CNI: Custos industriais caem 1,0% no primeiro trimestre do ano

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou o Indicador de Custos Industriais referente ao primeiro trimestre de 2019. De acordo com a publicação, o indicador teve queda de 1,0% frente ao último trimestre do ano passado, a maior queda desde o segundo trimestre de 2016. Na comparação interanual, contudo, houve alta de 6,5%.



A queda na passagem trimestral deve-se à redução dos custos de produção, que recuaram 2,0%. Dentro deste grupo, os custos com Bens intermediários foram 2,7% menores, enquanto os custos com Energia e Pessoal aumentaram 1,0% e 0,1%, respectivamente. O Custo tributário aumentou 3,3% no período, ao passo que o Custo de capital de giro subiu 2,0%.



A publicação ressalta que apesar da queda de 1,0% nos custos industriais, a lucratividade da Indústria de Transformação permaneceu constante, já que os preços dos manufaturados recuaram 1,1% frente ao último trimestre de 2018.

No mesmo período, o setor perdeu competitividade tanto no mercado interno quanto no externo. No mercado doméstico houve uma redução de 3,3% no preço em reais dos produtos manufaturados importados (acima da queda de 1,0% no custo das empresas brasileiras). Já o preço em reais dos produtos manufaturados nos EUA (usado para medir a variação dos preços nos mercados internacionais) se retraiu 2,1%. Como a queda foi superior à de 1,0% nos custos industriais, as exportações brasileiras ficaram relativamente mais caras que os produtos que competem com elas no mercado internacional.

Zona do Euro: Produção Industrial cai 0,5% em abril
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Segundo o Eurostat, o departamento de estatísticas oficial europeu, a produção industrial da Zona do Euro caiu 0,5% em abril, após ter recuado 0,4% em março, na série livre de efeitos sazonais. Na União Europeia, a produção retraiu 0,7%, ante variação de -0,2% no mês anterior. Na comparação interanual, isto é, com abril de 2018, a produção do setor observou baixa de 0,4% na Zona do Euro e subiu 0,1% na União Europeia.



No acumulado em 12 meses, ambas as regiões continuam na tendência de desaceleração observada desde abril de 2018. Nesta base de comparação, a Zona do Euro retraiu 0,1%, o primeiro resultado negativo desde janeiro de 2014. Já a União Europeia observou avanço de 0,4%. No acumulado em 2019, as variações são de -0,4% e 0,2%, respectivamente.



Em abril, as únicas categorias de bens a apresentarem aumento na produção foram Energia (+1,4%) e os Bens de consumo não duráveis (+0,2%). As demais categorias recuaram, com destaque para os Bens de consumo duráveis (-1,7%), seguido pelos Bens de capital (-1,4%) e pelos Bens intermediários (-1,0%).

Entre os países membros, as maiores quedas foram observadas na Alemanha (-2,3%) e Letônia (-2,0%). Enquanto, as maiores altas ocorreram Irlanda (+3,6%), Portugal (+2,9%), Finlândia (+2,2%) e Luxemburgo (+2,1%). Entre as maiores economias da região, a já citada Alemanha é acompanhada pela queda de 0,7% observada na Itália. Espanha e França, por outro lado, tiveram expansão ode 1,7% e 0,4%, respectivamente.