Ibre/FGV: Prévia da Sondagem da Indústria indica queda da confiança em junho

Divulgada nesta manhã pelo Ibre/FGV, a prévia da Sondagem da Indústria de junho sinaliza queda de 1,4 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação a maio, na série com ajuste sazonal. Caso confirmado o resultado, o ICI registraria 95,8 pontos e sinalizaria pessimismo por parte do setor pela 13ª leitura seguida, desde junho de 2018, quando o setor passou a sentir os efeitos da greve dos caminhoneiros.



A queda na confiança em junho reflete tanto a má avaliação em relação ao momento presente quanto a deterioração das expectativas. O Índice de Situação Atual (IE) recuou 1,8 ponto e registrou 96,7 pontos; enquanto o Índice de Expectativas caiu de 95,9 para 94,9 pontos, o menor valor desde agosto de 2017.



Por fim, a prévia de junho sinaliza decréscimo de 0,1 p.p. no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), atingindo 75,2% na série com ajuste sazonal.


Ipea: Indústria extrativa derruba demanda por bens industriais em abril

Divulgado pelo IPEA, o Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais (definido como a produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações) registrou em março sua terceira queda consecutiva, de -0,2%, na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre encerrado em abril observa retração na margem de 1,4%. Em março, o indicador havia recuado 1,3%. Na comparação interanual, isto é, com abril de 2018, houve decréscimo de 7,6%.



A queda na demanda por Bens Industriais em abril foi reflexo principalmente da diminuição das Importações, que recuaram 0,9%. A Produção líquida de exportações foi no mesmo sentido e caiu 0,3%. Nos 12 meses encerrados em abril, a demanda doméstica por bens da indústria registra queda de 0,2%, a primeira retração nesta base de comparação desde julho de 2017.

Na abertura pelos grandes setores industriais, a queda de fevereiro foi resultado da menor demanda por bens da Indústria Extrativa, que recuou 25,3%, ante alta de 13,8% em março. Já a demanda por bens da Indústria de Transformação subiu 1,6%, ante recuo na mesma magnitude no mês anterior. No acumulado em 12 meses, o primeiro grupo registra retração de 11,0%, enquanto o segundo tem alta de 1,2%. Importante ressaltar que nesta base de comparação os dois grupos seguem numa espiral de desaceleração observada desde agosto de 2018.