre/FGV: Confiança da Construção permanece no mesmo patamar
Divulgado pelo Ibre/FGV na manhã de hoje, o Índice de Confiança da Construção (ICST) permaneceu em 82,5 pontos, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo mês de 2018, na série sem ajuste, houve aumento de 0,5 ponto na confiança.

A estabilidade desta leitura é reflexo dos movimentos distintos nas expectativas e na avaliação do momento presente. O Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 1,1 ponto e registrou 92,4 pontos, o menor valor desde outubro de 2018. Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,0 ponto e ficou em 73,0 pontos.

Após ter observado retração na leitura anterior, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 0,9 p.p., para 66,2%. O resultado, embora ainda abaixo de sua média histórica (70,1%), é superior ao registrado em abril de 2018 (65,0%). Tanto o NUCI para Máquinas e Equipamentos quanto o NUCI para Mão de Obra também subiram, em 0,3 e 1,0 ponto percentual, respectivamente.
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