Focus: Expectativa do crescimento do PIB segue em queda; Produção industrial volta a avançar
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (29/04) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 caiu novamente, de 1,71% para 1,70%, sua nona queda consecutiva; enquanto que o crescimento esperado para o ano que vem ficou em 2,50%, após cinco leituras consecutivas de baixa.

Em relação às expectativas para o IPCA de 2019 e 2020, houve estabilidade em 4,01% e 4,00%, respectivamente.

No que diz respeito às expectativas para a taxa Selic ao fim de 2019 e 2020, não houve alterações, com a taxa esperada para este ano permanecendo em 6,50%, enquanto que para o ano que vem espera-se uma Selic em 7,50%. Já a expectativa para a taxa de câmbio ao fim deste ano permaneceu em R$/US$ 3,75, ao passo que o câmbio esperado para 2020 caiu de R$/US$3,80 para R$/US$3,79.

Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial em 2019 recuperou parte da queda de 0,60 p.p. observada na semana passada, ao subir de 1,70% para 2,00%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 3,00% pela 63ª semana consecutiva.
Ibre/FGV: Confiança da indústria melhora em abril
Divulgado nesta manhã (29/04) pelo Ibre/FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu de 97,2 para 97,9 pontos em abril, recuperando parte da queda de 1,8 ponto observada no mês anterior. O resultado veio ligeiramente acima da prévia divulgada na semana passada (97,6), mas é inferior ao registrado um ano antes (102,2 pontos). É importante frisar que apesar da melhora, o ICI ainda está em um patamar de pessimismo, situação observada desde junho de 2018, logo após a greve dos caminhoneiros.

Como indicado pela prévia, o avanço da confiança em abril é resultado da melhora das avaliações em relação ao momento presente. O índice de Situação Atual (ISA) subiu de 97,1 para 98,5 pontos, com sua média móvel trimestral registrando 98,1 pontos (ante 95,9 no trimestre encerrado em janeiro). Já o Índice de Expectativas (IE) permaneceu em 97,4 pontos, com sua média móvel trimestral indo de 97,1 para 98,0 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por fim, foi na contramão e caiu 0,2 p.p., marcando 74,5%. Em março, o indicador havia permanecido estável.
Ibre/FGV: IGP-M desacelera para 0,92% em abril
Segundo divulgação do Ibre/FGV, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,92% em abril, abaixo da variação de 1,26% registrada em março. Em abril de 2018, o índice havia registrado alta de 0,57%. Com este resultado, o saldo acumulado em 12 meses acelera de 8,27% em março para 8,64% nesta leitura, enquanto que a variação acumulada em 2019 fica em 3,10%.

O índice de Preços ao Produtor (IPA-M) foi no mesmo sentido do índice geral ao desacelerar de 1,67% para 1,07% na passagem mensal, influenciado pelos preços dos produtos agrícolas, que variaram 0,45% em março, 3,45 p.p. abaixo do observado um mês antes. Já os preços dos produtos industriais aceleraram de 0,93% para 1,28%. Com os resultados, a taxa acumulada em 12 meses para o primeiro grupo fica em 8,75% (ante 11,23% em março), ao passo que o segundo variou 11,41% (ante 10,05%). Ainda nesta base de comparação, o IPA-M subiu 10,73%, enquanto que no acumulado do ano houve alta de 3,74%.

O Índice de Preços ao consumidor (IPC), por sua vez, registrou variação de 0,69% em abril, superior ao 0,54% observado em março. Entre as classes de despesa, as acelerações mais expressivas foram observadas em Vestuário (1,10% ante 0,38%), Despesas diversas (0,48% ante -0,10%) e Transportes (1,06% ante 0,82%). Alimentação (0,88% ante 1,09%) e Comunicação (0,10% ante 0,21%) foram os únicos grupos a desacelerar no período. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.

Por fim, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) avançou de 0,19% para 0,49% em abril. Enquanto o índice relativo a Materiais, equipamentos e serviços acelerou de 0,41% para 0,67%, o indicador de Mão de obra passou de 0,00% em março para 0,33% em abril. Em 12 meses, o INCC acelera de 4,11% para 4,32%.
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