Informativo eletrônico - Edição 2618 Quinta-feira, 09 de maio de 2019

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Economia Brasileira

  • IBGE: Vendas no varejo sobem 0,3% em março
  • IBGE: Estimativa de abril indica alta de 2,2% da produção agrícola em 2019

Economia Internacional

  • FGV: Brasil lidera piora no clima econômico da América Latina
Dados da Economia Brasileira





IBGE: Vendas no varejo sobem 0,3% em março

Os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de março, divulgados hoje (09/05) pelo IBGE, indicam crescimento de 0,3% no volume de vendas no varejo quando comparado frente a fevereiro, na série sem efeitos sazonais. Na leitura anterior, o índice havia ficado estável. Em relação ao conceito ampliado do varejo (que inclui as vendas de materiais de construção e automóveis), o índice registrou alta de 1,1%, ante queda de 0,5% no mês anterior. Na comparação interanual, isto é, com março de 2018, houveram quedas de 4,4% e 3,5%, respectivamente.



No acumulado em 12 meses, o volume de vendas no varejo ampliado aumentou 1,3%, inferior a variação de 2,4% registrada em fevereiro. Enquanto, o conceito ampliado apresentou acréscimo de 3,9% nesta métrica, ante 4,9% no mês anterior.



Na abertura entre as atividades do comércio varejista, cinco recuaram e três avançaram na passagem mensal. Os destaques negativos, por ordem de peso no varejo, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%); Combustíveis e lubrificantes (-0,8%); Móveis e eletrodomésticos (-0,1%); Tecidos, vestuário e calçados (-2,5%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,1%). As atividades que avançaram no período foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+0,7%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+2,9%).

As duas atividades incluídas no conceito ampliado registraram aumento no volume de vendas no período, com Veículos automotores subindo 4,5%, ante queda de 0,1% em fevereiro, e Materiais de Construção, em 2,1%, ante 0,2%. Segue abaixo as taxas acumuladas em 2018 para cada grupo.




IBGE: Estimativa de abril indica alta de 2,2% da produção agrícola em 2019

O IBGE divulgou nesta manhã a sexta estimativa para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019. O número estimado, de 231,5 milhões de toneladas, representa um aumento de 2,2 frente à safra total de 2018 do país (226,5 milhões de toneladas) e 0,6% maior que a estimativa anterior, realizada em março (230,1 milhões de toneladas).



Na abertura entre os principais grãos agrícolas do país (correspondentes a 92,8% da estimativa da produção e 87,3% da área a ser colhida), a produção arroz e soja devem apresentar quedas de 10,6% e 4,4% em relação à safra de 2018, respectivamente. Por outro lado, a projeção para a produção de milho deve registrar acréscimo de 12,6%.

Já em relação à área a ser colhida em 2019, o número estimado nesta leitura ficou em 62,3 milhões de hectares, apresentando aumento de 1,4 milhão de hectares frente a área colhida em 2018. Neste quesito, apenas o arroz apresenta resultado negativo (decréscimo de 10,0% na área a ser colhida), enquanto milho e soja devem subir 4,8% e 2,0%, respectivamente.

Na abertura por regiões, a quinta estimativa apresentou o Centro-Oeste com produção de 103,8 milhões de toneladas (ou 44,8% da produção total); o Sul, com 77,4 milhões de toneladas (33,5%); o Sudeste, com 22,0 milhões de toneladas (9,5%); o Nordeste, com 19,0 milhões de toneladas (8,2%); e o Norte, com 9,3 milhões de toneladas (4,0%). Abaixo, a participação de cada estado na produção agrícola total do país.





FGV: Brasil lidera piora no clima econômico da América Latina

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto IFO da Alemanha, divulgou nesta manhã os resultados do Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE). Entre janeiro e abril, o indicador (que representa o saldo entre a proporção de avaliações positivas e negativas sobre o estado das economias da região) observou forte deterioração, caindo de -9,1 pontos para -21,1 pontos. Com o resultado, que ocorre após dois trimestres seguidos de melhora, o ICE para a América Latina retorna ao mesmo patamar de julho de 2018.

A deterioração do índice foi influenciada pela queda do Indicador da Situação Atual (ISA) e do Indicador das Expectativas (IE). O Indicador das Expectativas (IE) caiu 15,8 pontos ao passar de 25,0 para 9,2 pontos no mesmo período, porém ainda permanecendo na zona favorável. Já o Indicador da Situação Atual (ISA) apresentou queda menor, de 9,0 pontos, e registrando -47,0 pontos, permanecendo com saldo de respostas negativo.

A queda do ICE da América Latina foi influenciada pela piora dos indicadores do Brasil (queda de 24,6 pontos) e do México (-1,7 ponto), que juntos são responsáveis por 63% do resultado agregado América Latina. Entre os 11 países da região selecionados, quatro estão com saldo positivo. Destes, apenas Peru e Colômbia registraram avanço em seus saldos positivos no período. Paraguai e Chile mantiveram seus saldos positivos, mas tiveram queda em relação à última leitura. Equador, México, Argentina e Venezuela figuram como os países com as avaliações mais desfavoráveis, com este último no limite da má avaliação.




Segundo especialistas consultados pela sondagem, destacam-se como problemas relevantes ao crescimento econômico dos países: falta de inovação (11 países); infraestrutura inadequada (10); falta de mão de obra qualificada (10); falta de competitividade internacional (9); falta de confiança na política econômica (8); corrupção (8); barreiras legais e administrativas para os investidores (8); aumento da desigualdade de renda (7); demanda insuficiente (7); instabilidade política (4); clima desfavorável para estrangeiros (4); falta de capital (4); falta de credibilidade da política do Banco Central (4); barreiras às exportações (3); e, gerenciamento ineficiente da dívida (3).

Nesta leitura, o Brasil liderou a queda do ICE na América Latina. Após dois trimestres de considerável melhora, período o qual o país subiu 49,5 pontos, o ICE brasileiro caiu 24,6 pontos na passagem de janeiro para abril e registrou -21,0 pontos. A piora se deve tanto à queda do Indicador de Expectativas (de 88,0 para 56,3 pontos) e do Indicador de Situação Atual (de -50,0 para -75,0 pontos). No período, os problemas apontados como os principais limitantes do crescimento do país foram a corrupção e a infraestrutura inadequada.






 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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