IBGE: Com deflação nos Alimentos, IPCA-15 desacelera para 0,06% em junho

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), do IBGE, desacelerou de 0,35% em maio para 0,06% em junho, a menor taxa para o mês desde 2006. No mesmo período de 2018, o IPCA-15 registrava 1,11%. Com o resultado desta leitura, o índice acumula uma alta de 3,84% nos últimos doze meses, ante 4,93% no acumulado até maio. Já no acumulado do ano, o IPCA-15 subiu 2,33%.



O núcleo da inflação, medida que exclui preços voláteis como alimentos e energia, foi no sentido oposto índice geral, acelerando de 0,21% para 0,27%. Em 12 meses, a taxa acumulada passou de 4,02% para 3,78%, enquanto no acumulado do ano indica alta de 1,94%.



A desaceleração do IPCA deve-se principalmente à trajetória dos preços administrados, que variaram 0,43% ante 1,21% no mês anterior. Os preços livres, por sua vez, observaram deflação de 0,07% em junho, ante alta de 0,05% em maio. No acumulado em 12 meses, o primeiro grupo registra alta de 4,79%, ao passo que o segundo varia 3,51%.



O grupo Alimentação e bebidas, que havia ficado estável em maio (0,00%), apresentou deflação (-0,64%) em junho, exercendo o impacto negativo mais intenso sobre o índice do mês: -0,16 ponto percentual (p.p.). No lado das altas, a maior variação positiva ficou com Saúde e cuidados pessoais (0,58%) e o maior impacto (0,08 p.p.), com o grupo Habitação (0,52%). Os demais grupos oscilaram entre o 0,00% de Comunicação e o 0,25% de Transportes, cujo impacto no índice do mês foi de 0,05 p.p. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.




Receita Federal: Arrecadação sobe 1,9% em maio

Segundo divulgado ontem (24/06) pela Receita Federal, a arrecadação federal total em abril foi de R$ 113,3 bilhões, um acréscimo real de 1,9% em relação ao mesmo período de 2018. O resultado ficou um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado, que previa arrecadação de R$ 114,0 bilhões. No período acumulado de janeiro e maio de 2019, a arrecadação registrou o valor de R$ 637,6 bilhões, um acréscimo real de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.



A receita administrada pela RFB (R$ 110,8 bilhões) subiu 1,84% em termos reais, apesar da queda na arrecadação com PIS/Cofins sobre os combustíveis (-29,5%) e no programa de regularização tributária (PRT/PERT) (-65,4%). Excluindo esses fatores, o aumento real em maio seria de 3,08%. No período de janeiro a maio de 2019, a receita administrada peal RFB chegou a R$ 609,9 bilhões, representando um acréscimo real de 0,58% frente ao mesmo período de 2018.




Ibre/FGV: Melhora das expectativas eleva a confiança do consumidor em junho

Segundo publicação do Ibre/FGV, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a avançar, subindo em junho de 86,6 para 88,5 pontos na série ajustada sazonalmente. O resultado encerra quatro leituras consecutivas de retração, quando o indicador acumulou queda de 10,0 pontos. Frente a junho de 2018, a alta foi de 5,1 pontos.



A melhora da confiança neste mês foi resultado das expectativas menos pessimistas dos consumidores. O índice de Expectativas (IE) subiu de 96,5 para 99,7 pontos, após ter acumulado queda de 14,2 pontos nos últimos quatro meses. Apesar do resultado, o IE permanece ligeiramente abaixo dos 100,0 pontos, indicando moderado pessimismo por parte dos consumidores. Já o Índice de Situação Atual (ISA) ficou estável em 73,4 pontos.