Informativo eletrônico - Edição 2612 Terça-feira, 30 de abril de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Taxa de desocupação é de 12,7% no primeiro trimestre de 2019
  • Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 21,1 bilhões em março
  • Ibre/FGV: Incerteza avança fortemente em abril
  • Ibre/FGV: Confiança dos Serviços segue em queda
Dados da Economia Brasileira





IBGE: Taxa de desocupação é de 12,7% no primeiro trimestre de 2019

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, divulgada pelo IBGE, indica uma taxa de desocupação de 12,7% no primeiro trimestre de 2019. No mesmo período de 2018, a taxa registrava 13,1%. A pesquisa de janeiro a março de 2019 indica que há 13,4 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho, 248 mil a menos que o primeiro trimestre de 2018. Na série ajustada sazonalmente, por outro lado, a taxa de desocupação caiu de 12,2% para 12,0% na passagem trimestral.



Novamente, o aumento da população ocupada (cerca de 1,6 milhão de empregos criados) se concentrou no setor informal da economia. Entre janeiro-março de 2018 e janeiro-março de 2019, 467 mil postos de trabalho sem carteira de trabalho foram criados. O número de postos com carteira de trabalho aumentou em 81 mil. No mesmo período, 879 mil pessoas passaram a trabalhar por conta-própria. Abaixo, a tabela com variação anual para cada categoria.



A taxa de subutilização da força de trabalho (25,0%) no trimestre encerrado em março de 2019 é recorde da série histórica iniciada em 2012, com alta de 0,4 p.p. em relação ao mesmo período de 2018. A população subutilizada (28,3 milhões) também é recorde da série , com um aumento de 819 mil pessoas na comparação interanual.



Por fim, o rendimento médio real habitual teve leve aumento em relação ao trimestre do ano anterior, passando de R$ 2.259,00 para R$ 2.291,00.


Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 21,1 bilhões em março

O resultado primário do Governo Central referente ao mês de março, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi deficitário em R$ 21,1 bilhões, resultado superior ao registrado em março de 2018 (-R$ 24,5 bilhões) e acima das expectativas do mercado (-R$ 23,3 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses foi de R$ 116,7 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB, 0,1 p.p. acima do registrado em março de 2018 (1,8% do PIB).



O resultado superior em relação ao mesmo período de 2018 reflete principalmente o aumento de todas as fontes de receita. A Receita administrada pela RFB subiu R$ 2,4 bilhões, influenciada pela maior arrecadação com Imposto de Renda (+R$ 2,2 bilhões). A Receita não administrada pela RFB também aumentou (+R$ 2,7 bilhões), devido às receitas com Dividendos e Participações (+R$ 2,4 bilhões); assim como a Arrecadação Líquida para o RGPS, que subiu R$ 1,7 bilhão. Com os resultados, a Receita total no período foi R$ 6,7 bilhões maior. Já as Transferências a Estados e Municípios tiveram expansão de R$ 2,0 bilhões, levando a Receita líquida (receita total – transferências) a aumentar em R$ 4,8 bilhões.

As Despesas totais também foram maiores em março de 2019, em R$ 1,4 bilhão. Enquanto os gastos com Benefícios Previdenciários e Pessoas e Encargos Sociais subiram R$ 4,2 bilhões e R$ 1,3 bilhão, as Despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Financeira caíram R$ 4,2 bilhões no período.


Ibre/FGV: Incerteza avança fortemente em abril

O Indicador de Incerteza da Economia (IEE-Br), divulgado pelo Ibre/FGV, avançou fortemente em abril, indo de 109,2 para 117,3. O resultado, que é o mais alto desde outubro de 2018, ocorre após três leituras consecutivas de queda, período o qual o indicador acumulou baixa de 3,4 pontos. Na comparação com março de 2018, contudo, houve recuo de 5,8 pontos. É importante ressaltar que quanto maior o IIE-Br, maior é o nível de incerteza na economia.



Pela métrica de média móvel semestral, o IIE-Br caiu de 118,2 pontos nos seis meses findos em outubro para 112,3 pontos nesta leitura.

Todos os seus componentes apresentaram crescimento. O componente de Mídia subiu 6,4 pontos entre março e abril de 2019, contribuindo com 5,6 pontos para o resultado agregado; já o componente de Expectativa registrou alta de 11,4 pontos no mesmo período, contribuindo com 2,5 pontos para o comportamento final do indicador.


Ibre/FGV: Confiança dos Serviços segue em queda

Segundo o Ibre/FGV, o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) recuou 0,9 pontos na passagem de março para abril, atingindo 92,1 pontos, na série ajustada sazonalmente. Este é o terceiro resultado negativo consecutivo do indicador, que acumula queda de 6,1 pontos nos últimos três meses. Na comparação com março de 2018, contudo, houve avanço em 1,8 pontos na série sem ajuste sazonal.



A piora da avaliação da situação atual dirigiu a queda da confiança do setor em abril. O Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou de 89,3 para 87,2 pontos, com sua média móvel trimestral registrando 89,0 pontos (ante 88,6 no trimestre encerrado em janeiro). Já o Índice de Expectativas (IE-S) melhorou moderadamente ao subir 0,2 ponto em abril e registrar 97,1 pontos. Tal melhora, contudo, não chega a compensar a queda acumulada de 10,2 pontos nas duas últimas leituras. A média móvel trimestral do IE-S cai, assim, de 102,5 para 98,9 pontos.



Por fim, após ter subido 1,5 p.p. na última leitura, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor caiu 1,3 p.p. na série com ajuste sazonal, para 81,7%.




 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
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