Informativo eletrônico - Edição 2633 Quinta-feira, 30 de maio de 2019

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: PIB retrai 0,2% no primeiro trimestre
  • Ibre/FGV: IGP-M desacelera para 0,45% em maio
  • Tesouro Nacional: Superávit primário de R$ 6,5 bilhões em abril
Dados da Economia Brasileira





IBGE: PIB retrai 0,2% no primeiro trimestre

O PIB brasileiro caiu 0,2% na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal, segundo divulgado pelo IBGE. O resultado, que veio em linha com as expectativas do mercado, ocorre após oito trimestres consecutivos de alta. Em relação ao mesmo período de 2018, houve crescimento de 0,5%. No acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2019, o PIB subiu 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.



Na abertura pela ótica da oferta, a Indústria retraiu 0,7% no primeiro trimestre, ante -0,3% no trimestre imediatamente anterior. Entre os setores industriais, apenas os Serviços industriais de utilidade pública (SIUP) avançaram, em 1,4%. Os demais recuaram, com a Indústria Extrativa Mineral liderando ao cair -6,3%, após quatro trimestres consecutivos em expansão. A Indústria de Transformação e a Construção Civil retraíram em -0,5% e -2,0%, respectivamente. Em termos interanuais, o setor industrial total observou queda de 1,1%, ao passo que no acumulado em quatro trimestres houve estagnação.



Ainda pela ótica da oferta, o setor de Serviços foi o único a se expandir na passagem trimestral, porém apenas moderadamente, em 0,2%. Na abertura entre as atividades do setor, o Comércio e os Transportes caíram 0,1% e 0,6%, respectivamente. Entre os que avançaram, destacam-se Intermediação financeira e seguros e Outros serviços (ambos em 0,4%), seguidos por Serviços de informação (0,3%) e Serviços imobiliários e aluguel (0,2%). Tanto na comparação com o mesmo período de 2018, quanto no acumulado em quatro trimestres, os Serviços subiram 1,2%.



A agropecuária, por sua vez, observou queda de 0,5% frente ao período imediatamente anterior, após cinco trimestres não negativos consecutivos. Na comparação interanual, a queda foi de 0,1%, ao passo que no acumulado em quatro trimestres houve alta de 1,1%.



Na abertura entre os componentes da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo retraiu 1,7% em sua segunda queda consecutiva (-2,4% no trimestre anterior). O mesmo ocorreu com as Exportações, que registraram decréscimo de 1,9%, ante resultado positivo de 3,7% na última leitura. O Consumo das famílias, por sua vez, seguiu em alta e registrou sua nona expansão seguida, de 0,3%. O Consumo do governo também subiu, em 0,4%, ante -0,3% no trimestre anterior. Por fim, as Importações variaram 0,5% (ante -6,1%). Em termos interanuais, apenas esta última rubrica caiu, em 2,5%. As demais variações nesta base de comparação foram: Consumo das famílias em 1,3%; Exportações em 1,0%; Formação bruta de capital fixo em 0,9%; e Consumo do governo em 0,1%.




Ibre/FGV: IGP-M desacelera para 0,45% em maio

Segundo divulgação do Ibre/FGV, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,45% em maio, abaixo da variação de 0,92% registrada em abril. Em maio de 2018, o índice havia registrado alta de 1,38%. Com este resultado, o saldo acumulado em 12 meses desacelera de 8,64% em abril para 7,64% nesta leitura, enquanto a variação acumulada em 2019 fica em 3,56%.



O índice de Preços ao Produtor (IPA-M) foi no mesmo sentido do índice geral ao desacelerar de 1,07% para 0,54% na passagem mensal, influenciado mais uma vez pelos preços dos produtos agrícolas, que retraíram 2,12% em maio, 2,57 p.p. abaixo do observado um mês antes. Já os preços dos produtos industriais aceleraram de 1,28% para 1,43%. Com os resultados, a taxa acumulada em 12 meses para o primeiro grupo fica em 5,41% (ante 8,75% em abril), ao passo que o segundo variou 10,44% (ante 11,41%). Ainda nesta base de comparação, o IPA-M subiu 9,17% (ante 10,73%), enquanto no acumulado do ano houve alta de 4,29%.



O Índice de Preços ao consumidor (IPC), por sua vez, registrou variação de 0,35% em maio, inferior ao 0,69% observado em maio. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,88% para -0,12%). Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (1,11% para 0,25%), Educação, Leitura e Recreação (0,31% para -0,06%), Transportes (1,06% para 0,98%), Habitação (0,41% para 0,37%) e Comunicação (0,10% para -0,12%). Por outro lado, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,69% para 0,81%) e Despesas Diversas (0,48% para 0,50%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Com os resultados, no acumulado do ano o IPC registra alta de 2,48%. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,09% em maio, ante 0,49% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (0,71% para 0,20%), Serviços (0,53% para 0,09%) e Mão de Obra (0,33% para 0,01%).



Tesouro Nacional: Superávit primário de R$ 6,5 bilhões em abril

O resultado primário do Governo Central referente ao mês de abril, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi superavitário em R$ 6,5 bilhões, resultado inferior ao registrado em abril de 2018 (R$ 8,7 bilhões) e da mediana das expectativas do mercado (R$ 8,8 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses foi de R$ 118,8 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB, 0,1 p.p. acima do registrado em abril de 2018 (1,8% do PIB).



A Receita administrada pela RFB subiu R$ 2,6 bilhões, influenciada pela maior arrecadação com Imposto de Renda (+R$ 3,2 bilhões). A Receita não administrada pela RFB também aumentou (+R$ 1,5 bilhão), devido ao aumento da Cota-Parte de Compensações Financeiras (+R$ 2,7 bilhões); assim como a Arrecadação Líquida para o RGPS, que subiu R$ 1,73bilhão. Com os resultados, a Receita total no período foi R$ 5,4 bilhões maior. Já as Transferências a Estados e Municípios tiveram expansão de R$ 1,6 bilhões, levando a Receita líquida (receita total - transferências) a aumentar em R$ 3,9 bilhões.

Frente a abril de 2018, as Despesas totais (expansão de R$ 6,1 bilhões) aumentaram acima da variação das fontes de receita, o que levou ao menor superávit primário em 2019. Enquanto os gastos com Benefícios Previdenciários e Pessoal e Encargos Sociais subiram R$ 2,7 bilhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente, as Outras Despesas Obrigatórias se expandiram R$ 1,7 bilhão no período influenciadas por maiores despesas com Sentenças Judiciais e Precatórios (+R$ 1,5 bilhão).
 
 


 



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
Cadastre-se e receba notícias do seu interessfacebooktwitteryoutubelinkedinslideshareflickr